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segunda-feira, 2 de maio de 2011

"Bin Laden seria muito mais útil vivo do que morto", diz especialista.

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Paquistaneses se reúnem em manifestação a favor de Bin Laden.



A morte do terrorista mais procurado pelos Estados Unidos, Osama Bin Laden, ocorrida no último domingo, gerou reações diversas ao redor do mundo. Para o Sheilkh Jihad Hassan Hammadeh, presidente do Conselho de Ética da UNI (União Islâmica), o terrorista teria sido muito mais útil vivo do que morto, e deveria ter tido a oportunidade de se defender em um julgamento.

Em entrevista ao Eband, Hammadeh esclareceu essa e outras questões relacionadas à morte do mandante dos ataques de 11 de setembro:


Em entrevista ao Eband, Hammadeh esclareceu essa e outras questões relacionadas à morte do mandante dos ataques de 11 de setembro:

- Como o Islã vê a forma com que o corpo de Bin Laden foi tratado, tendo sido jogado ao mar?

Foi de forma desrespeitosa porque quebrou todos os rituais islâmicos permitidos. Enterrar o corpo é a parte principal do funeral islâmico e isso independe do que o indivíduo fez em vida. Houve uma quebra no ritual e à dignidade humana.

- Como está sendo a repercussão da morte dele no mundo islâmico?
Está todo mundo um pouco cético, desconfiado.  Parece que as pessoas não estão confiando muito nas informações que são passadas pelo governo americano.  Isso acontece por causa do histórico americano de divulgação das informações.

Falaram, por exemplo, de armas químicas no Iraque e, no final,  não encontraram. Sabe-se que sempre que a popularidade do presidente está baixa, aparece o Bin Laden para elevar. A popularidade do Obama estava em cerca de 40% e com isso subiu para 76.

- De que forma o Islã avalia a postura dos EUA em relação aos países árabes e islâmicos?
De interesse e de subjugar. Os EUA têm um olhar imperialista para os países islâmicos, de controle. Então cria-se uma islamofobia, que é uma forma de subjugar o povo islâmico. O que conta é sempre o interesse americano pelos bens naturais: pode ser petróleo, água potável, e por aí vai...

- O senhor viu alguma mudança dos EUA em relação ao tratamento ao Islã nos governos do Bush e Barack Obama?
Os EUA continuam no Iraque, continuam no Afeganistão. O que mudou é o discurso. O Obama diz que não tem nada contra os islâmicos e o Bush não falava nada. As palavras é que mudaram, a forma de falar. Mas o comportamento, na prática, é o mesmo.

- Como a União Islâmica vê as revoluções árabes que têm acontecido desde o começo do ano? Elas são legítimas?
É o povo que tá se manifestando e percebe-se que não há uma visão religiosa da coisa envolvida. É um movimento popular mesmo, é necessidade, é opressão do governo. O povo está lá apoiados pelos EUA e pela Europa eles passaram por um estado de exceção por muitos anos.

Então chega um ponto em que a panela de pressão não aguenta acaba explodindo. Na realidade, se o povo quer isso, nós vemos com bons olhos. O povo está reivindicando seus direitos e, já que o governo é o protetor, ele tem que zelar pelos interesses dele.

- Então nesse caso o apoio militar dos EUA e de alguns países europeus seria aceitável?

Não, porque os EUA não estão agindo em prol do povo. Afinal quem colocou essas pessoas lá foram eles, com o apoio deles. Mas como mudou o interesse, agora eles estão contra. Aconteceu isso com o Saadam Hussein, com o Mubarack, aconteceu isso com todos.

Mudou o interesse dos EUA, então muda-se a política para com os governos. Eles não estão fazendo isso por causa dos belos olhos azuis no povo. Se eles não tivessem interesse, eles não apoiariam.

- E o que podemos esperar agora da relação entre o Islã e os Estados Unidos? A morte do Bin Laden vai resolver as coisas ou somente criar um abismo ainda maior?
O que acontece é que o comportamento dos EUA que está prejudicando eles mesmos. É a presença truculenta dos EUA nos países islâmicos e árabes que está fazendo as pessoas ficarem contra eles, mas não a morte do Bin Laden.

Nem todos os muçulmanos gostavam do Bin Laden, e ele não representava uma liderança para a maioria deles. Porém a presença, a conduta e o comportamento dos EUA são os grandes carros- chefes que estão levando as pessoas a os odiarem.

- Tem mais alguma coisa que o senhor gostaria de acrescentar a respeito dessa questão?
Eu só queria saber por que eles não prenderam o Bin Laden. Ele seria muito mais útil vivo do que morto. Quer dizer, preferiram matá-lo a trazê-lo vivo e descobrirem informações, saber quem são as pessoas que estão por trás dele.

Essas coisas me geram muita desconfiança. Ou então deviam ter dado a condição dele se defender em um julgamento. O executaram sem julgá-lo.   


fonte: band.com.br

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Samuel

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