Juventude do Partido da Renovação Social (PRS) da Guiné-Bissau com o Presidente do Partido Social Democrata (PSD) de Portugal, Senhor Dr. Pedro Passos Coelho no ato do enceramento do 24 Congresso do Juventude Social Democrata (JSD) realizado entre os dias 29, 30 de Abril e 01 de Maio do ano em Curso em Batalha, Distrito da Leiria, Centro de Portugal. A Juventude do PRS da G.B. foi convidado no quadro dos laços de amizade e de parcerias existentes entre duas organizações partidárias a participar desse Congresso como observador internacional e fez-se representar por uma delegação composta de quatro (04) pessoas nomeadamente: Lucas Na Sanhá, Augusto Menjur, Hotna Cufuk Na Dohá eFatumata Rachid. Foi uma oportunidade para as duas organizações se acertarem as estratégias de cooperação em ações concretas a implementar em Portugal e na Guiné-Bissau para o benefício mútuo.
O Presidente da JSD a saudar os delegados e todos congressistas presentes.
«OPINIÃO» "27 DATA DI NDAU UKA TORNAN PAIGC e PRS" - SAMUEL ADELINO IÉ
SAMUEL ADELINO IÉ
O passado dia 27 de Abril transformou numa espécie de brincadeira de "ndau uka tornan" o país viveu uma serie de telenovelas de comunicados e contra comunicados entre as duas maiores formações políticas do país, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e o Partido da Renovação Social, (PRS). Como na era de "ndau uka tornan" lembrando a infância dos respetivos dirigentes destas duas formações políticas e com as suas lideranças.
Essas atitudes antidemocráticas, de forma irracional e irresponsável, nunca ajudarão seus praticantes e quanto mais o povo guineense. Num estado de direito democrático o povo é que ordena e os democráticos são aqueles que sempre sabem colocar os interesses da nação em cima dos seus interesses, os democráticos são aqueles que sabem respeitar a vontade do povo.
Caros cidadãos guineenses residentes e não residentes na Guiné-Bissau, as atitudes das duas formações políticas a cima referidas, estão muito longe de cumprir com os princípios consagrados na nossa carta magna, a constituição da república nos seus artigos: artigo 5º ponto 1, alínea a e b; artigo 10º; artigo 11º ponto 2; artigo 15º; artigo 16º ponto 1 e 2; artigo 17º e de mais outros artigos que estão garantidos nesse importante documento do nosso país.
A Guiné-Bissau passou quase a sua infância e a juventude nos mesquinhos e sofrimentos, começando com o famoso 14 de novembro de 1980. Desde esse período para cá o povo guineense nunca conheceu alegria, aliás se tiver um dia, significa anos de tristeza. Ontem eram os colonizadores portugueses que faziam os guineenses de escravos, mas hoje são os guineenses que estão a fazer guineenses a sofrer! Dalí vem os seguintes questionários:
Será que vale apena dar a vida contra os colonizadores para libertar o nosso país?
Faz sentido perder algumas partes do corpo para se libertar do jugo colonial? Será que aqueles que deram suas vidas mesmo não sendo vivos são reconhecidos de verdade?
Será que o reconhecimento que está na constituição da república no seu artigo 5º ponto 2 alíneas a, para os combatentes, viúvas, órfãos e familiares dos falecidos combatentes são cumpridas?
Irmãos guineenses a política do PAIGC e do PRS são iguais nada se distinguem, porque são descentes do PAIGC que formaram o PRS, por isso não podemos permitir que essas duas forças políticas a continuar a nos enganar. Os comunicados dos ambos partidos que passaram nas empresas nacionais e nos blogs nessa data não passam de uma tentativa de caluniar um ao outro com o objetivo de confundir o povo, para melhor continuar suas políticas "maquiavélica" como foi citado num dos comunicados do Partido da Renovação Social.
Todos nós ouvimos na integra as barbaridades dos comunicados dos dois partidos, tudo na tentativo de buscar a razão, nesses comunicados muitas coisas foram ditas que ao meu entender, não tem nenhuma importância porque existem locais apropriados para tais assunto.
Como cidadão, gostaria de saber dos autores desses comunicados que importância tem esses comunicados?
Será que é isso que o povo quer ouvir?
É essas barbaridades que o povo votou?
