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quarta-feira, 15 de junho de 2016

CANDIDATO DA GUINÉ EQUATORIAL À UNIÃO AFRICANA ESPERA APOIO DA CPLP, DIZ EMBAIXADOR.

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Agapito Mba Mokuy

O ministro dos Assuntos Exteriores da Guiné Equatorial, Agapito Mba Mokuy, é um dos três candidatos ao cargo de presidente da Comissão da União Africana, e vai disputar a corrida à liderança da União Africana (UA) com a ministra dos Negócios Estrangeiros do Botswana, Pelonomi Venson-Moitoi, e a antiga vice-presidente do Uganda Specioza Wandira Kazibwe, que também pertence ao Comité de Sábios da UA, cuja eleição decorre na próxima cimeira desta organização, em julho, no Ruanda.

Em declarações em Lisboa e junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – cuja sede é na capital portuguesa, o embaixador da Guiné Equatorial, Tito Mba Ada, disse ter contactado todos os países africanos da Comunidade “para informar sobre a candidatura, que é da CPLP”. A Guiné Equatorial aderiu à CPLP em julho de 2014. “Esperamos que no dia da eleição a nossa comunidade vá funcionar como uma só pessoa para emitir o voto”, disse o diplomata, que acrescentou: “Se ganhar a candidatura da Guiné Equatorial, ganha a CPLP”AngolaGuiné-BissauGuiné EquatorialCabo VerdeSão Tomé e Príncipe e Moçambique são os países africanos da CPLP, que é ainda constituída por Portugal,Brasil e Timor-Leste.

O embaixador disse que a Guiné Equatorial, “um país pan-africanista e solidário”, tem “perspetivas muito positivas” sobre esta eleição e destacou as mais-valias da candidatura de Agapito Mba Mokuy, declarando que é acima de tudo, um africano.

“A Guiné Equatorial é um país especial, porque é o único no mundo que fala as três línguas latinas — francês, espanhol e português”, destacou Tito Mba Ada, que afirmou ainda que um dos compromissos da candidatura de Malabo é “lutar para que a língua portuguesa seja também um instrumento para fazer negócios e para a diplomacia”.

Na página oficial do Governo equato-guineense na internet, a candidatura do chefe da diplomacia é apresentada como capaz de “ter um papel decisivo para redinamizar a União Africana, marcando uma presença mais ativa no cenário internacional”. Fomentar o espírito de solidariedade africana nos “assuntos de interesse comum”, como a resolução de conflitos e a manutenção da paz e da estabilidade, e fortalecer as relações de cooperação com as Nações Unidas, a União Europeia e outras organizações internacionais são alguns dos objetivos da candidatura do chefe da diplomacia da Guiné Equatorial.

O Governo equato-guineense destaca que Agapito Mba Mokuy foi, enquanto ministro dos Assuntos Exteriores, responsável pela organização de cimeiras internacionais na capital, Malabo, incluindo da UA em 2011 e 2014, e foi também assessor principal do Presidente, Teodoro Obiang Nguema, para os assuntos internacionais e africanos entre 2010 e 2011, quando o país deteve a presidência da organização.

© e-Global/Conosaba

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Samuel

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