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Congo-Vie des Parties: Homenagem da UPADS ao seu Presidente Fundador, Professor Pascal Lissouba, que completaria 93 anos, neste 15 de novembro de 2024.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A União Pan-Africana para a Social Democracia (U.PA.D.S) celebrou, n...
terça-feira, 19 de novembro de 2024
Congo-Vie des Parties: Homenagem da UPADS ao seu Presidente Fundador, Professor Pascal Lissouba, que completaria 93 anos, neste 15 de novembro de 2024.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
A União Pan-Africana para a Social Democracia (U.PA.D.S) celebrou, no dia 15 de novembro de 2024, o aniversário de nascimento do seu presidente fundador, Professor Pascal Lissouba. A cerimónia comemorativa decorreu na sala de conferências que leva o seu nome, perante um grande número de membros e apoiantes e outros Partidos irmãos, vindos dos quatro cantos de Brazzaville. Desde a sua morte, há exactamente 4 anos, o Partido presta-lhe homenagem neste aniversário do seu nascimento. Esta homenagem a Pascal Lissouba foi marcada pela exibição de um filme sobre a vida e obra do Presidente, seguido de um resumo feito pelo camarada Daniel Ngoyi, testemunhos e uma troca com o público e depois as considerações finais do Primeiro Secretário, Pascal Tsaty Mabiala.
As festividades comemorativas do 93º aniversário de nascimento do Professor Pascal Lissouba foram marcadas pela exibição do filme sobre a viagem do Presidente Pascal Lissouba, neste dia 15 de novembro de 2024, seguida de uma missa de ação de graças, celebrada em sua memória, no sábado, 16 de novembro, na Paróquia de Saint-François d'Assise em Brazzaville.
Nascido a 15 de 1931 em Tsinguidi, no departamento de Niari, Pascal Lissouba deixou a sua marca na vida política congolesa. Homem de ciência e de Estado, criou seu partido político no final da Conferência Nacional Soberana, a UPADS, que o levaria ao cargo supremo. Após eleições democráticas, livres e transparentes, tornou-se Presidente da República do Congo em 1992. Um mandato que desempenhou ano após ano, apesar das convulsões económicas.
Durante uma hora e um quarto, o público acompanhou com paixão e interesse a atividade profissional-científica e política do ilustre personagem que foi o Presidente-Professor Pascal Lissouba.
Resumindo o filme, o camarada Daniel Mboyi procedeu a uma abordagem educativa. “O que é o filme são episódios, sequências que se baseiam em imagens, imagens vivas, portanto imagens vividas. Não é uma construção intelectual que fazemos a partir das nossas reflexões pessoais da nossa memória, porque a nossa memória às vezes falha, mas sim imagens, são imagens vividas do início ao fim, desde a sua profissão de homem de ciências, até à sua ascensão ao poder, ”ele mencionou.
fonte: https://lesechos-congobrazza.com/
Congo - Guiné-Bissau: Presidente Denis Sassou N’Guesso prestou homenagem a Amilcar Cabral.
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O Presidente Denis Sassou N'Guesso prestou homenagem, no dia 16 de Novembro, na Guiné-Bissau, a Amílcar Cabral, herói nacional e figura emblemática da luta de libertação africana. Fez esta homenagem durante a cerimónia comemorativa do 51º aniversário da independência da Guiné-Bissau e dos 60 anos da criação das forças armadas deste país, bem como do centenário do nascimento de Amílcar Cabral.
Convidado de honra na Guiné-Bissau, o Presidente congolês Denis Sassou N'Guesso discursou perante uma assembleia de chefes de Estado, dignitários e cidadãos da Guiné-Bissau. Ele elogiou o legado duradouro de Amílcar Cabral que continua sendo uma fonte de inspiração para o povo africano.
Nas suas observações, o Presidente Denis Sassou N'Guesso destacou o papel decisivo que Amílcar Cabral desempenhou na busca pela independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, sublinhando o seu compromisso com a adversidade colonial.
“Reunimo-nos hoje para engrandecer a memória de Amílcar Cabral, digno filho deste belo país e de África que depois de ter lutado corajosamente pelo bem público e pelo interesse geral, face às adversidades, acabou por aceder ao trono da glória e sentar-se no firmamento da estima coletiva, juntando-se assim às bem-aventuranças da imortalidade”, testemunhou o Presidente congolês.
Nesta ocasião, destacou o contributo de Cabral para a emergência de uma consciência pan-africana, apoiando-se nas ideias do pan-africanismo e da negritude.
“O nome de Amílcar Cabral ficará para sempre gravado em letras douradas no frontão do Panteão dos dignos filhos do nosso continente que pagaram o preço do sangue pelo seu compromisso anticolonialista como Patrice Lumumba, Nelson Mandela, Eduardo Mondlane e Samora Machel, bem como Marien Ngouabi, ex-presidente do Congo, que apoiou activamente as lutas de emancipação do continente”, disse ele.
Para o efeito, o Presidente Denis Sassou N'Guesso insistiu na necessidade de preservar a herança dos pais fundadores africanos, trabalhando simultaneamente pela unidade e desenvolvimento do continente, que descreveu como "a chave essencial para abrir as portas do futuro".
Denis Sassou N’Guesso exortou a juventude africana a assumir a batuta das lutas pela dignidade, soberania e progresso. “Vamos, por sua vez, levantar-nos para trazer a dignidade de África aos olhos do mundo! “, declarou, apelando à mobilização conjunta para enfrentar os desafios climáticos e socioeconómicos.
fonte: https://lesechos-congobrazza.com/
Burkina Faso: Setor de microfinanças: Inovações para uma melhor gestão dos depósitos dos poupadores.
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O Presidente de Faso, Chefe de Estado, Capitão Ibrahim TRAORE presidiu, esta quarta-feira, ao Conselho de Ministros semanal. Segundo o Ministro Porta-Voz do Governo, Rimtalba Jean Emmanuel OUEDRAOGO, foram examinados os dossiers da agenda e tomadas decisões importantes para o bom funcionamento da Nação.
Em nome do Ministério da Economia e Finanças, o Conselho adotou três relatórios. A primeira diz respeito a um projecto de lei que regulamenta o microfinanciamento no Burkina Faso. Segundo o Ministro responsável pelas Finanças, Dr. Aboubakar NACANABO, esta é uma lei uniforme da UEMOA que o nosso país pretende internalizar. Para ele, esta lei foi iniciada para melhorar o sistema de gestão das microfinanças. Para tal, inclui inovações, nomeadamente a melhoria da governação para uma melhor gestão dos depósitos dos aforradores, o fortalecimento do sistema que permite às instituições de microfinanças desempenhar um papel importante no financiamento da economia.
O segundo relatório diz respeito a um decreto relativo às competências, organização e funcionamento da Autoridade Reguladora dos Contratos Públicos. A adopção deste decreto, segundo o Ministro NACANABO, permite trazer um certo número de inovações em termos de transparência, diligência e sobretudo melhoria do acesso aos mercados públicos para as empresas burquinenses. A adoção deste decreto confere também poder de investigação à Autoridade Reguladora dos Contratos Públicos para que esta possa desempenhar plenamente o seu papel na regulação dos contratos públicos.
O terceiro relatório diz respeito ao código de ética e de conduta profissional para os contratos públicos. “Este código permitirá evitar conflitos de interesses no que diz respeito aos contratos públicos”, sublinhou o Ministro NACANABO que explica que o novo sistema permitirá reforçar o controlo com vista a garantir a todos os intervenientes a equidade, transparência e eficiência.
O Conselho de Ministros adoptou também um anteprojecto que autoriza a ratificação do acordo de empréstimo assinado em 21 de Outubro de 2023 entre o Burkina Faso e a Associação Internacional de Desenvolvimento para o financiamento do Projecto de Empoderamento das Mulheres e do Dividendo Demográfico na África Subsariana (SWEDD+). O Ministro da Saúde, Dr. Robert Lucien Marie KARGOUGOU, indicou que este projecto reestruturado tem em conta as directrizes governamentais centradas principalmente na formação profissional das mulheres e no fortalecimento da cadeia de abastecimento de medicamentos até à última milha.
Na implementação deste novo projecto, o governo irá avançar com a construção de centros de formação profissional para mulheres e raparigas, bem como de depósitos de distribuição de medicamentos.
Departamento de Comunicação da Presidência de Faso
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Burkina: Charles Kaboré nomeado embaixador do desporto pelo capitão Ibrahim Traoré.
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Este é um novo desafio para o antigo Capitão dos Garanhões, Charles Kaboré. Por decreto assinado pelo presidente do Faso em 15 de novembro de 2024 pelo capitão Ibrahim Traoré, o ex-meio-campista do Olympique de Marseille foi nomeado embaixador do esporte. Através desta nomeação, o Presidente do Faso instrui o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Burkinabè no Estrangeiro, o da Economia e Finanças e o responsável pelo desporto, cada um no que lhe diz respeito, para a execução do referido decreto.
Note-se que apesar da sua reforma desportiva, Charles Kaboré tem investido repetidamente em ações de apoio a eventos desportivos no Burkina Faso e tem-se destacado numa dinâmica de apoio infalível a Garanhões de todas as tendências. A sua última acção remonta ao Tour du Faso onde ofereceu 2 milhões aos actores, incluindo 1 milhão às Forças de Defesa e Segurança que garantiram a prova, e 1 milhão aos atletas e à imprensa. Note-se que nesta ocasião, o ex-capitão dos Garanhões percorreu todas as etapas do passeio com o objetivo de encorajar os atores e simbolizar a resiliência do povo burquinense face às adversidades.
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ADOÇÃO DE UMA NOVA CONSTITUIÇÃO NO GABÃO: Irá o poder absoluto corromper absolutamente Nguema?
