O Brasil pode decretar falência a médio prazo se não tomar rapidamente medidas severas para resolver a grave crise política e económica, dizem analistas.
O Governo necessita reduzir gastos e criar métodos eficazes para não agravar ainda mais a situação no país.
Os actuais problemas vividos pela população como desemprego, salários atrasados, baixo poder de compra, desvalorização do real e a inflação podem piorar ainda mais com o passar do tempo, de acordo com o economista Felipe Leroy, do Ibmec.
“A última política do Banco Central mostra uma inflação explosiva, os Índices Nacionais de Preços ao Consumidor Amplo na casa dos de 10 pontos percentuais e a Taxa de Juros Selic incidente sobre os impostos mantida. Isso é um contrassenso total. O país caminha para o que chamamos de estagflação, ou seja, o país está estagnado e com inflação e o Governo e o banco Central nada fazem para solucionar o problema. Quando todos esses fatos são reunidos percebe-se que a crise só está agravando e nenhuma política efetiva tem sido realizada para retirar o Brasil desse problema maior que é a crise política e econômica”, disse.
Felipe Leroy ressalta que com todos esses problemas o Brasil ainda não “quebrou” porque possui um banco próprio.
A emissão de moedas pode ser uma saída para a crise, mas por outro lado aumenta ainda mais a inflação.
“Comparando com a Grécia, que declarou falência, ela dependia do Banco Central Europeu para emitir moedas e nós não dependemos de outro, pois temos o próprio Banco Central. Essa não é a melhor solução pois quando você aumenta o número de moedas em circulação consequentemente isso impacta no indicador de inflação. O que o Governo deveria fazer de facto é cortar seus gastos”, defende.
Como o Governo ainda não reduziu suas despesas, o Brasil tem perdido cada vez mais credibilidade no mercado financeiro.
As agências de classificação de risco, que avaliam a situação dos países, nos últimos meses têm constatado que o Brasil não é seguro para se investir.
“Estamos caminhando para a quebradeira’, para abrir falência mesmo. Isso porque o Governo está sem ação, o Banco Central está ‘congelado’. [...] Se não houver uma ação severa e muito rápida de corte de gastos, de solução dessa crise vamos seguir o mesmo caminho da Grécia”, concluiu o economista Felipe Leroy.
#VOA
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Samuel