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quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

LIGAÇÃO ENTRE NIAMEY E MOSCOVO NO ANTECEDENTES DE REJEITAÇÃO DA UE: A chegada de Wagner na mira?

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Depois da França, cujas tropas foram convidadas a completar a retirada do Níger até ao final de 2023, a União Europeia (UE) foi notificada, em 4 de dezembro, do fim da sua parceria militar com o país do Presidente Mohamed Bazoum. O chefe de Estado deposto foi deposto por um golpe militar liderado pelos seus guarda-costas em 26 de julho em Niamey. Colocando palavras em acção, as novas autoridades do Níger deram à força europeia seis meses para deixar o país. Moscovo está a tecer a sua teia na África Ocidental Durante este período, estenderam o tapete vermelho à Rússia, cuja delegação liderada pelo Vice-Ministro da Defesa, Yunus Bek Yevkurov, foi recebida no mesmo dia pelo novo homem forte do Níger, General Abdourahamane Tchiani. O mínimo que podemos dizer é que, pouco a pouco, Moscovo está a tecer a sua teia na África Ocidental onde, depois do Mali e do Burkina Faso, o Níger optou por reforçar a sua cooperação militar com a Rússia. E isto em detrimento da UE que foi expulsa. Uma aproximação entre Niamey e Moscovo que está longe de ser uma surpresa. Especialmente porque, aprendendo com o apoio inabalável que o Mali e o Burkina demonstraram nos seus reveses com a CEDEAO após o golpe de Estado contra Mohamed Bazoum, tudo sugere que a junta no poder em Niamey foi além do adágio segundo o qual “o amigo de meu amigo é meu amigo”, para fazer também o seu, o ditado que diz que “o inimigo do meu amigo é meu inimigo”. É portanto claro que o General Tchiani está a seguir perfeitamente os passos do Coronel Assimi Goïta do Mali e do Capitão Ibrahim Traoré do Burkina que, antes dele, escolheram virar as costas aos parceiros ocidentais tradicionais como a França e a UE, para favorecer o eixo de Moscovo na a luta contra o terrorismo. Isto significa que a UE tem algum trabalho a fazer. Principalmente a França, que está a perder terreno no que já foi considerado a sua espinha dorsal na África Ocidental. Especialmente porque, ao ganhar uma posição no Sahel, o Urso Russo parece motivado pelo desejo de estender a sua influência tanto quanto possível numa sub-região vítima da hidra terrorista. Isto mostra que a expulsão da França do Níger ontem, e da UE hoje, é a consequência da reaproximação de Niamey com Moscovo. E isto pode ser ainda mais augural para a chegada de Wagner ao Níger, já que o vice-ministro da Defesa russo, que estendeu o tapete vermelho no palácio presidencial em Niamey, é também o novo chefe do infame grupo paramilitar russo. Ele substituiu o não menos famoso fundador do grupo, Evgueni Prigojine, que morreu cerca de três meses antes num acidente de avião, em condições que ainda hoje levantam muitas questões. E nada diz que ao vir assinar o documento para reforçar a cooperação militar com o Níger, o alto oficial russo não veio limpar o terreno às suas tropas, sabendo da aversão dos ocidentais em colaborar com o famoso grupo paramilitar cujos métodos e práticas praticam. não perca a oportunidade de denunciar. Ainda assim, se Wagner viesse ao Níger, não seria sem compensação. O que também levanta questões sobre o papel que poderia ser o seu papel, num contexto de relações bastante tensas com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e os seus parceiros ocidentais, e onde a transição do Níger também tem necessidade de proteger as suas costas. Em todo o caso, com esta nova parceria estabelecida no país de Ténéré, é Moscovo que reforça a sua presença no Sahel, num momento em que a União Europeia não está longe de sofrer ali uma negativa contundente. Cabe à UE e à França mudarem de tom nas suas relações com os países africanos atingidos pelo terrorismo E nada diz que os exemplos do Mali, do Burkina Faso e do Níger não se espalharão numa sub-região onde muitos países confrontados com o desafio da segurança mostram cada vez mais receptividade à antífona da diversificação dos parceiros. Cabe, portanto, à UE e à França mudarem a sua abordagem nas suas relações com os países africanos atingidos pelo terrorismo, num contexto em que tudo o que conta, aos olhos das populações que sofrem o martírio destes cobardes e bárbaros, são os resultados em a luta contra a besta imunda. E na procura de novos aliados, é quem oferecerá as melhores garantias de colaboração aos olhos dos africanos. É um jogo de interesses e África também parece estar a aprender a lição num mundo bipolar. fonte: lepays.bf

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Samuel

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