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No dia 16 de novembro, o povo gabonês foi chamado às urnas, durante a votação do referendo, para dar a unção final ao texto constitucional já aprovado pelo parlamento. Esta reunião, recorde-se, foi crucial no processo de regresso à normalidade da ordem constitucional no país. Como esperado, o voto “sim” vence com mais de 90%. No entanto, já podemos saudar o facto de a junta no poder fazer questão de respeitar o calendário para o regresso à normalidade da ordem constitucional. E isto é mérito do General Brice Oligui Nguema. Podemos também saudar os importantes progressos democráticos alcançados pelo texto que foi submetido à aprovação dos Gaboneses para substituir a lei fundamental em vigor desde 1991: a da limitação dos mandatos presidenciais. Nos termos da nova Constituição, o presidente é, de facto, eleito por um mandato de 7 anos, renovável uma vez. Dito isto, o novo texto não deixa de suscitar sérias preocupações. A nova Constituição abole o cargo de Primeiro-Ministro; que, de facto, concentra todos os poderes nas mãos do presidente mesmo que haja um vice-presidente. Tememos, portanto, que o General Brice Oligui Nguema, que já não esconde as suas ambições presidenciais, tenha cortado para si um fato à medida. Os Gaboneses, queimados pelo reinado dinástico dos Bongos, temem o advento de um “rei-presidente” que os traga de volta a uma nova forma de patrimonialização do poder.
O varredor está pronto, contrariamente às suas promessas, para entrar na casa depois de a ter varrido
A outra fonte de preocupação é a introdução no debate político da questão da identidade através da disposição que estipula que “apenas as pessoas nascidas de pai ou mãe podem candidatar-se às eleições presidenciais gabonesas”. Para alguns Gaboneses, esta disposição constitui um retrocesso porque não só cria dois tipos de Gaboneses, mas também tem conotações xenófobas. Pior, ela não aprende com a história recente do país onde “os caras que mataram o país eram de pai e mãe gaboneses”. Isto significa, portanto, que o novo texto constitucional está longe de ser unânime. Mas mais do que o aspecto constitucional, o que questiona a aprovação desta nova lei fundamental é a capacidade dos políticos de respeitarem o espírito e a letra do texto. Ou seja, o próprio general-presidente respeitará este texto do qual é o criador? De qualquer forma, podemos duvidar disso, por duas razões. A primeira é que prometeu entregar o poder aos civis, mas tudo mostra que tem os pés nas bases para as próximas eleições presidenciais, nos termos das quais promete conduzir os Gaboneses à “felicidade”. Isto significa, portanto, que o varredor está pronto, contrariamente às suas promessas, a entrar na casa depois de a ter varrido. A segunda razão para duvidar da boa fé do general é que os africanos atribuem muito pouca importância aos textos que gostam de mexer como bem entendem. Não há nada que prove que Brice Oligui Nguema, que já teve um sucesso brilhante no golpe militar, não tentará o golpe constitucional, muito mais fácil, quando chegar a hora. “O poder absoluto corrompe absolutamente”, dizem eles, e este é o medo de muitos gaboneses e observadores da cena política gabonesa. Mas Brice Oligui Nguema pode surpreender agradavelmente ao seguir uma trajetória diferente que os cépticos e outros pessimistas lhe atribuem. O General pode, de facto, optar por liderar as suas tropas no lado certo da marcha da história.
Saho
fonte: lepays.bf
“Quase morri…”: a revelação de Mike Tyson após sua derrota para o YouTuber Jake Paul.
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Mike Tyson, lenda do boxe americano, decidiu voltar aos ringues na sexta-feira, 15 de novembro, para enfrentar o YouTuber Jake Paul. Uma luta com um desfecho muito improvável, mas que acabou por ser vencida pela estrela das redes sociais. No dia seguinte a esta explicação, o pugilista de 58 anos revelou que esteve perto da morte cinco meses antes.
“Tive que lutar para ter saúde, pela luta”
“Quase morri em junho… recebi oito transfusões de sangue. Perdi metade do meu sangue e 25 quilos no hospital. Tive que lutar para ter saúde, pela luta, então venci”, declarou o campeão americano.
É preciso dizer que sua derrota para Jake Paul não o abalou muito.
Ele estava feliz por ter conseguido resistir “por oito rodadas contra um adversário muito mais jovem e na frente de seus filhos”, em um estádio lotado do Dallas Cowboys. Quando questionado no ringue se esta é sua última luta, ele se manteve evasivo.
fonte: seneweb.com
Guiné - Conacri: As principais inovações do anteprojecto de Constituição da junta.
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Na Guiné, o referendo constitucional está agendado para o final de 2024. Actualmente está em curso no país uma campanha para popularizar o anteprojecto da nova constituição.
A presidente do Conselho Nacional de Transição, Dansa Kourouma, esteve recentemente em Labé para discutir o conteúdo do texto com as populações. O chefe da CNT concentrou-se mais nas principais inovações do anteprojeto.
Educação às custas do Estado…
Segundo ele, a primeira novidade do texto é a escolaridade gratuita para todas as crianças guineenses até aos 16 anos. Claramente, “a educação é gratuita e obrigatória até aos 16 anos”. “Todos os pais têm a obrigação de matricular os seus filhos na escola quando estes atingirem a idade exigida, é responsabilidade do Estado”, sublinhou Dansa Kourouma, segundo comentários relatados pela Africaguinée.
Os filhos que tenham mérito poderão prosseguir os estudos universitários, até ao doutoramento, “à custa do Estado”, informa o dirigente da CNT.
Criação de uma comissão nacional de desenvolvimento
A outra grande inovação deste anteprojecto de Constituição é a criação de uma Comissão de Desenvolvimento Nacional, que garantirá o desenvolvimento equitativo das regiões da Guiné, sem discriminação.
“Não precisamos mais nos preocupar que o primeiro-ministro seja de Labé para que Labé se desenvolva, o presidente seja de Labé para que Labé se desenvolva. A Comissão de Desenvolvimento Nacional deve garantir que o dinheiro do Estado seja gasto para desenvolver todas as regiões, todas as províncias de uma forma equitativa, sem qualquer forma de discriminação política”, declarou Dansa Kourouna.
Cobertura universal de saúde
A nova lei fundamental a ser submetida a referendo também prevê a cobertura universal de saúde para toda a população. “A partir de agora, na Guiné, quando você contribui com uma quantia fixa de dez mil francos, por exemplo, quando adoece, é o Estado que cuida de você. Se o seu tratamento for de 30 milhões ou 100 milhões de francos guineenses e você tiver contribuído apenas com 10 mil francos, o Estado é obrigado a tratá-lo e a prestar-lhe cuidados de qualidade”, explicou o presidente da CNT.
Serviço militar obrigatório
Além do seguro de saúde, o novo texto estabelece “a formação militar obrigatória para todos os jovens na Guiné” antes de ingressarem na universidade. “Assim, a partir de agora, a população guineense, através da sua juventude, será formada, treinada e educada para defender a integridade do país, sempre que esta integridade esteja ameaçada”, declarou Dansa Kourouma.
fonte: seneweb.com
Senegal: Os últimos entrincheiramentos da família liberal - " envolve o ex-Presidente Macky Sall ".
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Em 2012, quando Macky Sall, recém-eleito Presidente da República, decidiu esmagar a oposição e, por extensão, enfraquecer as antigas figuras do PDS, impôs uma política de “redução” dos adversários a uma simples expressão. No entanto, numa reviravolta dramática da história, foi ele próprio quem, ao exorcizar o aparelho político liberal, contribuiu para o surgimento de um monstro que criou involuntariamente: Ousmane Sonko. Em 2016, a sua destituição da função pública, sob o pretexto de divulgar documentos confidenciais, apenas alimentou a lenda de um homem que luta contra o sistema. Esta expulsão parece ter alimentado uma resiliência que vai além da simples vingança pessoal: deu origem a um movimento político por direito próprio, o Pastef (Patriotas Africanos do Senegal pelo Trabalho, Ética e Fraternidade), que conseguiu aceder ao poder em Março 2024.
Os resultados das eleições legislativas de 17 de novembro de 2024 são a ilustração mais contundente disso. De mais de 100 deputados em 2022, a Apr e o Pds juntos viram a sua representação na Assembleia Nacional reduzida para cerca de quinze hoje. Este colapso não é apenas uma consequência directa da ascensão de Sonko, mas também o produto de um período de estagnação interna, marcado por figuras históricas da oposição que se tornaram invisíveis ou inaudíveis. Karim Wade, filho do ex-presidente Abdoulaye Wade, parece ter desaparecido do radar político. Idrissa Seck, outro grande nome da política senegalesa, é visto como um homem nas sombras, sem capacidade real de influenciar o jogo.
O partido de Wade, outrora um bastião da família liberal, parece hoje dissolvido, incapaz de unir os seus antigos membros em torno de um projecto comum. Apesar dos avisos de figuras como Serigne Mbacké Ndiaye, que teorizaram um regresso à unidade da família liberal, a realidade é bem diferente. A oposição liberal parece agora unida mais pelas suas divisões internas do que por um desejo comum de governar.
“Desemackização” progressiva da administração
Ao mesmo tempo, o processo de “desmacização” – ou purgação do poder de todos os vestígios do antigo Presidente Macky Sall e dos seus aliados – está a seguir o seu curso. As reformas institucionais, nomeadamente a abolição de estruturas consideradas intensivas em termos orçamentais e clientelistas, como o Conselho Económico, Social e Ambiental (Cese) e o Conselho Superior das Autoridades Locais (Hcct), levaram a uma ruptura brutal com as práticas políticas do passado. Bassirou Diomaye Faye, figura chave nesta transformação, continua a missão de limpar a administração, redefinindo os equilíbrios políticos do país graças a um sistema onde as lealdades são redefinidas.
Este processo teve também o efeito de neutralizar um certo número de personalidades dos antigos partidos liberais, que, tendo perdido os seus assentos, encontram-se agora fora do jogo. Hoje, os liberais não estão apenas enfraquecidos politicamente, mas também financeiramente abalados. os recursos que alimentaram a sua máquina eleitoral são em grande parte dissipados em lutas internas e na gestão dos reveses jurídicos de alguns dos seus executivos.
É o fim de um ciclo histórico, onde a família liberal, tal como era percebida antes do surgimento de Sonko, viveu o seu último suspiro. Estas são as suas últimas fortificações.
fonte: seneweb.com
Senegal: Legislativas - Pastef creditado com 131 deputados contra 16 de Takku Wallu,...
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O Senegal aguarda os resultados das eleições legislativas do passado domingo, 17 de novembro. A comissão nacional de contagem de votos assume. Os seus membros reunir-se-ão amanhã, quarta-feira, 20 de novembro, a partir das 10 horas, na sala 4 do tribunal de Dakar. A sua tarefa será “recolher dados das eleições legislativas [previstas para 17 de novembro] e recolhidos pelas comissões departamentais de contagem de votos, com vista à divulgação dos resultados”.
