A Ilha maior das Antilhas procura promover laços econômicos com potenciais parceiros estrangeiros, além de entrar em novos mercados com produtos e serviços.
Photo: Marcelino Vázquez (AIN)
O potencial e a capacidade de atração de Cuba como um lugar para investir e fazer negócios foram sublinhados na terça-feira, 3 de novembro, durante a apresentação da carteira de oportunidades para os investimentos estrangeiros, por parte do ministro do Comércio Exterior e do Investimento Estrangeiro (Mincex), e presidente do comitê organizador, Rodrigo Malmierca, no âmbito da Feira Internacional Havana, Fihav 2015.
Segundo destacou o ministro, esta carteira — a segunda maior mostrada nesta Feira de negócios do Caribe — é superior a sua antecessora e contém 326 projetos, 80 a mais que em 2014, e a maioria deles têm um estudo de pré-viabilidade ou de viabilidade. A carteira abrange todas as províncias e o município especial de Isla de la Juventud.
“Da carteira do ano passado, disse o ministro do Mincex, existem cerca de 40 projetos em fase avançada de negociação”, se bem seu ministério continua constantemente explorando novas oportunidades de negócios.
Grosso modo, a Ilha maior das Antilhas procura promover laços econômicos com potenciais parceiros estrangeiros, além de entrar em novos mercados através da exportação de bens e serviços. Na verdade, esta 33ª Fihav, precisamente, é dedicada às exportações.
Referindo-se às diferentes áreas de interesse, Malmierca lembrou que a nova Lei de Investimentos Estrangeiros tem uma abordagem setorial e corresponde ao processo de atualização do modelo econômico. A carteira inclui 12 setores.
Destes, o turismo está exibindo um crescimento mais dinâmico — este ano, a indústria cresceu em 17% — e não só tem condições climáticas ideais para atrair maior fluxo de turistas estrangeiros, mas valores adicionais no âmbito da cultura, história e do patrimônio que fazem do destino Cuba uma escolha válida e em expansão. Também estão em destaque na lista de prioridades, a exploração de petróleo e a questão alimentar, esta última com 40 projeções.
Ainda, transcenderam os investimentos a serem feitos na Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel, a primeira de seu tipo no país, que tem oito projetos aprovados e está chamada a se tornar uma zona de grande logística portuária, muioto importante na região das Américas. No entanto, o bloqueio dos EUA é confirmado como o principal obstáculo para o desenvolvimento da economia cubana.
Entre os novos recursos, incluem-se três relacionados com o turismo de saúde e os serviços desse setor para projetos esportivos. Quanto ao turismo, destaca o aumento de propostas de contratos e gestão de marketing nos hotéis. Além disso, há três novas projeções no âmbito da venda por atacado, cinco sobre o transporte, quatro na construção e três relativos aos meios de comunicação. Significativos, também, são os projetos inerentes à área agro-alimentar com iniciativas voltadas para a cultura de mariscos, a aquicultura, bem como a produção e comercialização de dois runs cubanos: Cubay e Perla do Norte.
A energia renovável se torna outro dos setores estratégicos, dado o crescente interesse da nação caribenha para mudar sua matriz energética.
Na reunião, também se produziu o lançamento do Diretório Comercial de Cuba, como um guia eficaz para quem decidir investir em Cuba, que contém entre outros aspectos, um guia de negócios e os regulamentos aplicáveis para tais atividades.
Por outro lado, o diretor de negócios do Grupo Empresarial da Indústria Siderúrgica-Mecânica, Raul Diaz, apresentou a carteira de negócios de sua organização e destacou as vantagens oferecidas hoje ao investimento estrangeiro em Cuba.
Entre os projetos que estão promovendo este grupo, eles são a criação de joint ventures para a gestão de um sistema de gestão integrada de resíduos sólidos, produção e comercialização de recipientes de alumínio, a produção de baterias, a produção e comercialização de produtos longos de aço inoxidável e de ligas.
#granma.cu
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Samuel