O governo autoriza, partir desta quinta-feira (03), os camponeses a venderem as suas castanhas de Caju a qualquer preço desde que haja o consenso com os comerciantes, mesmo que não seja na base em 1.000 francos cfa - preço fixado pelo Presidente da República
O consenso dos intervenientes do sector de Caju da Guiné-Bissau para compra da castanha de Caju foi conseguido, esta quinta-feira (03 de maio), na sequência das negociações realizadas durante a semana entre os intervenientes e o governo guineense.
Depois do encontro de hoje (03), que decorreu no palácio do governo, o titular pela pasta do comércio, Vicente Fernandes, confirmou que o consenso conseguido pretende respeitar o preço anunciado pelo presidente dando o seu “significado correcto” que é um preço indicativo “uma mera referência” e “não é obrigatório”.
“A partir de hoje o povo guineense pode começar a tirar a sua castanha onde está armazenada para venderem e fazerem face as dificuldades que enfrentam. As barreiras não tarifárias devem ser eliminadas e cada agricultor pode vender as suas castanhas no preço que achar justo. Não temos tempo a perder porque estamos quase na época das chuvas”, declara.
Segundo o ministro do comércio se o país continuar nestas situações será uma “grave crise” financeira no país sendo que a castanha de Caju é uma relíquia, ouro e petróleo da Guiné-Bissau.
Vicente diz que os guineenses devem deixar o preço evoluir de acordo com a evolução da campanha.
“Devemos deixar o mercado fixar o seu próprio preço”, sustenta.
Mamadu Iero Djamanca, Presidente de Associação Nacional dos Importadores se Exportadores da Guiné-Bissau, também concorda que a reunião conseguiu desbloquear “toda” a situação de campanha de comercialização da castanha de Caju.
Entretanto, ouvidos pela Rádio Sol Mansi os agricultores – também presentes na reunião – dizem estar de acordo com o consenso alcançado entre as partes durante o encontro.
Recentemente o presidente da república voltou a pedir os agricultures para não venderem as suas castanhas menos de 1.000 francos fca.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Siga/radiosolmansi com Conosaba do Porto
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