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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Jornalista que expôs corrupção em Malta é morta por bomba.

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Explosão destrói carro de Daphne Caruana Galizia, conhecida como crítica ferrenha do governo maltês. Repórter revelou participação de políticos do país no escândalo Panama Papers. Oposição pede investigação independente.
Maltesische Bloggerin getötet Daphne Caruana Galizia (Reuters/D. Z. Lupi)
Há duas semanas, Galizia havia prestado queixa na polícia afirmando ter recebido ameaças
Uma jornalista investigativa que revelou casos de corrupção em Malta foi morta nesta segunda-feira (16/10) pela explosão de uma bomba, informou o primeiro-ministro do país, Joseph Muscat.
Daphne Caruana Galizia, de 53 anos, estava saindo de sua casa na cidade de Mosta, a menos de 15 quilômetros da capital maltesa, Valeta, quando uma bomba implantada em seu carro destruiu completamente o veículo. A explosão ocorreu por volta das 15h (hora local).
Em coletiva de imprensa, o primeiro-ministro admitiu que a jornalista era uma crítica ferrenha de seu governo, "tanto politicamente como pessoalmente", mas afirmou que "ninguém pode justificar um ato bárbaro como esse".  
Muscat ainda pediu todos os esforços possíveis para que os autores do crime sejam levados à Justiça. "O que aconteceu é inaceitável em vários níveis. É um dia triste para nossa democracia e liberdade de expressão", afirmou. "Não vou descansar até ver justiça foi feita nesse caso."
O premiê ainda anunciou que o FBI, a polícia federal americana, concordou em ajudar a polícia local a investigar o assassinato e enviará agentes à ilha o mais rápido possível.
Autora de um dos blogs mais populares da ilha, Galizia revelou a participação de importantes figuras políticas maltesas nos chamados Panama Papers – escândalo mundial de corrupção que envolveu o uso de empresas para esconder dinheiro, divulgado em 2016 pela imprensa de vários países.
Entre os envolvidos estavam a mulher do primeiro-ministro, Michelle Muscat, o ministro da Energia do país e o chefe de gabinete do premiê, que teriam offshores no Panamá para receber dinheiro do Azerbaijão. Tanto Muscat como a primeira-dama negam as acusações.
Em busca de um voto de confiança para rebater as alegações, o governo maltês convocou eleições antecipadas em junho, as quais ele venceu sem muita dificuldade.
Em seu blog, Running Commentary, Galizia expôs muitos casos de corrupção no país e, por vários deles, foi processada por difamação. "Há bandidos em todos os lugares que você olha. A situação é desesperadora", escreveu a repórter em artigo publicado meia hora antes de sua morte.
A imprensa do país informou que Galizia havia prestado uma queixa na polícia há duas semanas afirmando que estava recebendo ameaças.
O líder da oposição, Adrian Delia – que também chegou a processar a jornalista por uma série de artigos que ligavam seu nome a crimes –, afirmou que a morte de Galizia foi um "assassinato político".
"Caruana Galizia revelou os Panama Papers e era a crítica mais forte do governo", disse o político, pedindo uma investigação independente sobre a morte.
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, ofereceu uma recompensa de 20 mil euros por informações que levem à condenação dos assassinos de Galizia.
Malta é uma pequena ilha no Mar Mediterrâneo, no sul do continente europeu, entre a Itália e a África. O país é um dos menores do mundo e possui cerca de 400 mil habitantes.
EK/ap/lusa/rtr/efe

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Samuel

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