O ministro de Estado e porta-voz do Governo de transição na Guiné-Bissau, Fernando Vaz, é o escolhido pelo grupo de 23 partidos agrupados no Fórum Guiné-Bissau para candidato a primeiro-ministro nas eleições gerais de 16 de março.
Foi o próprio Fernando
Vaz quem o revelou hoje aos jornalistas, na sequência de uma reunião do Fórum Guiné-Bissau, realizada no domingo em Bissau, na qual
ficou também decidido que Afonso Té será o candidato do grupo para a
Presidência da República.
Líder da União Patriótica Guineense (UPG), Fernando Vaz disse
que a meta do Fórum é atingir o poder e trabalhar para mudar a imagem interna e externa da Guiné-Bissau.
“A nossa grande aposta é tirar a Guiné-Bissau do buraco em que
se encontra, melhorar a imagem interior e
exterior do país, dos políticos e fazermos aquilo que é o normal em toda parte
do mundo, isto é: levar a cabo políticas que conduzam a um crescimento
económico e bem-estar de todos”, afirmou Fernando Vaz.
O candidato
disse acreditar que não será difícil “mudar a Guiné-Bissau” estando o Fórum
Guiné-Bissau no poder a partir das eleições gerais de 16 de março.
“Queremos
promover uma forma diferente de governar o país, o que não é difícil, pois
passados 40 anos desde a independência estamos a marcar o passo no mesmo
sítio”, observou Vaz.
Candidato à presidência do país, Afonso Té, líder do Partido Republicano da Independência e
Desenvolvimento (PRID), afirmou que o Fórum Guiné-Bissau pretende assumir o
poder por via democrática e desta forma desencorajar golpes de Estado no país.
“Para nós, do
Fórum, queremos que este seja o ultimo golpe de Estado” na Guiné-Bissau, disse
Afonso Té, referindo-se ao levantamento militar de abril de 2012 do qual
resultou o atual Governo de transição, em que é conselheiro do
primeiro-ministro para a área da Defesa e Segurança.
O grosso de
partidos agrupados no Fórum Guiné-Bissau é constituído por apoiantes desde a
primeira hora do golpe de Estado militar de 12 de abril de 2012, que destituiu
os órgãos eleitos.
“Sabemos que o ambiente não é propício, mas vamos trabalhar para
acabar com a bipolarização do poder na Guiné-Bissau, que tem sido muito nociva para a democracia e para o próprio
país”, observou Té, aludindo ao PAIGC (Partido Africano da Independência da
Guiné e Cabo Verde) e ao PRS (Partido da
Renovação Social).
Juntas, as
duas forças políticas representam cerca de 95 por cento de assentos na
Assembleia Nacional Popular (ANP, parlamento guineense).
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jornalcores9.net
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Samuel