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segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Líderes mundiais discutem acções para salvar o Planeta.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Guilhermino Alberto | Nova Iorque

O Presidente da República, João Lourenço, que chegou ontem, ao meio-dia (17h00 em Angola), a Nova Iorque, participa hoje na Cimeira sobre o Clima da Assembleia Geral da ONU, na qual os líderes mundiais apresentam os seus planos para cumprir os objectivos do Acordo de Paris, que visam limitar a subida da temperatura global.


Presidente João Lourenço foi recebido, à chegada, no Aeroporto John Kennedy, pelo ministro das Relações Exteriores
Fotografia: Pedro Parente | Angop
A Administração Trump, que revogou o Acordo de Paris sobre o Clima, assinado pelo então Presidente Barack Obama, não deve participar no encontro.
Ontem, à chegada, no Aeroporto John Kennedy, o Presidente João Lourenço foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, e pela embaixadora de Angola junto das Nações Unidas, Maria de Jesus Ferreira.
Segundo o programa divulgado ontem pela Assessoria de Imprensa do Presidente da República, o Chefe de Estado tinha marcado para as 16h00 de ontem, no Hotel Hyatt, onde se encontra hospedado, uma audiência com o presidente da petrolífera Chevron, Derek Magness.
Amanhã, terça-feira, tem início o debate geral da 74ª sessão da Assembleia Geral da ONU e, segundo o programa, o Chefe de Estado angolano será o primeiro a intervir no período da tarde.
Na abertura do debate geral, de manhã, o primeiro a discursar será o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, seguindo-se o Presidente dos Estados Unidos, país anfitrião, Donald Trump, como é tradição.
À margem desta 74ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Presidente João Lourenço tem ainda previsto participar, quarta-feira, num fórum dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). Quinta-feira, o Presidente João Lourenço participa no evento de alto-nível sobre financiamento ao desenvolvimento.
Constam também da agenda do Presidente da República, terça-feira, encontros com a imprensa, nomeadamente entrevistas à Rádio das Nações Unidas e ao Wall Street Journal, este último com mais de 600 milhões de leitores em todo o mundo. Com o Chefe de Estado viajam va?rios ministros, que se vã?o desdobrar em numerosas participaçõ?es em painéis de debate, relacionados com a Economia, Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, universo Bancário e Financeiro, Investimentos, Negócios e Energia, entre outros.
Em breves declarações à imprensa, a ministra do Ambiente, Paula Francisco, que integra a delegação presidencial, anunciou que o Governo vai reafirmar, durante esta sessão da ONU, o empenho de Angola em acções concretas de combate à seca, reflorestação e de gestão sustentável dos solos.
O debate geral da 74ª sessão da Assembleia Geral da ONU será orientado pelo nigeriano Tijani Muhammad-Bande, que assumiu as funções na segunda-feira passada.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que espera dele “valiosas percepções para temas como paz e segurança, direitos humanos e desenvolvimento sustentável, aumento da violência extremista e ameaça à crise global do clima”. O debate vai juntar cerca de 150 chefes de Estado e de Governo, que além de discursarem na Assembleia Geral, participam em cinco encontros de cúpula e reuniões de alto nível.
Os cinco grandes encontros da Assembleia Geral das Nações Unidas
Paralelamente aos discursos habituais dos chefes de Estado, cinco importantes cimeiras e reuniões de alto nível vão decorrer durante a 74ª sessão da Assembleia Geral da ONU. Elas vão abordar várias das principais questões que o mundo actual enfrenta. A ONU News preparou uma lista com algumas das principais informações destes eventos.
1 - Acção Climática
O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez da luta contra a crise climática uma das suas principais prioridades. Ao convocar o Encontro de Cúpula de Acção Climática, que acontece hoje, Guterres pretende aumentar a ambição e manter os países nos compromissos internacionais que assumiram para reduzir o aquecimento global, como parte do Acordo de Paris de 2015.
A cimeira reúne governos, sector privado, sociedade civil, autoridades locais e outras organizações internacionais para desenvolver soluções ambiciosas em seis áreas:
• Transição global para energia renovável;
• Infra-estruturas e cidades sustentáveis e resilientes;
• Agricultura sustentável;
• Manejo de florestas e oceanos;
• Resiliência e adaptação aos impactos climáticos;
• Alinhamento de finanças públicas e privadas com uma economia neutra de carbono.
O SG desafiou os líderes a chegar à cimeira com planos concretos, em vez de grandes discursos. Guterres espera que o evento demonstre movimentos maciços na economia para se reduzir os combustíveis fósseis e em direcção a fontes de energia limpas e renováveis.
Em reconhecimento à maneira como os jovens estão a forçar a acção climática na agenda internacional, uma Cimeira do Clima da Juventude aconteceu sábado. O evento foi uma plataforma para jovens activistas, inovadores e empreendedores que estão a impulsionar a acção climática.
2 - Tornando a Cobertura Universal de Saúde uma realidade
Ainda hoje, a ONU vai sediar a primeira Reunião de Alto Nível sobre Cobertura Universal de Saúde. Com o slogan “Movendo-se juntos para construir um mundo mais saudável”, para a ONU, esta é a reunião política mais significativa já realizada sobre a cobertura universal de saúde.
De acordo com as Nações Unidas, pelo menos metade da população mundial não tem acesso aos serviços essenciais de saúde de que precisa. Custos de saúde levam quase 100 milhões de pessoas à pobreza extrema a cada ano.
Por isso, a ONU considera a reunião a melhor oportunidade para garantir o compromisso político dos chefes de Estado e de Governo em priorizar e investir na cobertura universal de saúde e garantir saúde para todos.

