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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

75 anos depois da libertação de Auschwitz, a importância de não esquecer o Holocausto.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

O dia 27 de janeiro marca os 75 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz. Uma pesquisa encomendada pela DW mostra se os alemães querem manter viva a memória dos horrores do nacional-socialismo.
Polen Gedenken l Das Konzentrationslager Auschwitz, 75. Jahrestag der Befreiung (DW/N. Batalov)
Auschwitz: A importância de não esquecer a era nazista


Exército Vermelho da antiga União Soviética libertou os poucos sobreviventes do campo de concentração de Auschwitz no dia 27 de janeiro de 1945. Mais de um milhão de pessoas foram assassinadas no local - principalmente judeus estavam entre as vítimas.
Por iniciativa do Presidente da Alemanha, Roman Herzon, desde 1996 o dia 27 de janeiro tornou-se na Alemanha uma data para lembrar e homenagear as vítimas do nazismo. Em 2005, as Nações Unidas seguiram o exemplo e declararam o dia 27 de janeiro como o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto.
Nos últimos anos, o antissemitismo ressurgiu na Alemanha. A violência antissemita está a aumentar e, cada vez mais, judeus que vivem na Alemanha são vítimas de algum tipo de agressão nas ruas. O último episódio que intensificou o alerta das autoridades foi o ataque em Halle - cidade  localizada no Estado da Saxônia-Anhalt, no leste da Alemanha - em 9 de outubro de 2019.
Ouvir o áudio03:06

75 da libertação de Auschwitz: a importância de não esquecer

Um homem de 27 anos, usando uniforme de combate, máscara e capacete e portando várias armas, lançou um explosivo sobre o muro de um cemitério judaico e tentou entrar numa sinagoga nas proximidades. Ele não conseguiu passar pela porta, que estava trancada. Naquele momento, 51 pessoas rezavam no local.
Sem conseguir ingressar na sinagoga, o homem disparou contra as pessoas na rua, transmitindo a ação em direto via internet. O episódio ocorreu em pleno Yom Kippur - o feriado religioso mais importante do calendário judaico.
Duas pessoas foram mortas, e o atirador confessou num depoimento no Tribunal Constitucional da Alemanha em Karlsruhe que o crime teve motivação antissemita e seu objetivo era cometer um massacre na sinagoga.
A importância da lembrança
O quão importante é lembrar o Holocausto nos dias de hoje na Alemanha? A DW encomendou uma pesquisa ao instituto Dimap para saber a opinião dos cidadãos. Foram realizadas 1.018 entrevistas telefônicas para uma amostra representativa. Como resume o pesquisador Roberto Heinrich, os resultados são "em grande parte tranquilizadores".
Meinungsforscher Roberto Heinrich (Andreas Grzesiak)
Roberto Heinrich trabalhou na pesquisa do Dimap
Em resposta à pergunta "quando você pensa no nacional-socialismo, diria que é muito lembrado, lembrado em circunstâncias apropriadas ou que os crimes do nacional-socialismo são muito pouco lembrados", mais da metade das pessoas disse que o alcance do que é chamada "cultura da lembrança" é apropriado. Um em cada quatro alemães acha que esse passado é bastante lembrado, enquanto um em cada seis, por outro lado, considera que os crimes do nacional-socialismo são muito pouco recordados na Alemanha.
"Recentemente alguém disse: 'Quase 75 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, não devemos mais nos preocupar tanto com o período do nacional-socialismo, mas dar um ponto-final nesta questão'." Você diria: "Esse raciocínio está certo ou não?" - esta era a segunda pergunta da pesquisa. Uma nítida maioria, 60% dos entrevistados, respondeu que era contra dar a questão como finalizada. Em contraste, 37% dos entrevistados são favoráveis a deixar para trás a era do nazismo.
Após a cultura da lembrança e o debate final, um terceiro grupo de perguntas tratou do debate sobre o nacional-socialismo. Cada três entre quatro entrevistados crê que uma visita a um memorial num antigo campo de concentração, como Auschwitz ou Buchenwald deveria fazer parte do currículo escolar.
Até 61% apoiam um exame do papel da sua própria família durante o período do nacional-socialismo. Uma ligeira maioria [55%], por outro lado, não considera necessário fornecer aos requerentes de asilo político informações obrigatórias sobre os crimes do nacional-socialismo.
Assistir ao vídeo03:07

75 anos: As memórias trágicas de Auschwitz

A vontade de lembrar
"'A educação ajuda', foi a primeira reação de um colega meu quando viu os resultados parciais do estudo", disse Heinrich. Isto é particularmente significativo nesse debate final.
Enquanto apenas uma em cada cinco pessoas com diploma do ensino médio e diploma de ingresso para estudos nas universidades de ciências aplicadas (21%) é a favor de um ponto-final nas questões em torno do nacional-socialismo, mais da metade das pessoas com diploma de ensino médio ou fundamental (56%) exige esse ponto-final.
"Em geral, há uma clara maioria que diz que devemos continuar a discutir o tema do nacional-socialismo", conclui Heinrich.
A mudança da atmosfera política e social na Alemanha nos últimos anos é demonstrada quando se compara o resultado dessa pesquisa com o de pesquisas semelhantes realizadas entre 2018 e 2019 [como a Memo Deutschland - Multidimensionaler Erinnerungsmotor]. Enquanto há dois anos apenas 26% era a favor de não se dar mais importância às questões referentes ao nazismo, esse número subiu para 33% no ano passado. Na pesquisa atual encomendada pela DW ao Dimap o número subiu mais quatro pontos percentuais.
 (DW/M. Oliveto)

AUSCHWITZ: 75 ANOS APÓS A LIBERTAÇÃO

A escolha marcada pelo ódio

Era assim que morriam os que chegavam. Ainda nos trilhos, o infame médico Josef Mengele apontava para as pessoas. Mandava para a esquerda aqueles que iriam trabalhar nos campos de concentração; e para a direita, aqueles que não estavam aptos a trabalhar, e eram, por isso, levados imediatamente para as câmaras de gás.

fonte: DW África


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Samuel

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