Atacantes mataram duas pessoas, incendiaram casas e destruíram uma igreja, anunciou a polícia. Quatro pessoas ficaram feridas. Polícia nega relação deste episódio de violência com os ataques de outubro em Cabo Delgado.
fonte: DW África
O novo ataque em Mocímboa da Praia, na província nortenha de Cabo Delgado, ocorreu na semana passada (29.11), cerca de dois meses depois da onda de violência que as autoridades atribuem a extremistas islâmicos.
"Um grupo de atacantes vandalizou casas, estabelecimentos e uma igreja cristã", nas aldeias de Mitumbate e Makulo, em Mocímboa da Praia, anunciou Inácio Dina, porta-voz da do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM). "Quatro pessoas ficaram feridas e duas morreram", acrescentou.
O porta-voz negou qualquer ligação entre este episódio de violência e o ataque de outubro. "Não queremos relacionar prematuramente estes ataques com aquele de 5 de outubro", afirmou Inácio Dina. Entretanto, "a segurança e a ordem pública" foram restabelecidas na região, garantiu o porta-voz da PRM.
A 5 e 6 de outubro, dois homens armados atacaram três postos da polícia em Mocímboa da Praia, nas proximidades com a fronteira tanzaniana. No balanço, morreram pelo menos dois agentes e outros quarto elementos das forças de segurança, além de um número incerto de atacantes que diferentes dados das autoridades colocam acima das 10 vítimas.
Autoridades identificaram suspeitos
Entretanto, o governo distrital de Mocímboa da Praia anunciou na segunda-feira (04.12) a identificação de dois suspeitos de organizarem os ataques de outubro, cujo paradeiro é desconhecido,
Nuro Adremane e Jafar Alawi, dois moçambicanos, constam de um documento entregue pelo administrador ao governo provincial de Cabo Delgado na última semana e citado pelo jornal estatal Notícias.
Ao mesmo grupo é atribuída a autoria de dois homicídios e de um incêndio que destruiu 27 casas de uma aldeia naquele distrito, na última semana, acrescentou Rodrigo Puruque, administrador de Mocímboa da Praia.
O governo distrital refere que os suspeitos estudam doutrinas religiosas na Tanzânia, Sudão e Arábia Saudita, onde alegadamente recebem treinos militares e aprendem a manusear armas de fogo e armas brancas, fora do controlo das instituições formais.
Na sequência da violência em outubro, em Mocímboa da Praia, as autoridades fizeram cerca de 50 detenções e ordenaram o encerramento de três mesquitas que, alegadamente, seriam frequentadas pelos extremistas islâmicos envolvidos nos ataques.
Entretanto, o Presidente moçambicano Filipe Nyusi afastou em outubro Graça Tomás Chongo do cargo de chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
Nyusi exonerou também Júlio dos Santos Jane do cargo de Comandante-Geral da PRM para o nomear Diretor-Geral do Serviço de Informações e Segurança do Estado SISE, dispensando desse cargo Lagos Lidimo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é sempre bem vindo desde que contribua para melhorar este trabalho que é de todos nós.
Um abraço!
Samuel