3 - Atingir os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que é o projecto mais ambicioso que já existiu para transformar o nosso mundo, aumentar a prosperidade e garantir o bem-estar de todos, enquanto protege o meio ambiente, é dividida em 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Entre os compromissos estão:
• Acabar com a pobreza e a fome; expandir o acesso à saúde, educação, justiça e emprego;
• Promover o crescimento económico inclusivo e sustentado;
• Proteger o planeta da degradação ambiental e atenuar a crise climática.
Nos dias 24 e 25 de Setembro, a Cimeira dos ODS será o primeiro encontro a ser realizado desde que a Agenda 2030 foi adoptada em 2015. Para as Nações Unidas, o evento será uma oportunidade de acelerar o progresso dos 17 Objectivos e as suas metas.
A ONU registou progressos nos últimos quatro anos, mas alerta que conflitos, mudanças climáticas, falta de acesso a serviços essenciais de saúde, desigualdades crescentes e disparidades significativas de financiamento limitaram o impacto dos esforços globais. Os que foram deixados para trás continuam a sofrer mais, incluindo aqueles nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, nos Países Menos Desenvolvidos e nos países em desenvolvimento sem litoral.
4 - Financiamento para o desenvolvimento
Nenhuma das metas dos ODS pode ser alcançada sem dinheiro vivo, mas segundo a ONU obter financiamento suficiente é um grande desafio. Riscos crescentes de dívida e medidas restritivas ao comércio significam que os investimentos críticos para a Agenda 2030 permanecem subfinanciados.
O Diálogo de Alto Nível sobre Financiamento para o Desenvolvimento, que acontece no dia 26, reúne líderes de governos, empresas e sector financeiro, numa tentativa de desbloquear os recursos e parcerias necessários e acelerar o progresso. A estimativa é de que sejam necessários investimentos anuais de US$ 5 a US$ 7 trilhões em todos os sectores para alcançar os ODS.
5 - Apoio aos pequenos Estados insulares em desenvolvimento
A última das cinco reuniões de cúpula é a Revisão Intercalar de Alto Nível do Caminho de SAMOA, que ocorre cinco anos após o alcance de um acordo ambicioso para apoiar o desenvolvimento sustentável em pequenos Estados insulares em desenvolvimento.
Esses países estão entre os mais vulneráveis do mundo, enfrentando um conjunto único de questões relacionadas ao seu pequeno tamanho, isolamento, exposição a choques económicos externos e desafios ambientais globais, incluindo os impactos das mudanças climáticas. A revisão discute os progressos alcançados no combate ao impacto devastador das mudanças climáticas, na construção de resiliência económica e ambiental e outros desafios. Essas questões também serão destacadas nas outras quatro reuniões de cúpula que ocorrem esta semana, durante a 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
fonte: jornaldeangola

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Samuel

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