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domingo, 27 de julho de 2014

Artigo na VEJA: As fazendas do futuro da África.

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O setor privado tem investido mais de US$ 7 bilhões por ano no desenvolvimento agrícola de países africanos para tentar fazer com que a agricultura tenha o mesmo nível de avanço que as telecomunicações, por Strive Masiyiwa, de "Project Syndicate".

Iniciar um negócio pode ser uma tarefa difícil, especialmente na África, onde sistemas deficientes de governo sólidos e acesso a recursos essenciais podem limitar a chance de êxito. Para os agricultores da África, as dificuldades são particularmente pronunciadas. Considerando os enormes benefícios econômicos e sociais apresentados por um setor agrícola dinâmico e moderno, proporcionar incentivos aos agricultores, investimentos e regulamentações de que necessitam para terem sucesso deveria tornar-se uma prioridade.
O recente crescimento no setor de telecomunicações na África – que revolucionou inteiramente certos setores da economia, para não mencionar o estilo de vida da população – demonstra a eficácia dessa abordagem. Atualmente, no continente, há mais de 500 milhões de conexões móveis; ou seja, em muitos aspectos, a África é o lider mundial em crescimento e inovação de telecomunicações móveis.
Por que a África não conseguiu repetir esse crescimento no setor agrícola? Porque é que, em vez de colheitas abundantes, a África tem de pagar uma fatura anual de importações de alimentos que supera os 35 bilhões de dólares? De acordo com o último relatório anual do Africa Progress Panel, o problema é simples: tudo parece ir contra os agricultores da África.
Isto se aplica, em particular, aos pequenos agricultores, a maioria dos quais são mulheres. Esses agricultores, cujas áreas de plantação são iguais a um ou dois campos de futebol, tendem a não ter acesso a uma irrigação confiável e insumos de qualidade, como, por exemplo, sementes e fertilizantes. Além disso, raramente ganham o suficiente para investir em ferramentas necessárias, e não têm acesso a crédito.
E como se essas condições não bastassem, os agricultores enfrentam condições climáticas cada vez mais instáveis, que aumentam a probabilidade de colheitas escassas.  Por exemplo, o rendimento de milho deve diminuir um quarto durante este século. E, quando as colheitas finalmente estão prontas, os agricultores novamente enfrentam sérios obstáculos, incluindo sistemas de estradas inadequados em zonas rurais e a falta de instalações de armazenamento refrigerado, que, se melhorados, lhes permitiria vender seus produtos no mercado.
Apesar dessas dificuldades, que são mínimas se comparadas àquelas existentes na indústria de telecomunicações, os pequenos agricultores africanos não são menos eficazes do que os seus homólogos mais importantes – o que demonstra a sua tenacidade e resiliência. No entanto, em vez de apoiar os agricultores, os governos africanos têm criado novas barreiras ao crescimento, incluindo uma pesada tributação, investimentos insuficientes e políticas coercivas.
Os agricultores africanos precisam de condições favoráveis que lhes permita superar os desafios que enfrentam. Neste contexto, o setor agrícola do continente poderia experimentar uma revolução semelhante à impulsionada pelo setor das comunicações.
# veja.com.br

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Samuel

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