A Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau anuncia na terça-feira, 12, os resultados provisórios das eleições legislativas realizadas neste domingo, 10.
O anúncio foi feito pela porta-voz da CNE, Felisberta Vaz, quem considerou que as eleições decorreram dentro da normalidade, apesar de alguns incidentes, como algumas que abriram tarde.
Outro incidente foi o facto de muitos cidadãos terem sido impedidos de votar porque os seus nomes não constavam da base de dados, embora possuíssem os seus cartões de eleitor.
Apesar da abertura da CNE em criar uma lista em que os nomes desses eleitores pudessem aparecer, os partidos decidiram, em plenário, circunscrever o universo eleitoral aos cadernos informatizados.
Entretanto, os líderes políticos consideraram que as eleições decorreram num ambiente de tranquilidade e com muito civismo.
Sem fazer um balanço ainda, o chefe da missão da União Africana, Rafael Branco, destacou, num breve comentário à imprensa, o “clima de tranquilidade e uma participação cívica notável” dos guineenses.
A União Africana está presente com cerca de 40 observadores distribuídos por 15 equipas.
Por seu turno, o chefe dos observadores da Comunidade de Países de Língua, Luiz Villarinho Pedroso, considerou que o processo eleitoral decorreu "de uma forma muito ordeira" e dentro “da normalidade”.
Depois de três anos e meio de instabilidade política, nomeadamente após a exoneração do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira pelo Presidente José Mário Vaz em Agosto de 2015, mais de 700 mil guineenses foram às urnas para escolher 102 deputados à Assembleia Nacional e o partido que vai governar o país nos próximos quatro anos.
Em mais de duas décadas, nenhum Governo constitucional chegou ao término do seu mandato.
fonte: VOA