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sexta-feira, 4 de maio de 2018

Morte do líder da Renamo Afonso Dhlakama.

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O líder da Renamo, Afonso DhlakamaGIANLUIGI GUERCIA / AFP
Afonso Dhlakama, líder da Renamo, morreu hoje aos 65 anos de idade. Figura incontornável da vida política moçambicana, ele partiu numa altura em que se estava a ultimar o diálogo para a reconciliação definitiva no país. Figura controversa, era visto por uns como o "Mandela moçambicano" e por outros como um "senhor da guerra".




Afonso Dhlakama sofria de problemas de saúde, nomeadamente insuficiências renais, que terão sido um das causas principais da sua morte. De acordo com o que a RFI pôde apurar, o líder da Renamo faleceu esta manhã, antes mesmo de ter a possibilidade de ser transportado das matas da Gorongosa, onde vivia há anos, para uma unidade hospitalar. Eis o relato de Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Maputo
Renamo.
Durante esse período, rapidamente a situação política moçambicana resvalou para a guerra civil, um conflito que durou 16 anos, até 1992, altura em que Afonso Dhlakama assinou juntamente com o então Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, o Acordo Geral de Paz.
Encaminhou-se então o período de reconstrução do país e também a caminhada para eleições multipartidárias. Afonso Dhlakama concorreu às presidenciais de 1994. Obteve pouco mais de 33% dos votos face a Chissano. Em 1999, repetiu-se esse mesmo cenário, só que desta vez a Renamo não reconheceu a vitória da Frelimo e registaram-se violentas manifestações.
Nos anos seguintes, outras derrotas eleitorais vieram azedar progressivamente o clima político no pais até chegar ao ponto culminante, quando o quartel-geral de Afonso Dhlakama foi atacado em Outubro de 2013, o que o obrigou a refugiar-se em parte incerta, nas matas da Gorongosa.
Saiu de lá muito brevemente em 2015, após a assinatura de entendimento em 2014 com o Presidente da época, Armando Guebuza, antes de lá regressar novamente quando se deu um novo ataque contra a sua residência.
Durante esse período, o país regressou à instabilidade com diversos ataques essencialmente no centro do país. Depois de anos de infrutíferos encontros, o seu movimento e o governo tinham começado novamente a dialogar há alguns meses. Tanto Dhlakama como o Presidente Nyusi davam conta de progressos em prol da paz.
Entre as numerosas reacções que têm estado a afluir depois de morte do chefe do principal partido de oposição de Moçambique, Daviz Simango, presidente do MDM -terceira força política do país- e antigo membro da Renamo, considera que Moçambique perdeu um líder que lutou pela implantação da democracia em Moçambique.
Daviz Simango, líder do MDM, antigo membro da Renamo
Refira-se que a nível externo, o Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa também expressou pesar pelo sucedido, tendo apresentado "as suas condolências à família" bem como ao seu homólogo moçambicano.
fonte: RFI

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Samuel

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