No comunicado do Partido da Renovação Social vimos palavras incendiarias como podem ver, “Não foi no governo do PAIGC que figuras públicas como Helder Proença, Baciro Dabó, Sambá Djaló, Roberto Cacheu, Iaia Dabó foram humilhados e barbaramente assassinados por agentes ao seu serviço? Quem não se lembra, deste senhor ter questionado, o então comandante do batalhão do Palácio da República, António Indjai, sobre a presença e a possibilidade da remoção dos balantas nesse destacamento militar? Quem não se lembra, ainda, deste senhor ter afirmado que se devia juntar os balantas num contentor e deitá-los ao mar"
De novo pergunto ao PRS que beneficio essas palavras podem trazer para o partido e o povo?
Será que essas palavras não são formas de criar guerras tribais?
Já pensaram nas consequências que essas expressões podem trazer?
No comunicado do PAIGC, com menos palavras dessa natureza, mas com uma atitude infeliz e grosseira na tentativa de mostrar que conhecem mais as regras gramaticais e com uma postura do professor do português dizendo o seguinte, “Tratou-se de mais uma declaração à altura e imagem de quem a escreve (o Senhor porta-voz), tanto no conteúdo inócuo e despropositado, como pela acumulação de erros de escrita que dificultam a compreensão do que se pretende de facto transmitir, mas que lamentavelmente colhe a aceitação da direção de um partido com a história e responsabilidades do PRS".
Com essa atitude de professor da língua portuguesa, gostaria de saber que importância tem essas frases?
Como bom professor que são o melhor não seria resolver a situação da greve na educação e a saúde?
Já pensaram nas vidas perdidas por falta do atendimento nos hospitais?
Nos últimos tempos os jovens são utilizados nas campanhas difamatórias.
Essas campanhas que nunca ajudou e nunca ajudará a esses mandantes e quanto mais aos jovens, como jovem que sou que deseja um bom futuro para a minha camada e consequentemente para o país, sinto me triste, com esses comportamentos de esses jovens. Por isso faço seguintes perguntas:
Nas respectivas campanhas, será que participam filhos dos mandatários?
Os seus filhos estão a estudar na Guiné-Bissau?
Se lá estão é na escola pública?
No entanto não posso terminar sem abordar uma questão que a meu entender é de suma importância, tomei conhecimento através das redes sociais e dos blogs de que o antigo presidente da República Popular Federativa da Nigéria está ou estará no caminho a Guiné-Bissau para mais uma vez a procura de consenso da atual crise política, social e cultural que o país vive, porque os "ditos políticos" não são capazes e não tem a noção de diálogo! De novo vem os seguintes questionários:
Os senhores OLUSENGUN OBASANJO já resolveu o problema dos extremistas BOUKO-HARAM no seu país?
Quantas vidas foram ceifadas pelo grupo na Nigéria?
Já terminou os ataques as escolas da Nigéria?
Já terminaram as guerras étnicas na Nigéria?
Gostaria de fechar as minhas reflexões com duas citações dos nossos grandes músicos que são verdadeiros combatentes do século XXI, " SI FIDJU DI BU VIZINHO TULO GOZAL PABIA SI DI BO TULO É NA GOZAL”, (PRINCIPE DE MUNDO GRUPO DE MINJDER). A outra é " Diserto de Saara e purbulema de África ma e ka dis nós Assim tambe ki no purbulema e purbulema de África ma ika di ninguim Branco ika no ermon nim na terra talvez na céu pa kila no tira fiança no reslvi no purbulema ku tudo amor e tolerância", (NAÓÓKAWYNIN, REEPER GUINEENSE). Também " Os deputados depois das eleições tornam-se ingratos como as mulheres com pensos higiênicos",( NAÓÓKAWYNIN, RAEPER GUINEENSE).
Viva ya paz!
Viva ya escola!
Viva ya saúde!
Viva ya dinhero!
Viva ya amor!
Viva ya harmonia!
Viva ya bianda!
Viva ya tudo!
Que Deus abençoe a Guiné-Bissau e o seu povo!
Cidadão atento Ié Samuel Adelino.
(samueladelinodju@gmail.com), estudante de Bacharelado em Humanidades na Universidade da Integração Internacional Afro-Brasileiro
Ceará, Brasil 29/04/2016
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Samuel