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quarta-feira, 10 de abril de 2024

PASSE DE ARMAS ENTRE KAGAME E BLINKEN SOBRE O GENOCÍDIO DE RUANDA: Cuidado para não despertar os velhos demônios!

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Por ocasião da comemoração do 30º aniversário do genocídio ruandês, ocorrido no dia 7 de abril, um tweet do secretário de Estado americano, Antony Blinken, provocou a ira das autoridades ruandesas lideradas pelo presidente Paul Kagame”. O tweet dizia: “Lamentamos a perda de milhares de tutsis, hutus, twas e outros cujas vidas foram perdidas durante 100 dias de violência indescritível”. Kigali reagiu rapidamente, criticando o Secretário de Estado americano por não ter especificado que o genocídio visava essencialmente os tutsis. As autoridades ruandesas foram mais longe, insistindo que qualquer ambiguidade relativamente à identidade das vítimas do genocídio é uma tentativa de distorcer a história e desrespeitar a memória das vítimas. Para a comemoração de um acontecimento tão doloroso quanto dramático, tal passagem de armas entre Kigali e Washington não tinha razão de existir. Deveria antes ser um momento de introspecção e contemplação. Porque, embora o massacre tenha sido dirigido contra os tutsis, seria uma reviravolta na história não reconhecer que, entre outros grupos étnicos, houve vítimas e não as menos importantes. Certamente, Paul Kagame conseguiu pacificar Ruanda. Ninguém pode contestar isso. Contudo, a sua posição, que consiste apenas em reconhecer o massacre da etnia de onde provém, não é a correcta. Pior ainda, esta política poderá reforçar o sentimento de exclusão que anima aqueles que acusam o poder de Kagali, do poder dos Tutsis contra os Hutus. Portanto, tome cuidado para não acordar os velhos demônios! Porque o Ruanda, que viveu o horror e tenta recuperar, já não precisa disso. Daí a necessidade de virar a página e encarar a realidade. Acima de tudo, evite esfregar a faca na ferida. Na verdade, embora as diferentes comunidades se tenham reconciliado ou estejam a tentar reconciliar-se, devemos reconhecer que a dor ainda está viva e as feridas não sararam completamente. No entanto, se os ocidentais que ainda não reconheceram a sua responsabilidade neste triste acontecimento, mas cuja participação não deve ser esquecida, acabaram por concordar em qualificar o que aconteceu no Ruanda como genocídio, é graças a Kagame. No entanto, há que reconhecer que houve vítimas nas diferentes comunidades, mesmo que uma em particular tenha pago o preço elevado. O reconhecimento deste facto por parte das autoridades ruandesas permitir-nos-á prestar homenagem a todos estes ruandeses cobardemente massacrados. Edoé MENSAH-DOMKPIN fonte: lepays.bf

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Samuel

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