As primeiras tendências que emergem das sondagens são largamente favoráveis a Pastef. Diz-se que o partido no poder liderado pelo primeiro-ministro Ousmane Sonko venceu 41 dos 46 departamentos do Senegal.
Segundo estimativas do jornal Le Témoin, Pastef é assim creditado com 131 deputados em comparação com 16 para Takku Wallu. A lista da oposição liderada pelo ex-presidente Macky Sall surge na segunda posição. Jamm ak Njariñ do ex-primeiro-ministro Amadou Bâ fecha o pódio, com sete deputados.
fonte: seneweb.com
Consenso díficil do G20 sobre a Ucrânia à medida que os EUA aumentam ajuda a Kyiv.
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Rio de Janeiro —
A apenas dois meses do fim da Administração do Presidente Joe Biden, os Estados Unidos estão a aumentar o apoio financeiro, militar e diplomático ao esforço da Ucrânia para se defender da agressão russa.
Na Cimeira do G20, as 19 economistas mais fortes do mundo, a União Europeia e a União Africana, que começou nestra segunda-feira, 18, no Rio de Janeiro, Brasil, e termina na terça-feira, o Governo americano pressionou por uma linguagem "mais forte possível" sobre a Ucrânia, disse o vice-conselheiro de segurança nacional Jon Finer à Voz da América durante uma conferência de imprensa hoje.
Os diplomatas ocidentais renovaram a sua pressão por críticas mais fortes a Moscovo, após o ataque aéreo russo no fim de semana, o maior em território ucraniano em meses.
Eles alertaram ainda que o aumento dos esforços de guerra russos poderia ter um efeito desestabilizador para além da Europa.
No início deste mês, os EUA e a Ucrânia anunciaram que a Coreia do Norte enviou mais de 10 mil soldados para ajudar Moscovo a recuperar o território tomado pela Ucrânia na região russa de Kursk.
Jon Finer reconhece que é difícil encontrar um consenso sobre os conflitos globais, dada a diversidade do G20.
Para além da maioria dos países do G7 com ideias semelhantes, o G20 inclui também a Rússia, a China e os governos do chamado Sul Global.
“Veremos onde isto vai parar”, acrescentou Finer.
Desde a cimeira do G20 em Bali, em 2022 – realizada meses após a invasão da Ucrânia por Moscovo – o grupo tem enfrentado desafios para encontrar uma resposta ao conflito.
Mísseis de longo alcance autorizados
Nos últimos tempos, os Estados Unidos têm vindo a aumentar a sua assistência militar a Kyiv e agora autorizou a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance fornecidos por Washington para atacar dentro da Rússia, de acordo com relatos dos meios de comunicação social que citam autoridades que falaram sob condição de anonimato.
O vice-conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos recusou confirmar a informação, mas disse que é “consistente” com a abordagem dos EUA de adaptar a sua resposta aos desenvolvimentos no terreno para “permitir que os ucranianos continuem a defender o seu território e a sua soberania”.
Também hoje, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que, a ser verdade, a autorização para Kyiv atacar dentro da Rússia com mísseis de longo alcance dos EUA “marcará uma ronda qualitativamente nova de tensões e um nível de envolvimento de Washington no conflito da Ucrânia”.
Mudanças na Casa Branca e suas consequências
Na semana passada, em Bruxelas, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, procurou tranquilizar os aliados europeus de que Biden está “empenhado em garantir que cada dólar que temos à nossa disposição seja empurrado para fora da porta entre agora e 20 de Janeiro ”, data da posse de Donald Trump.
O Presidente eleitoral tem criticado o uso do dinheiro dos contribuintes norte-americanos para ajudar Kyiv e sem fornecer detalhes, Trump tem dito repetidamente que pode acabar rapidamente com a guerra, uma declaração que muitos na Europa temem que possa significar forçar a Ucrânia a capitular.
No início deste mês, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse que quer um “fim justo” para a guerra e que um fim rápido “significa perdas”.
No sábado, 16, disse à rádio pública ucraniana que, sob a Administração Trump, “a guerra terminará mais rapidamente”.
“Esta é a abordagem deles, a promessa para o seu país”, afirmou, acrescentando que "para eles também é muito importante.”
No Departamento de Estado, o porta-voz Matthew Miller disse à Voz da América durante o encontro com a imprensa hoje que Washington procura o fim da guerra na Ucrânia que defende a integridade territorial e a soberania do país, garantindo ao mesmo tempo que não “recompensa um ditador” que pretende tomar terras pela força.
O sentimento é partilhado por muitos líderes europeus, mas estes poderão, em última análise, ser forçados a aceitar uma nova realidade política.
“Nenhum Governo na Europa irá endossar oficialmente um acordo de terra pela paz neste momento. É diplomática e legalmente impossível fazê-lo”, disse Edward Hunter Christie, antigo funcionário da NATO e agora investigador sénior no Instituto Finlandês de Assuntos Internacionais.
Nos bastidores, no entanto, alguns líderes europeus acreditam que as hipóteses da Ucrânia não são suficientemente fortes, disse Christie à VOA, especialmente se a Administração Trump não continuar a sua assistência à Ucrânia.
Os EUA estão a apressar-se a desembolsar 20 mil milhões de dólares no âmbito de uma iniciativa do G7 liderada por Biden, acordada em Junho para fornecer a Kyiv 50 mil milhões de dólares em empréstimos.
Os fundos serão reembolsados com recurso a rendimentos de juros provenientes de ativos russos congelados em instituições financeiras ocidentais.
Um alto funcionário do Governo disse à Voz da América que a Administração Biden está “a trabalhar a todo o vapor” para que o empréstimo seja desembolsado antes do final do ano.
fonte: VOA
EUROPA “ENCRAVINHA” O SAHEL.
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Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) deram aval final à nomeação do antigo ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, como representante especial para o Sahel, região estratégica em termos de segurança e estabilidade.
Ainstituição refere, em comunicado, que “o Conselho nomeou João Cravinho Representante Especial da UE (REUE) para a região do Sahel. O novo REUE contribuirá activamente para os esforços regionais e internacionais no sentido de alcançar uma paz duradoura, a segurança, a estabilidade e o desenvolvimento sustentável na região, que inclui o Burkina Faso, o Chade, o Mali, a Mauritânia e o Níger”.
“O REUE colaborará também com os países da bacia do Lago Chade e com outros países e entidades regionais ou internacionais dentro e fora da região, incluindo o Magrebe e o Golfo da Guiné e os países vizinhos afectados pela dinâmica do Sahel”, é também referido.
A nomeação tinha já sido acordada na semana passada, pelo que foi formalizada hoje em Bruxelas, com João Gomes Cravinho a começar a desempenhar este cargo de representante especial da UE para o Sahel em Dezembro próximo e até Agosto de 2026.
A função foi criada em 2013 para promover o diálogo político, a coerência e a coordenação.
O Sahel é uma extensa área que atravessa longitudinalmente África, desde o Senegal até à Eritreia, mas o foco da UE vai centrar-se na Mauritânia, Mali, Burkina Faso, Chade e Níger, sendo que em três deles houve golpes de Estado nos últimos anos (Mali, Burkina Faso e Níger), devendo também ser dada uma atenção especial aos países da costa atlântica.
Esta região é muito importante para a UE em termos de segurança e estabilidade, de compromissos internacionais em matéria de clima e desenvolvimento sustentável e de rotas migratórias ligadas à Europa.
De momento, o Sahel atravessa várias crises simultâneas, como uma crise de segurança com ataques regulares perpetrados por grupos armados e terroristas contra civis e forças de segurança, mas também alimentada pela violência interétnica, estimando-se que mais de 4.000 pessoas tenham morrido em 2019 devido a ataques.
A abordagem da UE combina o compromisso político, o apoio à segurança e à defesa, bem como uma ampla assistência humanitária e ao desenvolvimento, sendo que, desde 2014, a União e os seus Estados-membros mobilizaram cerca de oito mil milhões de euros no total.
Em meados de Outubro, em declarações à Lusa, João Gomes Cravinho afirmou que a Europa é a única capaz de “tomar conta daquela região”.
“Trabalho não me vai faltar, e importância estratégica da região para a Europa também não; se não tomarmos conta disto, e mais ninguém vai tomar, porque os Estados Unidos olham para o Sahel como um problema que afecta a Europa, a NATO também não tem instrumentos nem vocação para trabalhar aqui, portanto é a União Europeia que tem de usar os seus instrumentos para gerar uma dinâmica diferente na região”, disse na altura o antigo governante.
João Gomes Cravinho é um perito de longa tradição socialista e certamente merecedor de um doutoramento “honoris causa” pela Universidade Agostinho Neto. Por alguma razão comparou, em Novembro de 2005, em entrevista ao jornal português Expresso, Jonas Savimbi (que tinha morrido três anos antes) a Hitler.
Em tempos, a Comissão de Negócios Estrangeiros do Parlamento português quis ouvir o então secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação (João Gomes Cravinho) sobre a situação na Guiné-Bissau. Na altura, o caso do ex-chefe da Armada guineense, Bubo Na Tchuto, foi revelador do que Portugal (não) pensava, nem pensa, sobre a Guiné-Bissau.
Em Janeiro de 2010, quando oficialmente Bubo Na Tchuto era procurado pela justiça e se tinha refugiado na sede da ONU em Bissau, João Gomes Cravinho disse que o caso veio “expor completamente a fragilidade das instituições” guineenses.
Basta ler (se alguém tiver paciência para isso) o que Gomes Cravinho disse uma vez, nem que seja há um par de anos, para se saber que sempre que fala da Guiné-Bissau usa as mesmas ideias, os mesmos argumentos, a mesma teoria e, é claro, a mesma passividade.
O então secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal só altera os nomes dos protagonistas. Na altura foi Bubo Na Tchuto, tal como já tinham sido, entre outros, Hélder Proença, Baciro Dabó, Tagmé Na Waié e João Bernardo “Nino” Vieira.
E por falar em Gomes Cravinho, recordam-se que ele afirmou no dia 4 de Dezembro de 2007 que a União Europeia devia libertar-se da “bagagem colonial” na relação com África, reconhecendo que o continente “é hoje um igual” com “progressos notáveis” nos últimos anos?
