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segunda-feira, 11 de março de 2019
Legislativas na Guiné-Bissau: um país à espera de ser salvo do falhanço pelas eleições.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Os guineenses escolhem um novo parlamento, em eleições impostas pela comunidade internacional, esperando com elas encerrar um longo ciclo de crise política. Os analistas dão como certa a vitória do PAIGC, a dúvida é saber se conseguirá governar sozinho.
A Guiné-Bissau vai a votos neste domingo e quem vai decidir a dimensão da vitória nas legislativas são as zonas rurais de um país que olha para estas eleições como a última oportunidade para não se tornar num Estado falhado.
“Aqui o voto é livre e o chefe da tabanca recebe todos os candidatos e nunca diz em quem é que vota”, diz o irmão, Mamadou Baldé, 67 anos, autoproclamado “historiador” da terra e o seguinte na lista de sucessão. Já Nin, de 17 anos, ainda não vota, mas explica que não é bem assim. “O mais velho ajuda nós a decidir e nós seguimos conselho do mais velho”, diz o jovem, vestido com uma T-shirt do Sporting dos anos 80 do século passado, quando a Guiné-Bissau ainda não sabia o que era a democracia.A Madina Gambiel, junto ao rio Cacheu, chega-se depois de muitos quilómetros da estrada de asfalto. Demba Baldé, que não sabe falar português, é um dos nomes que vai decidir os resultados de domingo. Tem nas suas mãos 251 votos eleitorais, o número de eleitores recenseados da tabanca (aldeia) de que é chefe.
Gaudêncio Bacai, da juventude do Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau (PAIGC) também sabe que o voto nas zonas rurais é decidido pelos líderes locais, como Demba Baldé. “Vimos quais foram as tabancas onde tivemos menos votos e começámos a fazer trabalho de preparação, ver os problemas e preparar visitas. Temos de ganhar aqui e vamos ganhar” no país, diz o apoiante do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, sujo de pó e visivelmente cansado de centenas de quilómetros por caminhos e picadas, na caixa aberta de uma carrinha que percorreu o país nestes 21 dias de campanha.
Madina Gambiel é uma zona da etnia mandinga e de religião muçulmana, antigo bastião do PAIGC que está agora em risco de perder para um novo partido, o Movimento Alternância Democrática (Madem), criado pelos derrotados por Domingos Simões Pereira no congresso de Cacheu. Depois dessa assembleia magna do maior partido do país, milhares de militantes saíram e agora as tradicionais zonas mandingas estão em risco. Por isso, no final da campanha, Domingos Simões Pereira visitou o local para assegurar a fidelidade da terra. No encontro, igual a tantos outros noutros locais e com outros partidos, os líderes locais apresentaram as queixas e os políticos fizeram promessas.
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Samuel