NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Imagem de arquivo mostra o campo de gás ocupado; testemunha diz que radicais conheciam bem o local
Foto: AFP
Militantes islâmicos que sequestraram centenas de funcionários de uma usina de gás no Saara disseram a empregados argelinos do local que eles não farão mal aos muçulmanos, mas pretendem matar os ocidentais que chamaram de "cristãos e infiéis", disse um homem que fugiu de lá nesta quinta-feira.
Num raro testemunho em primeira mão da ação ocorrida na madrugada de quarta-feira, um empregado da remota usina disse à Reuters que os militantes pareciam conhecer bem a planta do local e usavam termos do islamismo radical.
"Os terroristas nos disseram bem no começo que não iriam machucar os muçulmanos, e que só estavam interessados nos cristãos e infiéis", disse Abdelkader, 53 anos, por telefone da sua casa, na cidade de Amenas, próxima da usina. "'Vamos matá-los', eles diziam."
Sua voz estava trêmula. "Sou um homem de sorte", disse ele, em meio ao alarido de crianças que brincavam e de uma TV que dava as últimas notícias. O homem, que pediu para não ter o sobrenome divulgado, contou como conseguiu fugir do cativeiro, junto com muitos dos centenas de argelinos inicialmente capturados.
"Ainda estou sufocado e estressado", disse ele, acrescentando temer que muitos dos seus colegas estrangeiros tenham sido mortos. "Os terroristas pareciam conhecer a base muito bem", disse ele. "Deslocavam-se mostrando que sabiam aonde estavam indo."
Os sequestradores, que têm se pronunciado por meio de contatos com a imprensa da vizinha Mauritânia, disseram agir em retaliação à ofensiva francesa iniciada na semana passada contra militantes islâmicos no Mali. Eles exigiram que Paris suspenda a operação e que a Argélia retire sua cooperação com os militares franceses.
Especialistas em segurança, porém, disseram que a ação parece ter sido planejada com bastante antecedência, embora a decisão de iniciá-la possa ter sido influenciada pelos fatos no Mali.
Uma operação militar argelina para encerrar o cerco parecia prosseguir nesta quinta-feira à noite. Fontes argelinas disseram que 25 reféns estrangeiros já conseguiram fugir, e que seis foram mortos. Na quarta-feira, os militantes disseram ter 41 reféns ocidentais, incluindo norte-americanos, japoneses e europeus de várias nacionalidades.
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Ministro: 2 franceses sobreviveram ao ataque do Exército argelino
Pelo menos dois cidadãos franceses sobreviveram à operação do Exército da Argélia na planta de exploração de gás tomada por terroristas islâmicos no sul do país africano, informou nesta sexta-feira o ministro do Interior da França, Manuel Valls.
"Temos notícias de que dois retornaram. Com relação aos outros dois, se havia outros dois, neste momento não temos informações. Esperamos tê-las durante a manhã", apontou Valls em entrevista concedida à emissora RTL. O ministro do Interior acrescentou que havia "muito poucos franceses nessa base" situada a cerca de 1,6 mil quilômetros da capital, Argel.
O presidente da França, François Hollande, assinalou ontem que a libertação dos argelinos e estrangeiros sequestrados se desenvolveu "em condições dramáticas".
Hollande destacou também que o assalto de um grupo próximo à Al Qaeda do Magreb Islâmico (AQMI) à planta de gás "justifica mais a decisão de auxiliar o Mali".
Argélia: petrolífera anuncia resgate de funcionário na madrugada
A petrolífera norueguesa Statoil anunciou o resgate de um de seus empregados durante a madrugada desta sexta-feira na planta de gás argelina de Amenas, e agora nove dos 17 trabalhadores da empresa estão a salvo, após o ataque de um grupo de fundamentalistas islâmicos.
"A situação dos oito empregados restantes é incerta", assinalou a Statoil em comunicado, no qual destaca que o trabalhador resgatado durante a noite "está recebendo tratamento médico no hospital de Amenas". Na nota, a empresa informa que "outros três colegas argelinos que foram postos a salvo na noite passada foram transferidos de Amenas à capital, Argel".
O comunicado aponta ainda que um primeiro avião procedente da Argélia aterrissou ontem à noite em Londres com 22 empregados da Statoil. Outras duas aeronaves com 18 funcionários da companhia pousaram também à noite no aeroporto espanhol de Palma de Mallorca. Um quarto avião voará hoje à Argélia para repatriar mais empregados da Statoil e de outras companhias que se encontram no país norte-africano.
O primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, admitiu ontem à noite que a situação na planta de exploração de gás tomada por um grupo terrorista é "muito confusa" após o ataque das forças governamentais e disse desconhecer se os nove noruegueses que estavam ali seguem vivos.
"Não temos nenhuma informação confirmada sobre o que ocorreu com os noruegueses", disse em entrevista coletiva, antes de ressaltar que há "muitas e contraditórias informações".
A planta de exploração de gás de Amenas, situada perto da fronteira com a Líbia, é operada pela britânica British Petroleum (BP), a argelina Sonatrach e a norueguesa Statoil.
A agência oficial argelina APS informou que o Exército da Argélia libertou ontem cerca de 600 trabalhadores argelinos sequestrados e várias dezenas de cidadãos estrangeiros, mas não deu detalhes sobre as circunstâncias.
fonte: terra.com.br
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Samuel