E por falar em Gomes Cravinho, é de crer que um dia destes irá dizer que “Nino” Vieira foi outro Hitler africano. Isto porque o então secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, depois ministro dos Negócios Estrangeiros e ministro da Defesa, tem coragem suficiente para fazer destas afirmações sobre pessoas depois de eles terem morrido.
Sobre os vivos, por muito mais que eles se assemelhem a Hitler, Cravinho apenas sabe estar calado.
No dia 18 de Janeiro de 2010, João Gomes Cravinho afirmou que o Governo português acompanhava com a «atenção normal» a situação na província angolana de Cabinda, defendendo que o importante era a detenção de responsáveis de ataques criminosos.
Não está nada mal. Até parece que, para os donos do reino lusitano, falar de Cabinda ou de Zoundwéogo é exactamente a mesma coisa. Lisboa esqueceu-se, continua a esquecer-se, que os cabindas, tal como os angolanos, não têm culpa que as autoridades portugueses (grande parte delas do Partido Socialista) tenham, em 1975, varrido a porcaria para debaixo do tapete.
Quando interrogado sobre se o Governo português considerava preocupantes as notícias de detenções de figuras alegadamente ligadas ao movimento independentista na província de Cabinda, João Gomes Cravinho afirmou que «preocupante é quando há instabilidade e violência, como aconteceu com o ataque ao autocarro da equipa do Togo» a 8 de Janeiro de 2010.
Sim, é isso aí. Portanto, o MPLA pode prender quem muito bem quiser (e quer, continua a querer, todos aqueles que pensam de maneira diferente) que terá, como é óbvio, o apoio e a solidariedade das autoridades portuguesas.
Tal como fez em relação a Jonas Savimbi depois de este ter morrido, Gomes Cravinho não tardará (provavelmente só está à espera que eles morram) a chamar Hitler, entre outros, a Raul Tati, Francisco Luemba, Belchior Lanso Tati, Jorge Casimiro Congo (este já morreu), Agostinho Chicaia, Martinho Nombo, Marcos Mavungo ou Raul Danda (a este já pode, infelizmente, chamar).
João Gomes Cravinho explicou na altura que, «em relação ao mais» Lisboa acompanha o que se passa «pelas vias normais», isto é, pela comunicação social e pelos relatos feitos pela embaixada portuguesa.
Ou seja, Portugal está-se nas tintas. E quando Cravinho diz que Lisboa acompanha o que se passa pelos relatos feitos pela embaixada portuguesa estava a esquecer-se que a embaixada lusa se limitava, como se limita hoje, a ampliar a versão oficial do regime angolano.
Como se já não bastasse a bajulação de Lisboa ao regime angolano, ainda temos de assistir à constante passagem de atestados de menoridade e estupidez aos portugueses e aos angolanos por parte de alguém que, depois do desastroso papel como secretário de Estado, chegou a ministro da Defesa e agora aos Negócios Estrangeiros.
Em Novembro de 2005, o governo português recusou-se a comentar a reacção da UNITA, que classificou de “insulto intolerável” as declarações do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros português sobre o líder histórico do partido, Jonas Savimbi.
Em declarações à Agência Lusa, o então porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, António Carneiro Jacinto, afirmou que o governo português “não comenta” a reacção da UNITA às declarações de João Gomes Cravinho, numa entrevista publicada pelo jornal Expresso.
O secretário de Estado descreveu Jonas Savimbi como “um monstro” e um “Hitler africano”.
Na altura, o Comité Permanente da UNITA classificou estas declarações como um “insulto intolerável” e uma “grotesca ingerência” nas relações com Angola.
“A opinião do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação do governo de Portugal sobre Jonas Malheiro Savimbi é um insulto intolerável”, referia um comunicado da direcção da UNITA.
Na sequência das declarações do secretário de Estado, a direcção da UNITA decidiu enviar ao primeiro-ministro português, José Sócrates, uma carta manifestando o seu “veemente protesto” pelo que entende ser uma “grotesca e infantil ingerência do seu principal porta-voz em matéria de relacionamento com Angola”.
“Quanto a João Cravinho, convirá dizer, para refrescar a sua seca memória, que quem tem hitlerismos consigo e cometeu monstruosidades indescritíveis foi uma parte dos colonizadores, de que ele é indefectivelmente uma continuação biológica”, diz o comunicado.
A UNITA assegurou, no entanto, acreditar que “os dirigentes portugueses responsáveis, sem miopia política nem servilismos mercantilistas, saberão respeitar e trabalhar com os angolanos para criar o quadro psicológico necessário ao bom desenvolvimento das relações entre os dois povos”.
Por outro lado, destaco a “clarividência do povo português, que, ao contrário de certos membros do seu governo, sempre soube posicionar-se ao lado de todos os angolanos”.
Para a UNITA, as relações entre portugueses e angolanos “assumirão por muito tempo ainda uma enorme carga emocional”, defendendo que “competirá aos dirigentes de ambos os povos ganhar permanentemente altura para conferir sempre mais maturidade e idoneidade a essas relações”.
Folha 8 com Lusa
domingo, 17 de novembro de 2024
MPLA E FRELIMO NO TOP DA CORRUPÇÃO
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Familiares e amigos do ex-Presidente Armando Guebuza e do actual chefe de Estado moçambicano (todos da Frelimo) usaram fundos públicos para financiar a compra de propriedades de luxo na África do Sul, indica-se numa investigação da Organização Não-Governamental (ONG) sul-africana Open Secrets. No caso de Angola, poderá o MPLA (igualmente no poder há 49 anos) pôr as mãos no fogo?
Na publicação intitulada “Para venda – Lavandaria imobiliária da África do Sul”, da autoria da Organização Não-Governamental (ONG) sul-africana Open Secrets, identifica-se cerca de 162 milhões de rands (8,4 milhões de euros) em casas compradas por indivíduos politicamente ligados, principalmente de Moçambique, República Democrática do Congo (RDC) e Guiné Equatorial, numa investigação baseada em documentos judiciais, registos de escrituras e fontes confidenciais.
No caso da elite governante moçambicana da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975), os investimentos imobiliários na África do Sul ocorreram no âmbito das “dívidas ocultas”, o maior escândalo de corrupção pública da história pós-independência de Moçambique, segundo a investigação agora divulgada.
“A investigação da Open Secrets revelou que o filho do ex-presidente Filipe Nyusi, Jacinto Ferrão Filipe Nyusi, comprou uma casa de luxo no valor de 17,5 milhões de rands (912,772.00 euros) em Sandhurst, um subúrbio (…) de Joanesburgo”, lê-se no relatório a que a Lusa teve acesso.
A ONG sul-africana, que tem investigado a corrupção pública na África do Sul desde o anterior regime de ‘apartheid’, salientou que “Jacinto comprou a propriedade em Julho de 2015, dois anos após a campanha política do seu pai ter aceitado subornos da Privinvest”, uma das empresas indiciadas no caso das dívidas ocultas de mais de 2 mil milhões de euros.
“A nossa investigação revelou também os nomes dos advogados que trabalharam no negócio que garantiu a primeira casa de Jacinto Nyusi num luxuoso subúrbio da Cidade do Cabo em 2014, e como esse mesmo escritório de advogados estaria envolvido na venda da casa de Jacinto quando um relatório independente revelou a auditoria dos ilícitos por detrás do escândalo das dívidas ocultas”, acrescentando que o imóvel custou 3,9 milhões de rands [203.405 euros] no subúrbio rico de Constantia, na Cidade do Cabo.
“A propriedade de Constantia foi posteriormente vendida, em Março de 2018, por 4,5 milhões de rands [234.697 euros]”, frisou a Open Secrets, salientando que Jacinto Nyusi vendeu a propriedade “oito meses depois de a consultora financeira e de risco Kroll ter divulgado um relatório sobre o escândalo das dívidas ocultas” em Moçambique.
Todavia, na investigação refere-se que um ano após a compra da propriedade em Constantia, “Jacinto fez uma compra ainda mais avultada em Sandhurst, um dos subúrbios mais luxuosos e opulentos de Joanesburgo”.
“Situado em Sandton, o bairro está repleto de mansões escondidas atrás de imponentes muros e postos de segurança 24 horas por dia. Em Julho de 2015, Jacinto comprou uma impressionante casa por 17,5 milhões de rands”, adiantou, acrescentando que o imóvel foi vendido em Março de 2022, por apenas oito milhões de rands (417.249,3 euros).
Na altura, o antigo ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang — considerado peça-chave do escândalo das dívidas ocultas -, enfrentava numa prisão de Joanesburgo a sua extradição para os Estados Unidos.
Segundo a organização sul-africana, a família Guebuza também investiu “fundos potencialmente ilícitos” em propriedades na África do Sul.
“Quando o Governo de Moçambique garantiu o empréstimo secreto em 2013, o Presidente Armando Guebuza era o homem responsável pelo Estado. O seu filho mais velho, Ndambi, foi condenado, em 2022, em Maputo, por aceitar 33 milhões de dólares em subornos relacionados com o escândalo. Ndambi comprou duas propriedades em Gauteng, na África do Sul, no total superior a 20 milhões de rands em 2013 — o mesmo ano em que a Privinvest começou a pagar subornos”, acrescenta-se.
As propriedades estão localizadas em Dainfern (9,3 milhões rands (485.023 euros) e Kyalami Estate (10,8 milhões de rands (563.206,11 euros), segundo a investigação sul-africana.
“Todavia, Ndambi não foi o único membro da família Guebuza a beneficiar do negócio. Os registos de propriedades mostram também que a filha do antigo Presidente, Valentina De Luz Guebuza, possuía duas propriedades em Dainfern, Gauteng, no valor de 15 milhões de rands cada (30 milhões de rands no total (1,6 milhões de euros).
“Ambas as propriedades foram compradas em 29 de maio de 2014 e parecem ser vizinhas uma da outra no condomínio de luxo. Valentina de Luz Guebuza morreu em 2016, alegadamente morta a tiro pelo marido”, referiu.
A investigação sul-africana, citando procuradores moçambicanos, indica também que o intermediário moçambicano Bruno Langa, que apresentou Armando Guebuza aos empresários envolvidos no escândalo das dívidas ocultas, investiu mais de 13 milhões de rands (677.887,95 euros) em imóveis nas províncias sul-africanas de Gauteng e Mpumalanga.
