Relatório do FBI afirma que, nos EUA, 66% das vítimas de golpes cibernéticos têm mais de 60 anos.
Christopher Budd trabalha há 20 anos com segurança tecnológica e sua palestra do Age+Action 2021 foi um alerta sobre a crescente sofisticação de golpes on-line, principalmente contra idosos, “porque têm dinheiro e menos intimidade com a tecnologia”, explicou. Ele citou dados do relatório do FBI, o serviço de inteligência norte-americano, referentes ao ano de 2020 sobre fraudes na internet, mostrando que 66% das vítimas tinham mais de 60 anos. “O FBI monitora crimes cibernéticos há 20 anos. Essas quadrilhas montam estruturas semelhantes às de um call center, com centenas de pessoas utilizando scripts bem elaborados para enganar e tirar dinheiro dos outros”, disse.
Budd afirmou que uma das artimanhas mais frequentes é a da assistência tecnológica não solicitada: os golpistas simulam um problema no computador da vítima e, quando ela clica no que parece ser a solução, cai nas garras dos aproveitadores. E como isso acontece? Quase sempre a pessoa clicou antes em algum link malicioso que lhe foi enviado e que causa uma pane – por exemplo, a abertura de diversas janelas ao mesmo tempo, que ficam pipocando na tela e que “empurram” o usuário para uma suposta ajuda que, na verdade, é um truque.
“Os golpistas se valem de pressão para que você aja rapidamente, sem pensar muito ou consultar com alguém, por isso é fundamental redobrar a cautela. Trata-se de pôr em prática o mesmo cuidado que temos com a porta de nossa casa, que não abrimos para um estranho”, ensina. Os bandidos também podem usar telefonemas e mensagens, tentando se passar por instituições financeiras ou concessionárias de serviços. Reportagem recente do G1 mostra que bandidos têm utilizado uma pesquisa do Ministério da Saúde para tentar aplicar um golpe via WhatsApp. Budd lembra que e-mails são potencialmente inseguros e, caso desconheça sua procedência, o melhor é deletá-los.
Ele separa suas orientações em não técnicas e técnicas e diz que é importante confiar nos próprios instintos: “se algo parece estranho, interrompa”. Comecemos pelas não técnicas:
1) Trate qualquer oferta ou comunicação inesperada com desconfiança;
2) Não entre em pânico, nem se afobe para tomar uma decisão;
3) Não se sinta intimidado de dizer não e desligar; assim terá tempo de checar com a empresa que eles dizem representar;
4) Nunca dê informações pessoais ou financeiras, mesmo que, do outro lado da linha, alguém se identifique como sendo do seu banco ou de uma concessionária.
E as dicas técnicas:
1) Programe seu telefone para não receber chamadas de desconhecidos;
2) Mantenha o computador atualizado e rodando com um antivírus – há muitos de boa qualidade e de graça;
3) Não clique em links que lhe foram enviados. Em vez disso, vá aos websites digitando seu endereço eletrônico;
4) Verifique o website: o certificado é como uma carteira de motorista e é bem fácil de checar. Nos sites seguros, há um pequeno cadeado ao lado do endereço eletrônico. Clique nesse cadeado e selecione “certificado”: ali aparecerão as informações de validação.
Por último, se achar que caiu num truque, pare tudo o que está fazendo e feche o computador. Chame alguém em quem confie e, se fez algum pagamento, entre em contato com a instituição financeira.
fonte: globo.com
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Samuel