Nas eleições dos últimos anos, líder cubano tinha votado em casa. Oposição boicota escrutínio. Dissidentes apelam à abstenção ou voto branco. Raul Castro deve ser reeleito.
"O povo é um povo verdadeiramente revolucionário", disse Fidel REUTERS
Fidel Castro apareceu em público no domingo à tarde, o que não acontecia desde Outubro do ano passado. O histórico líder cubano deslocou-se à Praça da Revolução, em Havana, para votar nas eleições legislativas, ao contrário do que aconteceu nos anteriores escrutínios ocorridos desde que, em 2006, deixou o poder.
A última vez que Fidel, 86 anos, tinha sido visto em público foi, segundo a AFP, no passado dia 21 de Outubro, com o então ministro venezuelano Elias Jaua. Em anteriores eleições votou em sua casa, segundo informações da imprensa cubana. Vestido com uma camisa xadrez azul e casaco azul escuro, falou com outras pessoas, junto à assembleia de voto.
As imagens da televisão estatal foram acompanhadas da informação do locutor de que falou sobre os esforços para reformar a economia da integração latino-americana, do Presidente venezuelano Hugo Chávez e de outros assuntos.
Foi ouvido, em voz fraca, a manifestar agrado pela participação nas eleições. “Estou certo que o povo é um povo verdadeiramente revolucionário, que fez grandes sacrifícios. Não tenho que provar nada, a História o fará. Cinquenta anos de embargo não serviram para nada ”, disse, em palavras captadas pela televisão cubana e pela venezuelana Telesur.
As eleições para a escolha de 612 membros da Assembleia Nacional e para as assembleias provinciais, em que a oposição não participa, devem conduzir à reeleição, no final de Fevereiro, de Raul Castro, a quem Fidel passou o poder, para um segundo mandato como Presidente. Os deputados elegerão o Conselho de Estado, que indicará depois o líder. Os dissidentes apelaram à abstenção ou ao voto em branco
As novas regras adoptadas pelo regime prevêem, pela primeira vez em meio século, a limitação a dois mandatos de cinco anos, incluindo no desempenho dos mais altos cargos do país. Raul deverá assim deixar a presidência em 2018.
fonte: publico.pt
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Samuel