Na óptica da Open Secrets, na sequência das eleições gerais em 9 de Outubro de 2024, que marcaram o fim da presidência de Nyusi, o chefe de Estado moçambicano “poderá ainda enfrentar pedidos de indemnização pelos ‘donativos’ que aceitou”.
Angola é o MPLA, Moçambique é a Frelimo
Em Fevereiro de 2019, a consultora Eurasia considerou que a divulgação da existência de contratos entre Angola e as empresas envolvidas no escândalo da dívida oculta de Moçambique “podia beliscar ligeiramente” a imagem de João Lourenço.
“A agenda reformista de João Lourenço não vai, provavelmente, perder fôlego por causa deste desenvolvimento e apesar de a sua imagem de combate à corrupção possa ser ligeiramente beliscada, a campanha anti-corrupção focada na família de José Eduardo dos Santos e seus aliados vai provavelmente continuar”, escreveu o director para a África subsaariana desta consultora, Darias Jonker.
Num comentário à divulgação de contratos no valor de mais de 500 milhões de dólares entre o Ministério da Defesa de Angola e a Privinvest, a Eurasia disse que “o projecto da Privinvest em Angola é «notícias velhas», foi amplamente divulgado em 2016 e faz parte do projecto Pro-Naval decretado pelo antigo Presidente José Eduardo dos Santos para garantir um sistema de segurança marítimo para o país”.
Sobre o actual chefe de Estado angolano, que na altura era ministro da Defesa, Darias Jonker disse que “apesar de se ter distanciado da corrupção descarada da era de Eduardo dos Santos, era inevitável que os três anos passados no Governo do ex-Presidente da República como ministro da Defesa o ligassem a contratos militares questionáveis”.
A UNITA defendeu, na mesma altura, uma averiguação à denúncia sobre o alegado envolvimento do Ministério da Defesa, na tutela de João Lourenço, actual Presidente da República, Presidente do MPLA e Titular do Poder Executivo, num negócio com empresas envolvidas nas “dívidas ocultas” moçambicanas.
A posição foi então manifestada pelo líder do grupo parlamentar da UNITA (hoje Presidente do partido), Adalberto da Costa Júnior, numa conferência que abordou questões ligadas à limitação (inexistência) da fiscalização dos deputados aos actos de governação.
Em causa estava, como o Folha 8 revelou, um relatório da consultora EXX Africa que alertou que Angola poderia enfrentar riscos reputacionais por o Ministério da Defesa angolano, na altura dirigido pelo actual chefe de Estado, João Lourenço, ter feito um negócio de 495 milhões de euros com as empresas envolvidas no caso das “dívidas ocultas” de Moçambique.
O “Relatório Especial” da EXX Africa sobre a ligação entre a empresa Privinvest e o Governo do MPLA (no Poder desde 1975), quando João Lourenço era ministro da Defesa, adiantava que “há indicações cada vez maiores de envolvimento de líderes políticos angolanos no escândalo moçambicano que ainda não foram totalmente divulgadas”.
O Ministério da Defesa de Angola, dizia esta consultora, “chegou a fazer um contrato de 495 milhões de euros para comprar barcos e capacidade de construção marítima à Privinvest, num contrato com aparentemente notáveis semelhanças com a Prolndicus e MAM (em termos de palavreado e conteúdo), as empresas que estão no centro do escândalo da “dívida oculta” de Moçambique.
“Estas ligações e os negócios feitos arriscam-se a minar o ímpeto muito popular e mediático contra a corrupção, e podem também embaraçar os principais líderes políticos angolanos, e colocam riscos reputacionais para os investidores em Angola”, acrescentava o relatório.
Em causa estavam dois contratos que a EXX Africa diz terem sido assinados pelo Ministério da Defesa de Angola com as empresas Privinvest e Prolndicus, as duas empresas que negociaram empréstimos de mais de mil milhões de dólares à margem das contas públicas, em Moçambique.
“A conclusão mais significativa [da investigação levada a cabo pela consultora EXX Africa] é que a Simportex — uma empresa do Ministério da Defesa de Angola, e que entrou numa parceria com a Privinvest — assinou dois contratos significativos, no total de 122 milhões de euros, em 2015, com a Finmeccanica, depois chamada Leonardo S.p.A) para aquisições que a Privinvest poderia ter feito ela própria”, lê-se no documento.
Em Dezembro de 2015 a Simportex terá “assinado contratos para a compra e venda de equipamento, parte suplentes, e para dar instalação e treino para equipar um centro nacional e três centros de coordenação marítima regional, bem como para instalar várias estações de controlo, replicadores de sinal e meios de comunicação na costa angolana”.
O relatório explica que “o acordo foi feito entre o Ministério da Defesa e a Selex Company Ess num valor em kwanzas equivalente a 115 milhões de euros”, e incluía também “a compra e venda de dois veículos de patrulha ultra-rápidos, peças suplentes, ferramentas e serviços de treino, entre o Ministério da Defesa nacional e a companhia Whitehead Sistemi Subacquei SPA, num valor em kwanzas equivalente a 7,3 milhões de euros”.
Ainda em 2015, a consultora diz que Angola “entrou noutro acordo com a subsidiária francesa da Privinvest, a CMN (que construiu os barcos da EMATUM) para fornecer um projecto hidroeléctrico”, sobre o qual não são dados mais pormenores.
Citando uma fonte “próxima da ProIndicus”, a EXX Africa diz que João Lourenço, enquanto ministro da Defesa, visitou o projecto de Moçambique “enquanto parte de um esforço da Privinvest, liderada por Boustani, para lhe vender um pacote similar” ao que tinha apresentado a Moçambique.
O antigo vice-presidente Manuel Vicente, apresentado como alguém “que agora age como consultor financeiro e económico com extraordinários poderes e influência sobre as políticas públicas”, terá tido um “papel proeminente” nos acordos entre Angola e a Privinvest, já que terá apresentado o empresário Gabriele Volpi às autoridades moçambicanas, primeiro, e depois entre Jean Boustani e João Lourenço e a Privinvest.
O director da EXX Africa e autor do relatório diz que o mesmo “não acusa ninguém de qualquer acto ilícito nos negócios entre a Simportex e a Privinvest” e enfatiza que o objectivo é “alertar para o facto de que a Privinvest tem uma reputação controversa e que os negócios com esta firma devem ser sujeitos a um escrutínio mais próximo, preferencialmente pelo próprio Governo angolano”.
Questionado sobre os pormenores da investigação levada a cabo, Robert Besseling disse que “o objectivo era alertar os nossos clientes sobre a possibilidade de haver um risco reputacional que precisa de ser investigado mais em detalhe para eles limitarem a sua exposição” e conclui que “o precedente sobre o que aconteceu em Moçambique deve servir como um aviso para todas as partes envolvidas em grandes negócios de procuração em Angola”.
Entre os documentos apresentados pela Justiça norte-americana contra Jean Boustani e Manuel Chang, há uma apresentação de 27 páginas sobre o que é a Privinvest, na qual são apresentados exemplos de projectos em países como Alemanha, França e Angola, sendo que neste último mostra-se um desenho computorizado de uma fragata ligeira, de 90 metros, com o título Project Angolan Navy, mas sem mais pormenores além das especificações técnicas da fragata.
O jornal The New York Times, na sua edição de 25 de Março de 2018, relatou como Elliot Broidy (um empresário norte-americano que financiou e apostou fortemente em Donald Trump) tentou “caçar” negócios usando a sua aproximação a Trump.
Além de outros casos citados, o jornal escreveu que, “numa carta datada de 3 de Janeiro de 2017 e enviada por email a dirigentes de topo do Governo angolano, Elliot Broidy indicava que procedia ao envio de um convite para as celebrações da posse do Presidente Trump, bem como uma proposta para a Circinus (empresa de que era dono) prestar serviços de segurança em Angola”.
João Lourenço, na altura ministro da Defesa mas já candidato presidencial do MPLA, terá recebido uma carta mais tarde de Elliot Broidy a pedir uma resposta até 9 de Janeiro daquele ano, já com o documento assinado de um acordo de 64 milhões de dólares e válido por cinco anos.
O jornal acrescentava que três dias antes da posse de Donald Trump, a 17 de Janeiro, “os angolanos efectuaram um pagamento de seis milhões de dólares à Circinus”, mas, ainda segundo o The New York Times, citando fontes próximas de Elliot Broidy, o pagamento terá ficado aquém do combinado.
Ainda de acordo com o jornal norte-americano, João Lourenço terá sido inclusivamente convidado para o resort de Donald Trump em Mar-a-Lago (ou Casa Branca de Inverno, um dos locais de eleição de Trump desde que tomou posse), na Flórida, mas o agora Presidente angolano nunca respondeu.
Depois da posse de Donald Trump, o empresário de Los Angeles, que apoiou o pré-candidato republicano Ted Cruz até que este desistiu da corrida à Casa Branca, ofereceu-se na altura para conseguir encontros entre João Lourenço, ainda ministro da Defesa, com autoridades americanas.
“Vários preparativos foram feitos para receber a sua visita, incluindo reuniões adicionais no Capitólio (Congresso) e no Departamento de Tesouro”, escreveu Elliot Broidy num dos emails, enquanto noutro pedia “por favor, processem o pagamento imediatamente”.
Mais tarde, depois da posse de João Lourenço como Presidente de Angola, o apoiante de Donald Trump voltou a disponibilizar-se para promover uma maior aproximação entre os dois países, prometendo, inclusive, encontros com o Presidente e o vice-presidentes americanos.
João Lourenço, ainda de acordo com o jornal, não respondeu às propostas nem o Governo de Angola fez qualquer pagamento adicional.
O The New York Times descreveu Elliot Broidy como um empresário que tem usado a sua aproximação ao Presidente americano para atrair políticos, na sua maioria de países com um elevado nível de corrupção e de falta de transparência, que depois usam fotos e pequenos apertos de mãos com Donald Trump para ganhos políticos nos seus países.
Os jornais norte-americanos The New York Times e The Wall Street Journal publicaram no dia 22 de Agosto de 2017, véspera das eleições angolanas, reportagens que abordam a corrupção em Angola, que “coloniza” Portugal para lavar dinheiro.
