O PRESIDENTE da República,
Armando Guebuza, disse ontem, em Maputo, que os homens, mulheres e instituições
homenageados são dignos não porque passam a ostentar as honrosas insígnias que
lhes foram conferidas, mas porque eles já as transportavam consigo e eram
reconhecidos como seus portadores por outros cidadãos.
O Chefe de Estado falava
nas cerimónias centrais de homenagem aos Heróis Moçambicanos, que ontem tiveram
lugar no país, por ocasião do seu dia e que serviu para galardoar os
combatentes da luta de libertação nacional, personalidades e instituições que
se notabilizaram em diversas frentes de actividades.
Segundo o Presidente, na
cerimónia de ontem foram galardoados homens e mulheres com dignidade, dignos.
“Neste sentido é legítimo declararmos de viva voz que estes homens, mulheres e
instituições são dignos”, frisou.
Para Armando Guebuza, cada
um de nós é e pode ser moçambicano. Basta, para esse feito, satisfazer os
requisitos legais. Todavia, ser moçambicano de honra é um feito, é uma obra,
razão pela qual uma Nação como Moçambique e que se preza, tem de reconhecer
aqueles que elevam alto, pela sua criatividade e entrega, elevam consigo, lá
para os ares, a sua bandeira, o orgulho da sua gente de ser moçambicano.
“Por isso, ao conferirmos
estas insígnias fazemo-lo na certeza de estarmos a condimentar o processo de
promoção do ambiente que estimula a auto-estima, a unidade nacional, o
patriotismo a cultura de paz, o amor ao próximo, ao trabalho e à inovação,
alicerces vitais da harmonia social, do progresso e do bem-estar”, afirmou
Guebuza.
Por outro lado, o Chefe de
Estado referiu que os títulos que acompanham as condecorações não honram os
homens, mulheres e organismos contemplados. “Esses homens, essas mulheres e
essas instituições é que honram os títulos com que foram agraciados porque os
seus feitos representam a cristalização do ideal de comunidade que torna
legítima e perene a nossa existência como uma Pátria de Heróis”.
Guebuza disse ainda que os
contemplados são cidadãos e instituições que souberam enxergar para além das
suas convicções individuais e colectivas para manterem o seu compromisso com
Moçambique e com a realização dos seus ideais nobres.
Num discurso perante
centenas de pessoas, entre titulares dos órgãos de soberania, membros do
Governo, representantes da comunidade internacional, entre outras personalidades
e individualidades nacionais e estrangeiras, o Chefe de Estado revelou que
cerimónias de galardoação de personalidades e instituições vão acontecer em
todas as províncias do país, no âmbito da implementação da Lei sobre Títulos
Honoríficos e Condecorações, proposição legal que foi revista e aprovada
recentemente pela Assembleia da República.
Segundo Guebuza, uma das
maiores inovações desta lei prende-se com o facto de ela responsabilizar a
todos os cidadãos, pessoas colectivas e organismos públicos, pela apresentação
de propostas de cidadãos e organismos a condecorar, facto que, no seu dizer,
concorre indubitavelmente para o fortalecimento do exercício de cidadania,
diversificação de mecanismos de promoção da inclusão e para a consolidação da unidade
nacional e da consciência de comunhão de destino.
“Deixou de ser o Estado ou
o Governo a identificar quem deve ser galardoado. Por outras palavras, somos
todos convidados a estarmos atento ao empenho e desempenho dos cidadãos em
instituições de honra, que honram Moçambique com a sua honra, devendo, entre
outras formas, propor a sua galardoação à Comissão Nacional de Títulos
Honoríficos e Condecorações, organismo que dinamiza e coordena este movimento
nacional que vai crescer em catadupa e que serve de elo ligação entre o cidadão
e os órgãos de Estado a todos níveis”, disse.
A homenagem aos heróis
nacionais, pela passagem da sua data, o 3 de Fevereiro, e que coincidiu com o
45º aniversário do desaparecimento físico do primeiro Presidente da Frelimo e Arquitecto
da Unidade Nacional, Eduardo Chivambo Mondlane, foi marcada pela condecoração
de 116 personalidades e instituições que se destacaram em diversas áreas de
actividades.
Dos vários grupos de
condecorados, destaque vai para 26 combatentes da Luta de Libertação Nacional
galardoados com o título honorífico de Herói da República de Moçambique. Entre
eles constam os nomes de Eduardo Mondlane, Filipe Samuel Magaia, Francisco
Manyanga, Josina Machel, Bonifácio Gruveta e José Craverinha. Samora Machel já ostentava
este título.
Esta homenagem, que
decorreu na renovada Praça dos Heróis Moçambicanos, testemunhou as insígnias
conferidas a cidadãos e instituições que se destacaram nas áreas da cultura,
desporto, segurança pública, economia, trabalho, ciência e tecnologia, combate
à pobreza, academia, veterano da luta de libertação nacional, entre outros.
A cerimónia da passagem do
3 de Fevereiro foi também marcada por actividades culturais, que abrilhantaram
a entrega das insígnias e encerradas por uma demonstração acrobática da Força
Aérea.
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Samuel