Segundo o Governo, "um dos cérebros" dos ataques à Embaixada de França e à sede militar do país já foi ouvido pela Justiça. Grupo ligado à Al-Qaeda assumiu a autoria do atentados.
O Governo do Burkina Faso confirmou, este domingo (04.03), que deteve um dos principais suspeitos dos ataques que deixaram pelo menos 16 mortos na última sexta-feira na capital do país.
De acordo fonte governamental ouvida pela agência de notícias AFP, o detido poderia ser "um dos cérebros" por trás dos ataques na zona diplomática de Ouagadougou. O suspeito foi preso horas após os ataques, na sexta-feira, à Embaixada de França e ao quartel-general das Forças Armadas do país.
Ainda segundo esta fonte, há "fortes suspeitas" de que pessoas "infiltradas no Exército" haviam repassado informações ao Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM), que reivindicou a ação, dizendo ser uma represália por uma operação das tropas francesas realizada em fevereiro no Mali. O GSIM é formado por jihadistas do Sahel com ligações à Al-Qaeda.
O mais recente balanço do duplo ataque dá conta da morte de sete membros das forças de segurança do Burkina Faso e nove atacantes, além de pelo menos 80 feridos, entre civis e militares.
O Governo do Burina Faso disse que o ataque à sede militar foi realizado com um carro-bomba e que uma reunião regional contra o terrorismo pode ter sido o alvo pretendido. Ao visitar o local no sábado, o primeiro-ministro Paul Kaba Thieba disse que viu "cenas apocalípticas" e condenou "com a maior severidade esse ataque terrorista, covarde, que ataca nosso país, mais uma vez, que semeia a morte, destruição desnecessária".
"Situação calma"
Em Ouagadougou, a situação permanece calma, apesar de três pessoas terem tentado, sem sucesso, forçar uma barragem das forças de segurança numa zona próxima da Presidência do país, nos arredores da capital, na madrugada deste domingo, informou a AFP.
Dois indivíduos conseguiram fugir, mas o terceiro foi detido e abatido a tiro depois de, segundo a fonte governamental, ter tentado fugir com a arma de uma dos agentes de segurança.
fonte: DW África
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Samuel