“O colonizador passou a colonizado”, lê-se na reportagem do The New York Times, intitulada “Portugal dominou Angola durante anos. Agora os papéis inverteram-se”. A extensa peça começa em Cascais, no Estoril Sol Residence, luxuoso bloco de apartamentos na marginal que atraiu a elite angolana – segundo o jornal, o prédio já é conhecido como “o prédio dos angolanos”.
Um dos proprietários da luxuosa Estoril Sol Residence mencionados pelo The New York Times era (é) o ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, que terá pago cerca de 2,8 milhões de dólares pelo 9º andar com vista para o mar. Lembre-se que Manuel Vicente é suspeito de ter corrompido o procurador Orlando Figueira para que arquivasse dois inquéritos, um deles o caso Portmill, relacionado com a alegada aquisição deste imóvel de luxo no Estoril.
De caso em caso, o jornal norte-americano vai sustentando a existência de uma elite angolana, que acumulou fortunas e que está a lavar dinheiro em Portugal. Entre os exemplos dados pelo The New York Times, também constava o de Isabel dos Santos, filha do ex-presidente de Angola que foca a sua actividade num escritório discreto de localizado ao lado da Louis Vuitton da Avenida da Liberdade, em Portugal.
“Isabel dos Santos tornou-se uma das figuras mais poderosas de Portugal, ao comprar posições importantes na banca, nos media e no sector da energia”, escreveu o diário.
Já o The Wall Street Journal, que focou o seu artigo na Operação Fizz, considerava que se criaram condições perfeitas em Portugal para a lavagem de dinheiro angolano. Ao ficar rica em petróleo, Angola beneficiou do boom do ouro negro, enriquecendo a liderança de José Eduardo dos Santos. Os angolanos passaram a poder comprar o que os portugueses, que sofriam de uma crise financeira, não eram capazes de adquirir.
O “poderio” da elite angolana e a “permissividade” portuguesa foram a tempestade perfeita para a corrupção em Angola: “Os portugueses sabem como os angolanos são proeminentes a alegadamente afunilarem milhões de dólares em imóveis de luxo, apesar dos cidadãos angolanos serem dos mais pobres do mundo”.
“Angola está frequentemente no topo dos países mais corruptos do mundo e Portugal destacado pela sua permissividade no combate ao branqueamento de capitais e à corrupção, particularmente em relação aos angolanos, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico”, escreveu o diário norte-americano.
Folha 8 com Lusa
domingo, 3 de novembro de 2024
Guiné-Conacri: Retirada do principal patrocinador Guicopres, FGF nega e tranquiliza.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Apesar da notícia de que o Patrocinador do campeonato nacional e da selecção guineense, Guicopres SA teria suspendido o seu contrato de patrocínio com a Federação Guineense de Futebol, o organismo reagiu rapidamente e desmentiu a notícia antes de tranquilizar...
Isto é um grande espinho nos pés da Federação Guineense de Futebol, que está prestes a perder um dos seus maiores apoiantes financeiros. Este é o Grupo Guicopres vinculado à instituição que está sediada em Teminetaye desde outubro de 2022 e que movimenta 15.000.000.000 GNF por ano.
Segundo informações publicadas na imprensa guineense na manhã deste sábado, a construtora suspendeu o contrato de patrocínio com a Federação Guineense de Futebol por incumprimento de determinadas obrigações contratuais.
Só que na noite deste sábado, 2 de novembro de 2024, a Federação Guineense de Futebol, através de um comunicado de imprensa, apoia que “GUICOPRES continuará a apoiar o futebol guineense…” e confirma que “GUICOPRES não retirou o patrocínio e não irá sei fazer por motivos óbvios…”.
O órgão assegura que “o Presidente e CEO do Guicopres, Sr. Kerfalla Camara KPC, reiterou na tarde de sábado, 2 de novembro de 2024, a sua vontade de apoiar o futebol guineense e indicou claramente que nunca o tinha dito que o abandonou. Pelo contrário, esperava que o processo de trocas sobre os principais aspectos do contrato fosse revisto, evitando doravante tudo o que pudesse afectar a sua boa execução..."
Flash na panela ou problema real se aproximando? só o tempo dirá.
fonte: guin360.com
África: China anuncia construção de grandes infra-estruturas.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
A Tanzânia dá um passo crucial no seu programa de infra-estruturas com a assinatura de uma parceria estratégica com a China Communications Construction Company Limited (CCCL) para a construção de uma ponte importante em Dar es Salaam. Este projecto, anunciado no dia 22 de Outubro pelo Ministério das Obras Públicas através das suas redes sociais, visa melhorar a rede rodoviária e agilizar o trânsito numa cidade onde as infra-estruturas são frequentemente testadas por condições meteorológicas severas.
A nova infra-estrutura, com uma extensão de 390 metros, está prevista no eixo rodoviário Fire-Ubungo, com um custo total estimado em 97,1 mil milhões de xelins tanzanianos (aproximadamente 35,6 milhões de dólares). Esta ponte faz parte de um plano mais amplo de modernização das estradas em Dar es Salaam, concebido para mitigar os impactos das chuvas sazonais, particularmente as causadas pelo fenómeno climático El Niño, que degrada significativamente a rede rodoviária.
As recentes chuvas agravaram os problemas de mobilidade na província de Dar es Salaam, tornando algumas estradas intransitáveis. Esta ponte pretende aliviar o congestionamento, nomeadamente nas zonas mais afetadas pelas intempéries, permitindo um trânsito mais tranquilo e reduzindo os frequentes engarrafamentos que atrasam o transporte urbano.
Para levar a cabo este projecto, o governo da Tanzânia, através da sua agência rodoviária TANROADS, conta com parcerias sólidas, particularmente com a China, um grande interveniente no sector das infra-estruturas em África. Além de financiar esta ponte específica, a Tanzânia atribuiu um envelope de 125 mil milhões de xelins (46 milhões de dólares) para um programa de reabilitação de estradas na região de Dar es Salaam, destinado a restaurar infra-estruturas danificadas pelas chuvas torrenciais.
As obras, que deverão durar 24 meses, marcam um grande passo em frente na estratégia de desenvolvimento de infra-estruturas da Tanzânia. O país pretende reforçar não só as suas estradas e pontes, mas também a sua resiliência aos desafios climáticos. O governo esforça-se por garantir uma rede rodoviária sustentável, capaz de resistir aos caprichos das estações chuvosas, e permitir o desenvolvimento económico contínuo.
Este projecto não é simplesmente uma resposta imediata aos actuais problemas de mobilidade. Faz parte de uma visão mais ampla, a de transformar Dar es Salaam numa cidade mais bem equipada para o futuro, apoiando o crescimento económico do país e facilitando o transporte de mercadorias e pessoas. Esta ponte deverá também contribuir para uma melhor ligação entre as diferentes zonas da cidade, optimizando o comércio e melhorando a qualidade de vida dos residentes.
FONTE: https://lanouvelletribune.info/2024
ANGOLA: PGR DO MPLA FALA BEM QUANDO ESTÁ… CALADO!
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
A empresária angolana Isabel dos Santos, que reside no Dubai, reiterou hoje, num comunicado, aquilo que todos (nomeadamente a Procuradoria-Geral da República de Angola) sabem. Ou seja, que sempre esteve localizável e disponível para ser ouvida num processo em que é acusada de 12 crimes associados à sua gestão na petrolífera Sonangol.
Aposição de Isabel dos Santos, que insiste que é visada num processo “político” surge em resposta a declarações do Procurador-Geral da República de Angola, Hélder Pitta Groz, feitas na quarta-feira em Portugal em que afirmou que o pedido de detenção de Isabel dos Santos no Dubai já foi enviado “há mais de um ano” e que continua à espera que seja cumprido.
“O tratamento é manifestamente desigual. Se não se tratasse de um processo político contra a filha do antigo Presidente da República de Angola [José Eduardo dos Santos, falecido a 8 de Julho de 2022), o próprio Comité de Avaliação e Análise para o Aumento da Eficiência do Sector Petrolífero, em 2016 dirigido por Edeltrudes Costa, que ordenou e decidiu a contratação de consultores para a reestruturação da Sonangol, seria investigado, bem como os ministros que também seriam investigados e detidos. Isto se não fosse todo este processo, um processo político contra uma única pessoa: Isabel dos Santos”, afirma Isabel dos Santos no comunicado.
Nas declarações aos jornalistas em Lisboa, o PGR do MPLA (versão general João Lourenço) lamentou que as autoridades árabes não procedam à detenção de Isabel dos Santos, mas salientou que o mais importante é que a filha do antigo Presidente de Angola se coloque à disposição das autoridades.
“As declarações do Senhor Procurador-Geral da República de Angola confirmam que eu não estou (nem nunca estive) em parte incerta ou desconhecida. Ou seja, é falso que as autoridades angolanas não me conseguem localizar. Como ele próprio declarou, conhece a minha morada e o meu paradeiro há mais de ano e meio, confirmando o que eu sempre afirmei: não sou fugitiva da Justiça”, afirma Isabel dos Santos.
“Estou, e sempre estive, disponível para prestar esclarecimentos no interesse da verdade. Durante mais de quatro anos participei e respondi em todos os processos, em Angola, Portugal ou qualquer outra jurisdição, sempre que fui solicitada”, acrescenta.
Pitta Groz, correspondendo às ordens superiores do Presidente João Lourenço, negou as alegações de processo político apresentadas pela defesa de Isabel dos Santos.
“A melhor forma de ela [Isabel dos Santos] poder demonstrar que é um processo político é colocar-se à disposição dos órgãos de justiça de Angola e aí poder mostrar, como diz, com provas concretas, que é um processo político e não que há factos ilícitos, é o melhor caminho para isso”, disse o Procurador angolano.
No entanto, segundo Isabel dos Santos, há mais de quatro anos que os processos estão todos sob segredo de justiça, tanto em Portugal como em Angola.
“Não me é possível saber as razões ou suspeitas que existem sobre mim pois é-me negado o acesso aos processos. Em consequência do ‘segredo de justiça’ também não me é permitido prestar esclarecimentos ou apresentar provas contraditórias, que podem eliminar as suspeitas e demonstrar a minha inocência e esclarecer a verdade”, responde a empresária angolana.
“Há mais de quatro anos que tenho as contas bancárias bloqueadas, há mais de quatro anos que estou impedida de trabalhar, há mais de quatro anos que estou impedida de pagar impostos ou, até, de viajar, há mais de quatro anos que as minhas participações nas minhas empresas estão bloqueadas; há mais de quatro anos que não me posso verdadeiramente defender, pois tudo é secreto”, insistiu.
