NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Portugal é um dos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte
(OTAN) com risco elevado de corrupção no sector da defesa, apresentando
um dos piores níveis na área operacional, revela um estudo da
instituição Transparência Internacional.
Segundo o índice governamental elaborado pelo Programa de Defesa e
Segurança da Transparência Internacional (TI-DSP) nos países membros e
parceiros da Aliança Atlântica, Portugal revela elevados riscos de
vulnerabilidade, a par da Arménia e Ucrânia.
O TI-DSP, através de uma
lista composta por 77 indicadores usados para avalizar a
vulnerabilidade à corrupção nos sectores da defesa, elaborou um
“ranking” de risco nos países membros e parceiros da OTAN numa escala de
A (baixo risco) a F (risco crítico).
De acordo com o “ranking”,
Portugal teve nota D, representando risco elevado de corrupção, e nota E
na área operacional, o que dá ao país um dos piores desempenhos entre
os membros e parceiros da NATO. “Portugal está longe dos melhores
padrões internacionais de transparência, supervisão e responsabilização
no que toca ao sector da defesa. A posição alcançada neste índice é
ilustrativa dos riscos de corrupção que persistem, em particular ao
nível da contratação de equipamentos e serviços, da execução de
contrapartidas, da gestão do património, entre outros”, considera o
investigador Luís Bernardo.
O investigador sublinhou que “esta
avaliação serve de alerta às lideranças políticas e aos altos quadros
militares para a necessidade urgente de um debate sobre o reforço da
integridade neste sector”.
O documento refere que foi pedida às
autoridades portuguesas da defesa para comentarem o relatório, mas
Portugal ficou entre os nove membros da NATO que não deram qualquer
resposta à Transparência.
Internacional.
O investigador português
refere que o Ministério da Defesa e as Forças Armadas “não podem manter
uma cultura de opacidade e secretismo”, sublinhando que “a prática
corrente de sonegação da informação não mostra uma gestão cuidada”.
Nesse
sentido, defende que estas instituições devem desenvolver “mecanismos
de controlo e prevenção de corrupção e abuso”, assim como “instrumentos
de gestão do acesso à informação que facilitem o escrutínio público, sem
prejuízo da defesa eficaz do interesse nacional”.
O relatório da TI
aponta também “a falta de supervisão às exportações de armamento e
poucos indícios de um planeamento estratégico na contratação de
equipamentos, o que abre a porta à tomada de decisões arbitrárias e a
múltiplos riscos de corrupção”.
“Os problemas na compra de
equipamentos militares, nos últimos anos, mostram como a prevenção de
riscos de corrupção e as garantias básicas de transparência
institucional, para o Ministério da Defesa e para as Forças Armadas
portuguesas, não têm sido prioritárias. Isso tem um efeito tóxico na
confiança pública, nas relações com os parceiros estratégicos e na
imagem de Portugal”, refere ainda Luís Bernardo.
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