Líderes de 193 países reúnem-se em Nova Iorque na Cimeira da
Ação Climática, convocada pelo secretário-geral da ONU. O encontro visa
concretizar novos planos para reduzir as emissões de gases com efeito de
estufa.
Líderes de todo o mundo discutem esta segunda-feira (23.09)
na Cimeira da Ação Climática a necessidade de reduzir as emissões de CO2 e de
proteger as populações dos efeitos do aquecimento global.
A cimeira tem lugar depois de, na sexta-feira, milhões de
pessoas marcharem em cidades de todo o mundo para pedir mais ações contra o
aquecimento global. No sábado, na Cimeira da Ação Climática para a Juventude,
jovens de diferentes pontos do planeta foram recebidos na sede das Nações
Unidas, em Nova Iorque, e pediram aos líderes mundiais para escutarem o apelo
das gerações mais novas.
"Milhões de pessoas em todo o mundo protestaram e
exigiram uma ação climática real, especialmente jovens. Nós, os jovens, somos
imparáveis", afirmou a ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos.
Secretário-geral da ONU, António Guterres, com jovens
ativistas Greta Thunberg e Bruno Rodríguez
Guterres: "A minha geração falhou"
Ainda durante a Cimeira da Ação Climática para a Juventude,
o ativista argentino Bruno Rodríguez pediu o fim dos combustíveis fósseis,
entre outras medidas para reduzir a emissão de gases com efeito de estufa.
"Precisamos exigir que as 100 empresas responsáveis por
71% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa façam uma transição
para um caminho sustentável. Em conjunto, podemos fazer com que isso
aconteça", afirmou Rodríguez.
O secretário-geral da ONU disse esperar alcançar planos
concretos nesta Cimeira da Ação Climática para reduzir em 45% as emissões e
chegar à neutralidade carbónica até 2050.
António Guterres admitiu o falhanço de toda uma geração no
combate às alterações climáticas.
"A minha geração falhou amplamente até agora, quer na
preservação da justiça no mundo, quer na preservação do planeta. Eu tenho
netas. Quero que as minhas netas vivam num planeta habitável. A minha geração
tem enormes responsabilidades nisto", afirmou Guterres.
Recordes de temperatura
Entretanto, no domingo foi conhecido um novo relatório da
Organização Meteorológica Mundial (OMM), que dá conta que os últimos cinco anos
devem constituir o período mais quente de sempre desde que há registos.
"Temos vindo a bater vários recordes de temperatura. O
mês de julho passado foi o mês mais quente desde 1850, e junho de 2019 foi o
mês de junho mais quente desde 1850. Até agora, já assistimos a um aumento de
temperatura de 1,1 graus Celsius", anunciou o secretário-geral da OMM,
Petteri Taalas.
A Cimeira da Ação Climática pretende que os líderes mundiais
mostrem mais ambição na redução das emissões poluentes. António Guterres pediu
a todos os dirigentes mundiais que levem à reunião em Nova Iorque planos
concretos e não discursos.
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Samuel