Para a defesa de Isabel dos Santos, os países que respeitam os mais básicos Direitos Humanos não sujeitam as pessoas a segredos de justiça, negando assim, há vários anos, o direito da pessoa conhecer as suspeitas que recaem sobre si, de se defender e apresentar provas ou esclarecimentos para descoberta da verdade.
“Ao contrário do que afirma a PGR de Angola, o meu caso trata-se claramente de um processo político e a realidade dos factos assim o demonstra. Caso não se tratasse de um processo político, todos os outros membros do Conselho de Administração da Sonangol, que comigo trabalharam e decidiram contratar e pagar consultores, seriam acusados e teriam ordens de detenção, bem como as empresas consultoras como a BCG, McKinsey, PWC, Vieira de Almeida — Sociedade de Advogados, entre outros, que estiveram a trabalhar na Sonangol em 2016 e 2017 com mais de 130 consultores na sua sede, em Luanda. Também estes teriam ordens de detenção e as contas bancárias e empresas bloqueadas”, argumenta Isabel dos Santos no comunicado.
Antes considerada a mulher mais rica de África, Isabel dos Santos, idolatrada pelas mais insignes figuras políticas de, por exemplo, Portugal, que vive fora de Angola há vários anos, é acusada de 12 crimes num processo que envolve a sua gestão à frente da petrolífera estatal Sonangol entre 2016 e 2017.
O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou em 2020 mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de Luanda Leaks, que pormenorizam alegados esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, entretanto falecido, que lhes terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano através de paraísos fiscais.
Independentemente das teses da PGR do MPLA e de Isabel dos Santos, parece cada vez ais claro que todo o processo, para além de mostrar que os seus pés de barro estão a desmoronar-se, é um acerto de contas mal feito e politicamente letal para as partes envolvidas. E se parece…
“Arrestar não só os bens pessoais, como o produto de contas bancárias, mas os activos que constituem o império económico e financeiro de Isabel dos Santos em Portugal, como a NOS, o EuroBic ou a Efacec, é fundamental para começar a desmontar este império sujo que Isabel dos Santos criou com enorme cumplicidade das autoridades políticas e regulatórias portuguesas”, afirmou na altura João Paulo Batalha, presidente da direcção da Associação Cívica Integridade e Transparência, no dia 15 de Abril de 2020 à DW, comentando a decisão da justiça portuguesa, tomada em Março, de congelar as participações da filha do ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, em empresas como a NOS e Efacec.
Para João Paulo Batalha, este era um passo importante para evitar que Isabel dos Santos fuja com o referido património e se ponha a salvo da justiça, quer portuguesa quer angolana. Em Janeiro deste ano, as autoridades angolanas solicitaram a colaboração da justiça portuguesa para o arresto das participações que Isabel dos Santos detém nas sociedades NOS, Efacec e no Eurobic, como via para obter garantia de retorno patrimonial de 1,2 mil milhões de dólares (cerca de 1,15 milhões de euros).
Certo é que este é um imbróglio que não consegue separar o que é da justiça e o que é da (baixa) política: De certa forma, até a justiça portuguesa está a ser instrumentalizada pela PGR de Angola.
Em Abril de 2020, a Winterfell, empresa de Isabel dos Santos que controlava a Efacec, acusou a justiça angolana de provocar “danos injustificáveis” às empresas portuguesas e estar a usar indevidamente a justiça em Portugal para “fins não legais e desproporcionais”.
Em comunicado citado pela agência Lusa, a empresa salientou na altura que a justiça angolana, além de ter arrestado bens num valor superior ao suposto crédito reclamado a Isabel dos Santos (1,1 mil milhões de euros), dá um tratamento diferente a empresas portuguesas e angolanas, solicitando medidas judiciais em Portugal que não foram aplicadas em Angola.
Como exemplo, a Winterfell lembrava que, em Angola, “o procurador não solicitou o bloqueio das contas das empresas, nem impediu que fossem pagos salários, rendas, impostos, água e luz”, enquanto em Portugal “pediu o bloqueio das contas, impedindo-as de operar e forçando a sua insolvência, levando ao despedimento de uma centena de trabalhadores”, situação agravada à época pela crise decorrente da pandemia de Covid-19.
A PGR angolana dá passos maiores do que a perna e não sabe como é que há-de descalçar a bota e nem repara que está descalça… E, portanto, está de alguma forma a tentar que a justiça portuguesa faça o trabalho que ela não consegue fazer.
O próprio processo movido contra Isabel dos Santos é um processo juridicamente mal feito e que politicamente tenta mostrar uma realidade que, de facto, não corresponde aos factos. Quer o Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, quer a justiça portuguesa, em geral, não têm (ou não quer ter) a noção de que este é um caso político, um acerto de contas mal feito por parte da PGR angolana.
João Paulo Batalha nas declarações à DW mostrou-se esperançado que seja possível devolver ao povo angolano grande parte dos activos desviados, mas considera também fundamental investigar a origem da fortuna de Isabel dos Santos e os crimes de corrupção, de favorecimento e de branqueamento de capitais que eventualmente lhe são imputados, respectivamente em Angola e Portugal. O presidente da Integridade e Transparência considerou que a justiça portuguesa continuava a agir de forma tímida e pedia mais investigação sobre as cumplicidades políticas e económicas que permitiram à filha primogénita de José Eduardo dos Santos ser tão bem recebida em Portugal e acumular o seu vasto património.
Em causa, afirmou, estavam “as responsabilidades não só de Isabel dos Santos, mas de toda esta rede que a ajudou a montar todo este império e que continua provavelmente activa no apoio a outras altas figuras do Estado angolano”, também elas com fortunas de origem suspeita ou desconhecida e que continuam a fazer negócios e a trazer para Portugal muita riqueza acumulada de forma suspeita.
Recorde-se que, na mesma altura, a plataforma Projecto de Investigação ao Crime Organizado e Corrupção (OCCRP, sigla em inglês), revelou que mais de uma dezena de entidades de influência da elite angolana e seus familiares usaram o sistema bancário para desviar centenas de milhões de dólares para fora do país, incluindo companhias alegadamente associadas a Isabel dos Santos.
Folha 8 com Lusa
NIGÉRIA “REGRESSA” A ANGOLA
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
O grupo Heirs Holdings, que actua na área de investimentos com sede em Lagos, Nigéria, pretende estabelecer uma presença sólida em Angola a partir de 2025, para apoiar e acompanhar empresas angolanas e jovens empresários, e contribuir para a transformação económica do país.
Aintenção foi expressa pelo CEO da empresa, Tony Elumelu, que falou à imprensa após uma audiência com o Presidente da República, general João Lourenço (foto), no Palácio Presidencial, em Luanda.
Entre as iniciativas que a empresa tenciona implementar em Angola, Tony Elumelu destacou a criação de programas de financiamento para pequenos empresários, com valores a partir de cinco mil dólares, a fim de criar empregos e o fortalecer a economia.
“Haverá várias formas de apoiar os nossos jovens empresários, tanto através da minha fundação como também do banco. Para os pequenos empresários, haverá verbas a partir de cinco mil dólares, para que possam lançar os seus negócios”, disse.
O CEO disse estar satisfeito por estar em Angola, pela segunda vez e lembra que começou a ter contacto com o país em 2010, através da sua fundação, a Tony Elumelu Foundation, que apoiou jovens empresários angolanos com 10 mil dólares para iniciarem os seus negócios.
Após o encontro com o Presidente João Lourenço, Tony Elumelu disse que vai reunir com jovens empresários angolanos para explorar novas oportunidades de colaboração e identificar áreas específicas de apoio.
Em 2020, Tony Elumelu, na qualidade de presidente do Banco Unido da África (UBA) e uma das pessoas mais ricas da Nigéria, disse à AFP que era necessário um “Plano Marshall” para ajudar África a enfrentar a tempestade. “Há uma necessidade urgente de governos africanos e parceiros internacionais intensificarem um pacote de estímulo económico de emergência para o continente”, disse o magnata, que ofereceu cerca de 12 milhões da sua fortuna para enfrentar a crise (Covid).
Mas as autoridades reclamam que não é fácil fazer com que grandes empresas em África e credores internacionais ajudem rapidamente. “Por enquanto, ninguém realmente participou”, disse uma autoridade da União Africana à AFP sob condição de anonimato. “Os mais inclinados a dar rapidamente são os chineses. É por isso que recebemos a ajuda rapidamente de Jack Ma.”
Queremos que os bilionários africanos sigam esse exemplo, mas infelizmente com muita frequência, é apenas um caso de aparências”, afirmou a fonte. O funcionário apontou as promessas de apoio durante a epidemia de ébola que devastou a África Ocidental de 2014 a 2016. “Além de Dangote e Motsepe, muito poucas pessoas realmente liberaram o dinheiro”, disse.
O império de Aliko Dangote, o homem mais rico de África, está espalhado por todo o continente, com os seus tentáculos de negócios e fábricas. Youssoufou, da fundação Dangote, insiste que quer “comprometer-se com o continente”, mas disse que a prioridade é ajudar a Nigéria.
Agora, à medida que os números aumentam, empresas e governos da região estão intensificando seus próprios esforços para mobilizar fundos.
Aliko Dangote nasceu em Cano uma grande cidade nigeriana que desde 1809 é habitada pelos fulas, uma antiga etnia de nómades da África ocidental da qual Aliko Dangote faz parte, desde 1977 actua no secctor industrial, inicialmente como um pequeno comerciante de cimento e açúcar e produtos alimentícios, hoje o Dangote Group possui mais de 11 000 funcionários e a sua sede fica em Lagos, a maior cidade da Nigéria.
Dangote formou-se na Universidade Al-Azhar, no Cairo, e possui uma enorme passagem na política interna de seu país, já apoiou diversos candidatos políticos que venceram em eleições locais.
Em 14 de Novembro de 2011 foi distinguido com a mais alta condecoração da Nigéria, tornando-se membro da Ordem da República Federal (MF ) pelo presidente Goodluck Jonathan, com quem possui relações políticas e económicas, já que o próprio Aliko Dangote assumiu ter relações com a política interna e externa de seu país.
