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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Mias notícias sobre Ebola: OMS lança plano de US$ 100 milhões para conter ebola; Serra Leoa isola regiões.

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Em Monróvia, capital da Libéria, o especialista Alfred Sirleaf explica a epidemia de ebola e critica algumas ações do governo na contenção do vírus letal: por enquanto, a doença está vencendo
Foto: Jonathan Paye-Layleh/AP
Em Monróvia, capital da Libéria, o especialista Alfred Sirleaf explica a epidemia de ebola e critica algumas ações do governo na contenção do vírus letal: por enquanto, a doença está vencendo - Jonathan Paye-Layleh/AP

RIO - Líderes de países da África ocidental e autoridades internacionais anunciaram ontem medidas ainda mais drásticas para tentar conter o pior surto do letal vírus ebola já registrado até hoje. Restrição de viagens, cancelamento de aulas, inspeções de casa em casa, incluindo o uso de militares e policiais, foram algumas das ações aprovadas às pressas. Em Serra Leoa, o governo mandou tropas para isolar regiões em quarentena. Nos EUA, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) pediu que apenas viagens estritamente essenciais sejam mantidas para essa parte do planeta. E a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou um plano de US$ 100 milhões para tentar conter a epidemia.


Segundo a OMS, o número de mortos subiu de 672 para 729 em apenas quatro dias (entre 24 e 27 de julho) em Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria — o país mais populoso da África, onde, até agora, apenas um caso foi registrado. No mesmo período, 122 novos casos foram identificados, elevando o número total de pessoas infectadas para 1.323. Trata-se do maior surto desde que o vírus foi identificado há quase quatro décadas. Não há vacina nem tratamento específico para o ebola, um dos vírus mais letais já conhecidos, com uma taxa de mortalidade que pode chegar a 90%.

Autoridades de saúde dos EUA aconselharam os americanos a evitar viagens aos países afetados. O CDC lançou um alerta de “nível 3”, o maior da instituição, indicando “alto risco” para os visitantes. Esse tipo de alerta é incomum e, normalmente, reservado a situações consideradas muito graves. Foi usado, no passado, no surto da altamente contagiosa Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês) e no terremoto do Haiti.
Desesperado para conter a epidemia, o presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, declarou ontem estado de emergência e pediu o deslocamento de forças de segurança para as áreas em que pacientes estão sendo mantidos em quarentena. Antes dele, o governo da Libéria já havia anunciado o fechamento de escolas, uma licença compulsória de 30 dias para funcionários públicos considerados não essenciais e também o deslocamento de forças de segurança para áreas de quarentena. Em ambos os países, encontros públicos estão restritos, e estão previstas buscas por pessoas infectadas em casa. Até autoridades governamentais estão obrigadas a cancelar viagens ao exterior que não sejam consideradas essenciais.

“Trata-se de uma doença que não pode ser combatida por um país, por uma comunidade”, afirmou Koroma, em comunicado à nação publicado no site da presidência. “Suas implicações sociais, econômicas, psicológicas e de segurança demandam medidas de nível local, nacional e internacional. Desafios extraordinários requerem medidas extraordinárias. (...) Falhar não é uma opção.” As autoridades enfrentam também a falta de conhecimento sobre a doença, que já levou muitas populações a acusarem os médicos de a estarem disseminando. Costumes locais, como o de lavar os corpos antes do enterro, podem ajudar na disseminação do ebola.

— A epidemia é muito grande e muito dispersa — afirmou o coordenador interino de emergências em Serra Leoa, Hilde de Clerck, da ONG Médicos Sem Fronteiras. — Parece lógico que os países estejam reagindo dessa forma. É preciso fazer algo. Cada vez mais casos vêm sendo registrados no Sul dos países, revelando uma dispersão geográfica.
A Nigéria registrou apenas uma morte por ebola; a de um americano que estava trabalhando na Libéria e morreu logo depois de pousar em Lagos no início do mês. Autoridades do aeroporto nigeriano informaram ontem que vão inspecionar de forma mais rigorosa passageiros provenientes dos três países mais afetados em busca de sintomas como febre alta, podendo até mesmo ordenar testes de sangue e quarentenas. Em Serra Leoa e Gana, autoridades dos aeroportos também anunciaram ontem a adoção de novos procedimentos para detecção de pessoas infectadas.
Com a disseminação dos casos, há um grande temor de que a epidemia saia da África e chegue até mesmo à Europa. Um caso suspeito chegou a ser avaliado num centro para imigrantes no Reino Unido, mas o resultado do teste foi negativo. Outra grande preocupação é a China, o país mais populoso do mundo e o que mais mantém laços comerciais com a África. Um vírus tão letal chegando a uma das superpovoadas cidades chinesas poderia causar um estrago gigantesco.
Para especialistas, no entanto, o risco de uma pandemia global sem controle é muito baixo.
— A transmissão do vírus ebola se dá pelas secreções, pelo contato de mucosas, como olho e boca, com fluidos corporais do infectado — explica o infectologista Stefan Cunha Ujvari, autor do livro “Pandemias”. — Ou seja, a transmissibilidade do vírus não é considerada muito alta. Vírus são considerados de alto contágio quando transmitidos pelo ar, por exemplo.

BRASIL ENVIARÁ KITS MÉDICOS
Medidas de contenção são simples de tomar. Entre elas estão o isolamento do paciente e o uso de roupas de proteção por profissionais de saúde.
— O que acontece nessas regiões mais pobres da África é que, muitas vezes, elas não dispõem com facilidade desse aparelhamento para o isolamento. O paciente fica em casa, as famílias manipulam suas secreções — explica. — Por isso acho que, mesmo que o vírus saia da África, é relativamente simples controlá-lo. Isso já aconteceu antes, com duas turistas que voltaram de Uganda para EUA e Europa com a febre marburg (similar ao ebola).
O Brasil anunciou ontem o envio de 14 kits de ajuda à África. Cada um pesa 240 quilos e contém 48 tipos de produtos, sendo 30 remédios. 

# globo.com (Com agências internacionais)



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Samuel

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