A Junta Militar na Guiné, anunciou, domingo à noite, que a partir de amanhã, vai dar início a uma série de encontros para a formação de um Governo de Unidade Nacional, informou , ontem, a agência France Press (AFP).
Os encontros, segundo o comunicado da Junta lido na Televisão Pública do país, visam a "concertação para traçar as linhas mestras da transição política e a formação do Governo”. Participarão nos eventos, orientados por responsáveis militares líderes dos partidos políticos e religiosos, representantes da sociedade civil e das representações diplomáticas.
Nas reuniões, diz a nota, que decorrerão até sexta-feira, vão participar ainda os proprietários das companhias que exploram minerais na Guiné, responsáveis dos bancos e sindicalistas.
A publicação "Jeune Afrique”, diz que, desde a consumação do Golpe de Estado o preço do alumínio aumentou para uma cifra nunca atingida . A Guiné é um dos principais produtores mundiais do bauxite, principal mineiro para a produção de alumínio.
A Junta Militar assegurou os investidores que actuam no país, particularmente as companhias mineiras de que vai cumprir os compromissos comerciais respeitando todos os pressupostos legais.
Os militares que destituíram o Presidente Alpha Condé, liderados pelo coronel Mamady Doumbouya, anunciaram estes encontros numa altura em que a CEDEAO preparar-se para se pronunciar sobre eventuais incremento de sanções devido ao golpe.
Entretanto, a Junta proibiu, sábado, qualquer tipo de manifestação de apoio ao golpe, e colocou à disposição um número verde para denunciar qualquer abuso das Forças de Segurança, que nos últimos dias são constantemente denunciados pelos defensores dos direitos humanos.
No domingo, os líderes golpistas manifestaram-se contra as sanções internacionais, especialmente as que foram impostas pela SADC, alegando que "fecham as portas ao diálogo e dão mais força aos que, no interior do país, se opõem à formação de um Governo.”
Para os golpistas, "as sanções aumentam as dificuldades económicas e colocar em perigoso os esforços em curso para a formação de um novo governo”.
Líder da oposição regressa ao país
Por seu lado, o líder da oposição, que se encontrava refugiado há várias semanas em Paris, regressou ontem à tarde a Conacri. Sidya Touré, presidente da União das Forças Republicanas fugiu para a capital francesa depois de vários membros do seu partido terem sido detidos na sequência dos protestos contra a reeleição de Alpha Condé.
"Estou muito feliz por poder regressar ao meu país”, disse ao chegar a Conacry a um repórter da AFP, recusando adiantar mais pormenores sobre o seu futuro imediato.
fonte: jornaldeangola
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Samuel