Aliko Dangote, é dono do Dangote Group, um grande conglomerado da Nigéria, que actua em múltiplos sectores industriais como a Indústria de cimento e alimentos, o grupo possui como principais produtos de venda açúcar, refrigerantes, arroz, batatas, farinha e cimento, e também o sector de investimentos e seguros bancários. Trabalha principalmente na Nigéria, Gana, Benin, Togo e África do Sul. Dangote é a pessoa mais rica da Nigéria e do continente africano, com uma fortuna estimada em 11,2 bilhões de dólares segundo a revista Forbes de 2011, ano em que ficou à frente do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg.
Aliko Dangote controla grande parte do comércio e de “commodities” da Nigéria através das suas conexões empresariais e políticos. O grupo Dangote foi fundado originalmente como uma pequena empresa de açúcar em 1977, e hoje rende milhões de dólares em lucro líquido. O grupo deixou de ser uma pequena empresa de comércio para ser o maior grupo industrial da Nigéria.
Em 23 de Maio de 2010 o jornal britânico Daily Mirror anunciou que Aliko Dangote estaria interessado em comprar 16% das acções do Arsenal Football Club da primeira liga inglesa.
fonte: folha8
Níger – França: uma nova batalha em perspectiva?
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A ruptura nas relações entre a França e o Níger, que começou em Julho de 2023 com a saída das forças militares francesas do território nigerino, está a sofrer uma nova reviravolta. Desta vez, é no plano económico que se desenrola o confronto, estando em jogo o urânio, recurso estratégico do qual o Níger é um dos principais produtores mundiais. Após décadas de presença francesa no sector mineiro do Níger, as autoridades de Niamey comprometeram-se a redefinir as regras do jogo, nomeadamente retirando certas licenças de exploração à Orano, antiga Areva, e manifestando o seu desejo de diversificar as suas parcerias com a Rússia e o Irão .
Uma profunda reestruturação do sector mineiro
O Níger está a preparar activamente uma revolução no seu sector mineiro. A criação da Companhia Nacional de Urânio Timersoi (TNUC) marca o primeiro passo nesta transformação. Esta nova entidade estatal simboliza o desejo das autoridades nigerinas de recuperar o controlo dos seus recursos naturais. Esta estratégia manifesta-se também no empenho da Société du patrimoine des mines du Niger (Sopamina) que acaba de anunciar a aquisição de 210 toneladas de urânio, uma decisão que reflecte a determinação de Niamey em manter a actividade mineira sob o seu controlo directo. Esta reorganização ocorre num momento em que o país afirma querer diversificar as suas parcerias, particularmente com a Rússia e o Irão.
As consequências de uma separação anunciada
Perante estas convulsões, Orano, herdeiro de uma presença francesa que remonta a 1971, encontra-se numa posição delicada. O grupo, que manteve apenas um sítio ativo após o encerramento da Akokan Mines Company em 2021, acaba de anunciar a suspensão da sua produção. Esta decisão, em vigor desde 31 de outubro, surge num contexto tenso marcado pela retirada da licença de exploração da jazida de Imouraren em junho. No centro desta crise, permanecem bloqueadas 1.050 toneladas de concentrado de urânio, num valor estimado de 300 milhões de euros. Se Orano propõe a sua exportação para França ou Namíbia, as autoridades nigerinas contestam esta opção, denunciando uma decisão unilateral que prejudica a governação da Société des mines de l'Aïr (Somaïr), da qual Orano detém 63,4% das ações.
fontw: https://lanouvelletribune.info/2024/
[AO VIVO] Acompanhe a grande reunião de Ousmane Sonko em Kolda (eleições legislativas de 2024).
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Cabeça de lista de Pastef, Ousmane Sonko reuniu-se em Ziguinchor, no âmbito da campanha eleitoral para as eleições legislativas antecipadas. A oportunidade para o Primeiro-Ministro anunciar que a lei de amnistia, votada e aprovada pela Assembleia Nacional há alguns meses, será atacada e revogada assim que o seu partido obtiver maioria na Câmara.
“Numa sociedade, as pessoas não podem esconder-se atrás do Estado, usar os seus meios para conspirar contra os outros, matar manifestantes desarmados e depois tratá-lo como se nada tivesse acontecido (…) Estas pessoas” Aí (o antigo regime) pensam que o a lei de amnistia é para eles, mas não precisamos dela", declarou Ousmane Sonko. O Primeiro-Ministro prometeu: “No dia 17 de Novembro, depois de obter uma esmagadora maioria na Assembleia Nacional, a revogação da lei de amnistia será uma das primeiras decisões”.
Ousmane Sonko também falou do que alguns chamaram de “Protocolo do Cabo Manuel”. “Quando me enviaram emissários ao Cabo Manuel para propor uma lei de amnistia, respondi que não estávamos interessados. O que nos interessa é a libertação dos jovens encarcerados, mas uma lei de amnistia que proteja os assassinos, não a aceitamos. finalmente concordou, após insistência, apenas se permitisse a libertação de jovens, e não para encobrir crimes de sangue", acrescentou em comentários relatados pela RTS.
seneweb.com
Senegal: Finança - Samm Sa Kaddu critica Bassirou Diomaye Faye por perpetuar “dependência tóxica” da dívida.
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Num comunicado de imprensa recebido pela Seneweb, a comissão de comunicações da coligação "Samm sa Kaddu" discutiu as finanças públicas do Senegal. Segundo o partido envolvido nas Legislativas, cujo cabeça de lista é Barthélémy Dias, o governo de Bassirou Diomaye Faye endividou-se na ordem dos 1.100 mil milhões de euros em 7 meses de reinado. Pior, acrescenta a coligação, o Senegal terá de reembolsar 8,125 mil milhões de FCFA entre 2025 e 2027. Aqui está o comunicado de imprensa completo.
“Desde Junho de 2024, as emissões de obrigações sucederam-se, como tantos golpes de martelo sobre a fragilidade económica do país. A manobra mais retumbante foi a Eurobond de 450 mil milhões de FCFA, emitida com uma casualidade alarmante, cujas consequências foram significativamente menos brilhantes. do que as edições anteriores Em 2021, no meio de uma crise de saúde, o Senegal conseguiu angariar 508 mil milhões de FCFA durante um período de 16 anos, com. uma taxa de 5,3%.
Hoje, nem sequer é certo que as receitas arrecadadas possam compensar o colapso do nosso tesouro nacional. A última estimativa do montante da dívida durante a era Diomaye é de mais de 1100 mil milhões em 7 meses.
As organizações da sociedade civil, longe de estarem tranquilizadas, levantaram mesmo a possibilidade de comissões ocultas, levantando questões embaraçosas.
Este sobre-endividamento excessivo conduziu a um serviço da dívida insustentável. A acumulação do serviço da dívida, dos custos com pessoal e dos subsídios consome uma grande parte das receitas ordinárias do Estado do Senegal.
No seu comunicado de imprensa n.º 24/329 de 12 de setembro de 2024, o Fundo Monetário Internacional (FMI) fez as seguintes conclusões:
- Abrandamento da actividade económica durante o primeiro semestre com perspectivas semelhantes até ao final de 2024. Esta situação é provocada pela queda das receitas fiscais e aduaneiras e pelo aumento da despesa (subsídios e dívida de serviços fiscais).
- Crescimento mais lento do que o esperado devido a dificuldades nos setores de mineração e construção
- Um défice orçamental projetado em 7,5%, muito acima dos 3,9% previstos no orçamento inicial
- Dívida superior ao critério de convergência da UEMOA fixado em 70% do PIB
Este quadro sombrio da economia senegalesa estabelecido pelo FMI conduzirá necessariamente a uma deterioração das condições de vida das populações devido à eliminação dos subsídios à electricidade, aos hidrocarbonetos e aos bens de primeira necessidade.
Entretanto, o Senegal deve agora esperar reembolsar 8,125 mil milhões de FCFA entre 2025 e 2027, uma montanha que esmaga o nosso horizonte económico e torna amargas as promessas de um “renascimento” que nos foram vendidos. Então, de que valem estes compromissos se não tivermos a coragem de romper com esta dependência tóxica da dívida, em favor de uma autonomia que teria restaurado a esperança de todo um povo?
A comissão de comunicação da coalizão SAAM SA KADDU"
fonte: seneweb.com
Senegal: Política - Macky Sall e WhatsApp: Um perigoso desafio político?
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Aguente firme, o Senegal entrou claramente na era digital! À medida que as eleições legislativas se aproximam, o ex-presidente Macky Sall decidiu usar o WhatsApp para reanimar as suas tropas. Sim, claro, WhatsApp! Esta não é uma estratégia política, é uma tentativa de salvar o Titanic com uma bóia de espuma!
Sall Ngary, sentado num sofá, com o smartphone na mão, fala como se estivesse a lançar um desafio TikTok. “Amigos, hoje vamos falar das eleições legislativas! » Parece que ele vai revelar uma receita de Maffé, mas não, é um apelo à união... que soa tão convincente quanto um vendedor de flip phone em 2023.
E depois há esta comparação com Karim Wade. Ah, Wade-filho! O homem que conseguiu transformar o Pds numa espécie de relíquia política. Durante anos ele tentou adotar essa abordagem, sem sucesso. Macky, por sua vez, pode estar dizendo para si mesmo: “Se Karim falhou com as mensagens de voz, por que não eu com uma selfie? » Mas atenção, uma selfie que pode acabar virando meme nas redes, porque nesta fase a credibilidade é tão rara quanto um peixinho dourado no deserto!
Mas ele ainda tem chances de ser ouvido. Porque não existe neste governo um certo Moussa Bocar Thiam, este campeão do bloqueio da Internet. Se algum dia decidirmos cortar a rede, os ativistas de Takku Wallu deveriam se acostumar a fazer sinais de fumaça para se comunicarem. Imagine-os agitando bandeiras com a foto de Macky: “Olha, é ele, o homem que fala conosco das sombras! »
Então, o que estamos esperando? As eleições aproximam-se e estamos todos aqui, com os nossos smartphones na mão, à espera do próximo maestro deste caótico concerto. Esperemos apenas que Macky não acabe lançando um desafio viral… “O desafio da unidade: quem consegue fazer a melhor montagem de vídeo da última campanha? »
Vamos, vamos rir juntos! Porque com tal cenário, a política senegalesa poderá muito bem tornar-se a melhor sitcom do ano!
fonte: seneweb.com
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