Presidente José Eduardo dos Santos recebeu de Nafie Ali Nafie informações sobre o encontro entre Omar Al-Bashir e Salva Kiir
Fotografia: Francisco Bernardo
O Chefe de Estado angolano recebeu ontem em audiência, no Palácio Presidencial da Cidade Alta, Nafie Ali Nafie, assistente do Presidente Omar al-Bashir, que foi portador de uma mensagem do Presidente do Sudão para o seu homólogo angolano.
No fim da audiência, Nafie Ali Nafie disse aos jornalistas que aproveitou o encontro para informar o Presidente angolano sobre os mais recentes desenvolvimentos no processo negocial com a República do Sudão do Sul, e que recebeu garantias de apoio para o esforço comum do entendimento entre os dois países.
“O Presidente de Angola foi bastante claro e peremptório ao dizer que vai apoiar com o que for necessário para ajudar os dois países a ultrapassarem os problemas e que também é de opinião que as questões africanas devem ser resolvidas por africanos, em vez de caírem em mãos alheias”, afirmou.
Nafie Ali Nafie informou o Presidente José Eduardo dos Santos sobre o encontro entre Omar al-Bashir e Salva Kiir, em Setembro passado, em Adis Abeba, sob a supervisão da União Africana. O encontro, o primeiro desde a criação do Estado do Sudão do Sul, produziu um acordo com nove protocolos que, no conjunto, “vão resolver definitivamente os problemas que dividem os dois países”.
Após o encontro de Adis Abeba, Omar al-Bashir e Salva Kiir criaram equipas para dar sequência às negociações para a aplicação do acordo. “As equipas negociais reuniram-se este mês e foram registados bons progressos”, disse Nafie que, apesar do optimismo, lamentou a existência de “alguns pontos de menor incidência que ainda não foram resolvidos”. “As equipas negociais tinham acordado a criação de uma área desmilitarizada mas, infelizmente, os nossos irmãos do Sudão do Sul queriam restringir esta cláusula para uma certa área e isso fez com que não fôssemos capazes de aplicar o acordo relativamente a este ponto”, explicou o emissário do Presidente sudanês, que aguarda uma solução rápida no próximo encontro entre os dois presidentes.
Nafie Ali Nafie também se referiu ao diferendo em relação à região de Abyei. Situada na fronteira entre o norte e o sul do Sudão, historicamente é um dos principais pontos de tensão do país desde o acordo de paz de 2005, que pôs fim à guerra civil entre o norte, de maioria muçulmana, e o sul, onde a maioria das pessoas é cristã. O conflito matou cerca de dois milhões de pessoas. “Ainda há alguns percalços relativamente à aplicação do acordo neste ponto”, realçou, referindo a falta de acordo da parte do Sudão do Sul para a criação de uma administração interina, um corpo legislativo interino, assim como um corpo policial, como foi proposto.
No fim da audiência, Nafie Ali Nafie disse aos jornalistas que aproveitou o encontro para informar o Presidente angolano sobre os mais recentes desenvolvimentos no processo negocial com a República do Sudão do Sul, e que recebeu garantias de apoio para o esforço comum do entendimento entre os dois países.
“O Presidente de Angola foi bastante claro e peremptório ao dizer que vai apoiar com o que for necessário para ajudar os dois países a ultrapassarem os problemas e que também é de opinião que as questões africanas devem ser resolvidas por africanos, em vez de caírem em mãos alheias”, afirmou.
Nafie Ali Nafie informou o Presidente José Eduardo dos Santos sobre o encontro entre Omar al-Bashir e Salva Kiir, em Setembro passado, em Adis Abeba, sob a supervisão da União Africana. O encontro, o primeiro desde a criação do Estado do Sudão do Sul, produziu um acordo com nove protocolos que, no conjunto, “vão resolver definitivamente os problemas que dividem os dois países”.
Após o encontro de Adis Abeba, Omar al-Bashir e Salva Kiir criaram equipas para dar sequência às negociações para a aplicação do acordo. “As equipas negociais reuniram-se este mês e foram registados bons progressos”, disse Nafie que, apesar do optimismo, lamentou a existência de “alguns pontos de menor incidência que ainda não foram resolvidos”. “As equipas negociais tinham acordado a criação de uma área desmilitarizada mas, infelizmente, os nossos irmãos do Sudão do Sul queriam restringir esta cláusula para uma certa área e isso fez com que não fôssemos capazes de aplicar o acordo relativamente a este ponto”, explicou o emissário do Presidente sudanês, que aguarda uma solução rápida no próximo encontro entre os dois presidentes.
Nafie Ali Nafie também se referiu ao diferendo em relação à região de Abyei. Situada na fronteira entre o norte e o sul do Sudão, historicamente é um dos principais pontos de tensão do país desde o acordo de paz de 2005, que pôs fim à guerra civil entre o norte, de maioria muçulmana, e o sul, onde a maioria das pessoas é cristã. O conflito matou cerca de dois milhões de pessoas. “Ainda há alguns percalços relativamente à aplicação do acordo neste ponto”, realçou, referindo a falta de acordo da parte do Sudão do Sul para a criação de uma administração interina, um corpo legislativo interino, assim como um corpo policial, como foi proposto.
Interesses extra-africanos
Ao defender um maior envolvimento das lideranças africanas na resolução do problema sudanês, considerou que, apesar da evolução nas negociações, o processo precisa do “apoio e beneplácito” dos líderes do continente africano.
Nafie Ali Nafie denunciou a existência de interesses “extra-africanos”, que impedem a evolução do processo das negociações de entendimento com o vizinho do Sul. “Notamos que, além dos progressos alcançados, há mais interesses fora de África que fazem com que o processo não avance, portanto, precisamos de procurar esse consenso a nível africano para que possamos ultrapassar os problemas ao nosso nível”, defendeu.
Nesse sentido, transmitiu ao Presidente angolano o desejo de uma aproximação a nível dos partidos governantes em Angola e no Sudão. “Informámos que o nosso partido no poder pretende reunir-se com o partido no poder em Angola, para reforço dos nossos laços de cooperação”, frisou.
Ao defender um maior envolvimento das lideranças africanas na resolução do problema sudanês, considerou que, apesar da evolução nas negociações, o processo precisa do “apoio e beneplácito” dos líderes do continente africano.
Nafie Ali Nafie denunciou a existência de interesses “extra-africanos”, que impedem a evolução do processo das negociações de entendimento com o vizinho do Sul. “Notamos que, além dos progressos alcançados, há mais interesses fora de África que fazem com que o processo não avance, portanto, precisamos de procurar esse consenso a nível africano para que possamos ultrapassar os problemas ao nosso nível”, defendeu.
Nesse sentido, transmitiu ao Presidente angolano o desejo de uma aproximação a nível dos partidos governantes em Angola e no Sudão. “Informámos que o nosso partido no poder pretende reunir-se com o partido no poder em Angola, para reforço dos nossos laços de cooperação”, frisou.
fonte: jornaldeangola
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Samuel