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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Eleições em Moçambique testam décadas de hegemonia de ex-grupo guerrilheiro.

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Carregando a filha nas costas, mulher deposita seu voto em urna para eleições gerais em Maputo, capital de Moçambique
Carregando a filha nas costas, mulher deposita seu voto em urna para eleições gerais em Maputo, capital de Moçambique.

Uma hegemonia de quatro décadas será posta à prova nesta quarta-feira quando cerca de 11 milhões de eleitores vão às urnas em Moçambique para as eleições presidências, legislativas e provinciais.

No poder desde 1975, o ano em que o país obteve sua independência de Portugal, a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), grupo guerrilheiro transformado em partido político, é apontado por especialistas como favorito.

Mas enfrenta um clima de insatisfação popular com a desigualdade social.

Apesar de ser uma das economias mais prósperas da África, com uma média anual de crescimento de 8% na última década, Moçambique tem fortes disparidades - ocupa, por exemplo, a 178ª posição no ranking do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento econômico (Pnud), 99 postos abaixo do Brasil, por exemplo.

Um terço do orçamento nacional vem de doações internacionais, e o país ainda é majoritariamente rural, com maioria dos 25 milhões de habitantes vivendo em pobreza.

No entanto, a descoberta de jazidas de gás natural no norte do país criaram a expectativa de um salto econômico - há a previsão de que Moçambique possa se tornar o terceiro maior exportador de gás liquefeito natural do mundo.

Só que os adversários da Frelimo acusam o partido de monopolizar os benefícios, restringindo-os à elite ligada ao partido.

As maiores críticas vêm da Resistência Nacional Moçambicana, a maior força de oposição e também um grupo paramilitar durante os 15 anos de guerra civil (1977-1992).

Em 2013, as tensões políticas reacenderam o conflito, e a Renamo voltou a pegar em armas. Mas em agosto deste ano as duas partes assinaram um novo acordo de paz.

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, tentará mais uma vez nas urnas quebrar o domínio da Frelimo - foi derrotado nos quatro pleitos anteriores (1994, 1999, 2004 e 2009).

Dhlakama passou os últimos dois anos foragido e apenas em setembro ressurgiu para anunciar sua candidatura.

Também concorre Daviz Simango, candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), partido que vem trabalhando a imagem de "terceira via" na política moçambicana.

A Frelimo, que nos primeiros 19 anos de independência governo num sistema de partido único, tem como candidato o ministro da Defesa, Filipe Nyusi, relativamente desconhecido do público, mas que busca se beneficiar da imagem ainda heróica da Frelimo na guerra de independência contra Portugal (1964-74).

O atual presidente Armando Guebuza, já cumpriu o número máximo de dois mandatos permitidos por lei.

No total, porém, 27 partidos disputam as eleições. Nas últimas semanas, houve relatos de enfretamentos entre correligionários, e a eleição moçambicana terá mais de mil observadores internacionais, incluindo enviados da União Europeia.

Além do presidente, serão eleitos também 250 deputados e membros das assembléias provinciais.

A apuração dos votos deverá levar um mês.

A mineiradora brasileira Vale é um dos maiores investidores estrangeiros em Moçambique, já tendo injetado cerca de US$ 4,5 bilhões na economia do país em projetos ligados à exploracão de jazidas de carvão, um dos principais produtos de exportação da nação africana.

http://noticias.uol.com.br

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Samuel

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