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sábado, 23 de setembro de 2017

Brasil: É um novo golpe?

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Fonte de informações: 

Pravda.ru

 
É um novo golpe?. 27356.jpeg

É um novo golpe?

Em 1950, quando se começou a falar na candidatura de Getúlio Vargas à Presidência, Carlos Lacerda fez uma frase que ficou famosa: "Ele não pode ser candidato; se for, não pode ganhar; se ganhar, não pode assumir; se assumir precisa ser derrubado".
Getúlio concorreu, ganhou e assumiu, mas quatro depois foi derrubado por um golpe que teve Carlos Lacerda como o principal mentor, com apoio da Aeronáutica, da Marinha, parte do Exército e da mídia, na época através de O Globo, da Tribuna da Imprensa e de um novo veículo, chamado televisão, no caso da TV Tupi, dos Diários e Emissoras Associados.
Em 1964, a experiência foi repetida com a deposição de João Goulart, dessa vez conjugando, além das Forças Armadas, os setores mais reacionários da Igreja Católica.
Mais de 60 anos depois de Getúlio, a história parece se repetir: Lula não pode ser candidato; se for, não pode ganhar; se ganhar não pode assumir, se assumir precisa ser derrubado.
Contra Lula, a justificativa foi a mesma usada contra Getúlio, quando se dizia que "corria um mar de lama nos porões do Catete". Hoje as mordomias que Lula teria ganho de empresários, servem de justificativa, ainda que não tenha surgido nenhuma prova que comprovasse as acusações.
Nessa nova era tecnológica não são precisas provas nos tribunais, bastam as convicções dos julgadores.
A grande diferença entre hoje e os feitos de 54 e 64, é que o principal agente do impedimento de um candidato com chances de ganhar uma eleição, caso de Lula é o Judiciário e não mais as Forças Armadas, como aconteceu quando da destituição de presidentes eleitos em 54 e 64...
O que cresceu durante esse tempo foi a força da mídia, hoje condição absolutamente imprescindível para dar uma roupagem moral e ética para os atos arbitrários do tribunal político de Curitiba.
Nessa semana, o quadro se tornou ainda mais crítico com a entrada em cena do poder militar, que os anos dessa democracia relativa em que vivemos, parecia ter afastado do jogo político.
Tudo começou com a palestra do general  Antônio Hamilton Mourão  ex-comandante dos exércitos do Sul, numa loja maçônica de Brasilia, levantando a possibilidade de uma intervenção do Exército, se o Judiciário falhar em punir os corruptos e se agravou bastante com a negativa do Comandante do exército, general  Eduardo Vilas Boas de punir o seu subalterno pelas declarações golpistas que deu e mais ainda, ao afirmar que "Constituição concede às Forças Armadas um mandato para intervir se houver no país "a iminência de um caos.".
Em qualquer outro contexto, a frase poderia ter razão de ser, porque cabe as Forças Armadas garantir a paz interna do País, mas no momento em que foi dita surge como uma ameaça, ainda mais que fala em "eminência de um caos", situação extremamente subjetiva.
Tudo isso acontece numa semana em que as pesquisas sobre o comportamento eleitoral mostra que cresce a preferência dos eleitores pela volta de Lula à Presidência, basicamente porque as pessoas dizem que viviam melhor naquela época.
É exatamente isso que os golpistas que derrubaram Dilma não querem e para isso contam com o Poder Judiciário, a pressão da mídia e agora, parece que também com o poder militar.

Marino Boeira é jornalista, formado em História pela UFRGS

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Samuel

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