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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Nigéria: CEDEAO debate em Abuja sanções contra Níger e saídas da organização.

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Decorre este sábado 24 de Fevereiro a cimeira de chefes de Estado e de governo da CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da Africa ocidental. Presente está também o presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló. Em cima da mesa estarão, sobretudo, a saída da organização de três Estados golpistas, o Níger, Mali e Burkina Faso como começa por realçar Belarmino Silva, embaixador e representante permanente de Cabo Verde junto da organização que participa neste evento em Abuja. Por: Nelson Nascimento Os chefes de Estado e de governo de onze países membros não suspensos da Comunidade Económica dos Estados da África do Oeste (CEDEAO), reúnem-se este sábado numa nova cimeira extraordinária em Abuja, capital nigeriana. Com vários membros ausentes, a CEDEAO tem de tomar uma decisão sobre uma série de temas quentes. Nessa cimeira de sábado 24 de Fevereiro, os dirigentes terão em cima da mesa um programa denso, sendo algumas das principais questões: Se se mantêem as sanções contra o Níger, na sequência do golpe de Estado de Julho de 2023 e, do sequestro do Presidente Bazoum Se a situação do Senegal será ou não abordada (pese embora o facto da ordem do dia ter sido deliberadamente mantida vaga a esse respeito, para evitar ferir as susceptibilidades da delegação senegalesa) Se por um lado se registam as ausências do Burkina Faso, da Guiné Conacri, do Mali e do Níger, por outro, parte das incertezas quanto ao futuro da CEDEAO irão provavelmente ser respondidas no comunicado final resultante dessa cimeira extraordinária de 24/02/2024. O embaixador Belarmino Silva, representante permanente de Cabo Verde junto da CEDEAO, que está a participar neste evento em Abuja, disse o seguinte, aos microfones da RFI: "Temos isso na agenda, que é a situação politica de paz e segurança na Africa Ocidental, as eleições no Senegal, a situação nos outros paises também em golpe de estado, como a Guiné. Em relação a esses países, de facto, esperemos nós que os chefes de Estado consigam encontrar uma saída para essa situação. O tratado prevê um ano e, esses países querem a retirada imediata. Portanto, isso cria uma situação única, jamais vista na CEDEAO, temos o caso da Mauritânia mas não foi dessa forma." Interrogado também sobre a questão do estatuto do presidente destituído do Níger, o embaixador de Cabo Verde junto da CEDEAO respondeu: "Sim, o estatuto do Presidente Bazoum, que até agora continua retido, a Junta Militar não cedeu à pressão da CEDEAO. Vai-se discutir certamente a situação dele, para ver se é libertado e se a Junta negoceia com a CEDEAO para ultrapassar esta questão, inclusive das sanções, porque o que a Junta quer é precisamente pressionar a CEDEAO para levantar as sanções impostas, que estão em conformidade com as leis da CEDEAO. A RFI quis igualmente obter do embaixador um parecer sobre a questão das eleições na Guiné-Bissau, no contexto desta cimeira extraordinária da CEDEAO: "A situação da Guiné-Bissau é também preocupante porque o Parlamento está dissolvido, sabemos que o Presidente está a prever eleições dentro de alguns meses, mas é uma situação também que preocupa muito a CEDEAO. O Presidente estará cá e certamente trará informações novas ou adicionais em relação à situação no país". fonte: rfi.fr

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Samuel

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