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domingo, 19 de fevereiro de 2023

NOVA REPRESSÃO DA MANIFESTAÇÃO DO FNDC NA GUINÉCONACRI: Mamady Doumbouya tece algodão ruim.

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Dissolvida pela junta militar no poder na Guiné, a Frente Nacional de Defesa da Constituição (FNDC) não admite derrota. Tanto que, apesar do embasamento a que estão sujeitos alguns de seus dirigentes, recusa-se a ceder; convencido de que só a luta liberta. Por isso, e não obstante o contexto hostil e desfavorável, convocou os seus militantes e simpatizantes a saírem às ruas no dia 16 de fevereiro para denunciar a gestão da Transição pelos militares. Exige, entre outras coisas, a libertação de "todos os reféns" incluindo o coordenador do movimento, os presos políticos e os presos de consciência, o levantamento imediato da proibição de manifestações, o respeito pelas liberdades fundamentais e o estabelecimento de um quadro de diálogo no âmbito do égide da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). Como seria de esperar, em vez de ouvirem atentamente os manifestantes, as autoridades guineenses preferiram lançar artilharia pesada, provocando assim, em alguns locais, cenas de violência. Porque, impedidos de se reagruparem, os jovens manifestantes ergueram barricadas em determinados bairros e não deixaram de lançar mão de projéteis para provocar a polícia, constituída ocasionalmente por polícias, gendarmes e soldados. Em todo o caso, se acreditarmos em alguns testemunhos, Conacri, face ao impressionante sistema de segurança implantado na ocasião, parecia uma cidade sitiada. O inquilino do palácio Sékhoutoureya se beneficiaria ao descer de seu pedestal Aliás, nada há de surpreendente nisso, sobretudo quando sabemos que estamos num regime de exceção onde a liberdade de manifestação só é reconhecida na medida em que nada contraria a vontade do golpista em chefe. Alérgicos ao protesto, e como que a prepararem-se para qualquer eventualidade, as autoridades militares guineenses têm feito do terror um modo de governar, colocando assim uma verdadeira carta de chumbo sobre os actores políticos e a sociedade civil que não aprovam a forma como o transição é realizada. Mas eles esquecem de bom grado que os tempos mudaram tanto que o cassetete e o gatilho não podem mais vencer um povo firme e determinado. É por isso que o morador do palácio Sékhoutoureya se beneficiaria em descer de seu pedestal abrindo um diálogo franco e sincero para trocar com todos os atores sobre os assuntos que dizem respeito à vida da Nação. É a este preço e só a este preço que poderá fazer da transição em curso um rio calmo, para possibilitar a realização de profundas reformas políticas e institucionais capazes de fazer da Guiné um Estado democrático de direito. Caso contrário, qualquer outra opção será perigosa e só aumentará a situação já explosiva. Mamady Doumbouya será capaz de corrigir a situação enquanto é tempo? Estamos esperando para ver. Mas o erro seria acreditar que, como bom soldado, tudo pode ser obtido pela força. Se for esse o caso, podemos dizer, sem risco de erro, que ele está fiando algodão ruim. fonte:

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Samuel

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