Grupos da sociedade civil ameaçam paralisar o país.
Organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau ameaçam paralisar o país a partir desta-sexta-feira, 21, como resposta à decisão do Presidente José Mário Vaz de nomear Baciro Dja para primeiro-ministro.
Tanto a Aliança Nacional pela Democracia como o Movimento Nacional da Sociedade Civil dizem que vão paralisar os transportes e apelarão aos trabalhadores públicos que fiquem em casa.
O Presidente da República é acusado por aquelas organizações de criar a instabilidade no país ao tomar uma decisão "ilegal".
A Aliança Nacional pela Democracia admite, inclusive, recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça para fazer derrubar o decreto presidencial de José Mário Vaz.
A Aliança é uma plataforma que congrega partidos políticos, sindicatos e associações patronais.
O Movimento Nacional da Sociedade Civil, por seu lado, é integrada por cerca de 160 organizações sociais.
PAIGC considera ilegal indicação de novo primeiro-ministro.
O PAICG, partido mais votado nas eleições de 2014 e convidado pelo Presidente da República para indicar o nome do primeiro-ministro não aceita a decisão de José Mário Vaz de indicar uma pessoa não proposta pelo partido. Nesta quinta-feira, o Chefe de Estado indicou o terceiro vice-presidente do PAICG Baciro Dja, antigo ministro da Presidência do Conselho de Ministros do Governo de Domingos Simões Pereira.
João Bernardo Vieira, porta-voz do partido vencedor das últimas eleições legislativas, classificou de ilegal o decerto presidencial que nomeia o novo primeiro-ministro, tanto assim que a sua formação política ficou surpreendido com o mesmo.
A decisão indica a abertura de uma nova fase da crise política vigente no pais.
Por seu lado, o Movimento Nacional da Sociedade Civil, estrutura que congrega mais de uma centena de organizações não governamentais, continua os seus esforços junto dos partidos políticos, com o objectivo de coordenar acções, com vista a salvar o pais da actual crise política. Luís Nancassa, daquele movimento também não entende a decisão de José Mário Vaz. Os argumentos do Presidente da República assentariam no facto do primeiro-ministro, por ele nomeado, fazer parte da direção do PAIGC.
Mas, para a Sociedade Civil guineense, tal como muitos defendem, este argumento não colhe e prometem acções nos próximos dias.
De referir que momentos antes da publicação do decreto presidencial, o Chefe de Estado esteve reunido com o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau Miguel Trovoada.
#VOA
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Samuel