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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Questões raciais nos EUA deixam presidente Obama em 'saia justa'.

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Presidente também advertiu que a luta contra a discriminação racial é um projeto de longo prazo com o qual os Estados Unidos se comprometeram há 200 anos.


Washington - Na enorme foto de Barack Obama exibida pelos manifestantes na pequena cidade de Ferguson, uma mensagem escrita ao primeiro presidente negro dos Estados Unidos pede: "Por favor, venha logo!"

O cartaz é um dos muitos que os manifestantes exibem nesta cidade do Missouri (centro), onde um adolescente negro desarmado foi baleado e morto por um policial branco há dez dias, provocando protestos cada vez mais violentos.

O fato resume em parte as elevadas expectativas da comunidade negra americana com a administração Obama, mas também diz respeito a uma questão que preocupa o presidente desde que assumiu o poder em 2009: Ele deve se envolver pessoalmente em episódios locais que tenham componentes raciais evidentes?


Em alguns estados do sul dos Estados Unidos, a segregação racial foi abolida há apenas meio século, mas o país tem agora um presidente está em uma situação delicada e altamente controversa.

Obama se manifestou na segunda-feira após os distúrbios. Em um discurso muito cauteloso, exigiu moderação às forças de segurança e aos manifestantes, pedindo que evitassem a violência porque ela apenas enfraquecem a busca pela justiça.

Um abismo de desconfiança


Mas quando perguntado se pretendia intervir pessoalmente em um drama que abala todo o país há mais de uma semana, Obama pareceu afastar essa possibilidade, da mesma forma que uma visita simbólica a Ferguson.

No entanto, e claramente desconfortável, ele abordou a questão a partir de uma perspectiva mais ampla: como os americanos devem aproveitar este momento para redescobrir a nossa humanidade comum", afirmou.

"Eu já disse isso antes, em muitas comunidades há um abismo de desconfiança entre os moradores locais e as forças de segurança", admitiu.

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Samuel

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