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segunda-feira, 12 de março de 2012

Gabão e a cidade livre.

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O Parque Nacional Lope é um dos diversos locais de beleza natural do Gabão.   Crédito: Corbis O Parque Nacional Lope é um dos diversos locais de beleza natural do Gabão. Crédito: Corbis
Libreville é o nome da capital. E logo aqui se percebe a sua boa aura. Apesar de (ainda) não constar na lista dos melhores países a visitar, o Gabão pode estar a caminhar para isso.

Com influências da Cidade da Luz (Paris) nas ruas e feito da descontracção natural do país africano que é, o Gabão mistura a subtileza e a impressibilidade de uma viagem quase como uma fórmula perfeita.
Ganhou aquele nome (ou o título) quando os seus escravos do século XX se sentiram livres das opressões de então. Embora os primeiros a pisar o seu solo africano tenham sido comerciantes portugueses durante a época de ouro dos Descobrimentos, os próximos interessados britânicos, holandeses e franceses também quiseram mostrar-se atentos.
Mas os últimos foram os mais persistentes. A França assumiu-se como a protectora do Gabão desde o primeiro momento e, também por isso, foram eles os responsáveis pelo fim daquela condição, dando origem à “cidade livre”. Já o nome do país da África Central tem um cunho dos seus primeiros visitantes. Quando os lusos chegaram aqui, acharam que a região tinha o formato do estuário do rio Komo, semelhante ao de um casaco, ou seja, um “gabão”. E assim ficou.  
Vizinho dos Camarões, Congo, Guiné Equatorial e ainda São Tomé e Príncipe, o Gabão parece ter motivos para triunfar. Embora consciente na sua riqueza interna cada vez mais lucrativa, a vida dos gaboneses continua modesta. E ainda é um dos países mais prósperos da África Subsariana, com o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região.
Em adição, joga a seu favor o “glamour” da língua francesa, a oficial no país. Quase ninguém sabe falar inglês e há uma ou outra pessoa que ainda consegue entender a língua de Camões. Além disso, possui cerca de 40 grupos étnicos, com destaque para a etnia bantu. De clima tropical, Gabão é característico pelas vendas ambulantes à beira das estradas ou nas ruas. Ainda que disponha de poucas acessibilidades entre as nove províncias, andar ou dar boleia poderá ajudar a conhecer de perto os habitantes.
Conhecer a cidade por dentro é, aliás, algo que não pode ser descurado. Os poucos edifícios da era colonial conferem uma pequena antiguidade bonita. A Igreja de Saint-Michel N’Kembo, o Museu Nacional de Artes e Tradições do Boulevard e a Catedral de Sainte Marie são alguns ex-líbris da cidade. Ainda que seja rica em florestas densas, colinas e rios, ou o seu ponto mais alto, Monte Bengoué (com mais de mil metros), a capital do Gabão é conhecida pelas praias Sabliere, Tropinaca ou cabos de Esterias ou Pointe Denis.
Depois disto, é só regressar ao Aeroporto Internacional Libreville Leon M’ba, para o qual não se deve ir sem antes provar uma das cervejas produzidas no país – 33 ou Castel – e uma das bebidas gasosas Oranjina ou Djino, feitas com extractos de toranja ou ananás. É possível até partilhar-se isto com um dos imigrantes nigerianos, libaneses ou até chineses, a quem se deu boleia no dia anterior. 

Joana Tavares da Silva

fonte: Africa Today

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Samuel

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