O PS venceu as eleições legislativas. No discurso de vitória, António Costa afirmou que o Partido Socialista "reforçou claramente a sua posição" e que a direita sofreu uma "derrota histórica". Sobre o futuro Governo, o líder do PS disse que os portugueses "gostaram da geringonça e desejam a continuidade da atual solução política".
Os dados oficiais revelados até ao momento, com apenas quatro deputados
por distribuir - dos consulados - indicam que o PS venceu com 36,5 por
cento dos votos e elegeu pelo menos 106 deputados.
Sem maioria absoluta, o PS vê-se obrigado a negociar para garantir estabilidade de governação ao longo dos próximos anos.
Ao final da noite, António Costa afirmou que "vai procurar junto dos
parceiros parlamentares renovar a solução política" que sustentou o
último Governo.
"Os portugueses gostaram da geringonça e desejam a continuidade da atual solução política", disse o primeiro-ministro. "Agora com o PS mais forte", acrescentou, ressalvando que ao longo dos últimos anos se reforçou a "credibilidade" de Portugal.
Olhando para o futuro, António Costa disse que o objetivo é "fazermos mais e melhor".
Questionado pelos jornalistas sobre que partidos serão contactados para
um apoio ao Governo ou mesmo para coligações, António Costa assume que o
PS, mesmo saindo "claramente reforçado" destas eleições, considera
"desejável renovar a solução" que governou o país nos últimos quatro
anos.
Nesse sentido, o Partido Socialista fará contactos com o Bloco de
Esquerda e PCP mas também com o PAN e o Livre, que elegeu um deputado e
garantiu representação na Assembleia da República.
No entanto, acrescentou, alcançar novamente essa solução "não depende só de nós, depende de todos".
Também esta noite, questionada sobre a possibilidade de um novo acordo com o PS, a líder do Bloco de Esquerda afirmou que o partido tem "toda a disponibilidade para negociar". Catarina Martins disse que o PS tem "todas as condições para formar Governo", num claro sinal de que está disponível para renovar a chamada geringonça.
A líder do BE garantiu que o BE tem "toda a disponibilidade para negociar" numa solução para a legislatura ou "ano a ano".
"Aqui estamos, aqui estaremos, em qualquer dos cenários, para lutar
pelos compromissos que afirmámos desde o primeiro dia com todo o país",
reiterou Catarina Martins.
Questionada pelos jornalistas sobre se o resultado permite ao Bloco de Esquerda discutir lugares de Governo, Catarina Martins salientou que a vitória do PS "é expressiva". "Essa matéria está fora de questão", disse.
Questionada pelos jornalistas sobre se o resultado permite ao Bloco de Esquerda discutir lugares de Governo, Catarina Martins salientou que a vitória do PS "é expressiva". "Essa matéria está fora de questão", disse.
Já Jerónimo de Sousa, questionado sobre a possível renovação do acordo com o PS, disse que a
"geringonça" chegou ao fim, pois "não haverá repetição da cena do
papel", referindo-se à assinatura dos acordos bilaterais há quatro anos.
O partido, acrescentou, vai decidir o seu posicionamento "em função do compromisso de políticas que o PS e o Governo venham a tomar".
O PCP votará "caso a caso" no Parlamento, afirmou.
Jerónimo de Sousa considerou ainda que, após esta eleição, "o que se impõe é olhar para a frente, não permitir que o se alcançou e conquistou em direitos e rendimentos volte para trás, (...) que não se dêem novos passos de retrocesso".
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Samuel