O exército zimbabueano tomou o poder supostamente contra criminosos próximos do presidente. Robert Mugabe teria confirmado por telefone ao seu homólogo sul-aficano Jacob Zuma que estaria retido em casa. A comunidade internacional apela a uma solução política da crise.
A situação continuava confusa em Harare onde o exército descarta estar em curso um golpe de Estado.
Não obstante os militares terem assumido o controlo da rádio e da televisão e bloqueado os acessos aos principais ministérios, parlamento e tribunais no centro de Harare.
Estes confirmam que o chefe de Estado e a família estão sãos e salvos.
A agitação no seio do exército poderia visar impedir que Grace Mugabe, a esposa do presidente actual, lhe venha a suceder.
Robert Mugabe acabara por demitir a 6 de Novembro o seu vice-presidente Emmerson Mnangagwa acusado de "deslealdade", ele que era também tido como seu sucessor presumível.
Sem Mnangagwa na corrida o caminho estaria aberto para Grace Mugabe de apenas 52 anos.
O chefe do exército, general Constantino Chiwenga, avisara na segunda-feira que o exército não hesitaria em intervir para "proteger a revolução".
Numa alocução televisiva o general SB Moyo, chefe de Estado maior logístico, declarou que a operação militar visava "só criminosos próximos (do presidente) que cometem crimes que estão na base de sofrimentos económicos e sociais no país, visando remetê-los à justiça".
"Assim que tivermos cumprido a nossa missão, julgamos que a situação voltará à normalidade", acrescentou ele.
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Samuel