O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Barack Obama, recebe, esta segunda-feira, 4, em Washington, os líderes africanos que se deslocaram ao seu país para participarem na Cimeira EUA/África, numa altura em que o continente africano é assolado por mais uma tragédia de grandes dimensões, o maior surto de ébola da história.
No entanto, segundo as autoridades norte-americanas, o grande objectivo do encontro consiste em fortalecer a cooperação económica entre os EUA e África, continente que, segundo o FMI, deverá registar um crescimento de 5,8% em 2014.
Por outro lado, e apesar do tema principal estar relacionado com as trocas comerciais e crescimento económico, Washington destacou, também, que serão analisados temas como a segurança, governação e direitos humanos.
Ainda que os EUA ocupem, actualmente, a terceira posição no que diz respeito às trocas comerciais com o continente africano, com a União Europeia em primeiro e a China em segundo, a Casa Branca insiste que esta iniciativa (a cimeira) não está, de modo nenhum, relacionada com a grande influência do gigante asiático em África, a qual tem registado um crescimento intenso ao longo da última década.
Neste sentido, na passada sexta-feira, 01/08, Obama fez algumas declarações envolvendo a China e a sua influência em África, durante uma entrevista ao “The Economist”. “O meu conselho para os líderes africanos consiste em avisá-los para terem cuidado, certificando-se que a China está, realmente, a construir estradas e pontes e a contratar trabalhadores africanos. Por outro lado, devem verificar se as referidas vias não servem apenas para ligar as minas ao porto de Shangai, mas sim paracontribuir para o desenvolvimento dos países e respectivos povos”, declarou o mandatário norte-americano.
A expansão do AGOA, um programa norte-americano que garante vantagens no processo de exportação de alguns produtos africanos, e o “Power Africa”, outro plano que visa aumentar o acesso à electricidade nos países da África Subsaariana, são assuntos que também serão discutidos durante a cimeira.
Quanto aos participantes, o presidente Obama parece ter tido algum tipo de cuidado ao decidir a quem iria enviar os convites. Apenas quatro nações africanas ficaram de fora, a República Centro-Africana, a Eritreia, o Sudão e o Zimbabué. No entanto, outros líderes conhecidos pelo seu autoritarismo e até desrespeito pelos direitos humanos, como é o caso do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, foram convidados por Obama.
Com efeito, a organização “Human Rights Watch” alertou o presidente dos EUA para dar mais atenção ao tema dos direitos humanos, referindo, precisamente, o convite enviado a Obiang e a péssima situação dos direitos humanos na Guiné Equatorial, que continua a viver uma ditadura.
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Samuel