NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Quer queiramos quer não, um marca passo na
curta distância que nos separa da meta, tem mantido incerto qualquer tentativa
de ganhar ritmo estruturante, para um denominador comum pretendido, a partir de
um único alicerce (interesse nacional) para unirmos forças para um objectivo
comum de alcançarmos a Paz e prosperidade para o nosso País.
Neste momento temos um ritmo mais parecido ao “Jaz”
do que ao nosso Gumbe-dynóz. Esta versão actual (importada) do ritmo
emprestado, ainda está confuso para muitas cabeças recem iniciadas no
pensamento complexo (sem ofensa), porque é demasiado exigente para sua
concentração/adaptação exigida num tempo curto e certo, este compasso e ritmo de
andamento do processo de resolução da crise também ele, do ritmo destas
decisões num pára arranca, tornando tudo ainda mais difícil, é a dificuldade
normal a tomarmos em conta neste momento, como temos vindo a assistir desde o
golpe de Estado na Guiné-Bissau, é o verdadeiro problema da nossa imagem
actualizada.
Sem decidirmos qual o estilo musical a adoptar
para um público indefinido ou dividido, estamos neste momento a participar num
único desafio de futebol, mas com duas equipas contrárias a marcarem para a
mesma baliza, deixando uma delas sem guarda-redes, num jogo sem arbitragem,
onde as faltas cometidas ficam a cargo de um público-juíz dividido, mas atento
ao jogo. Uma confusão na baliza dy-báz (confusão numa das balizas).
Em nenhuma das balizas há defesas ou guarda-redes
como seria de notar ou esperar, mais parece que temos tudo a monte e fé em
Deus, pois só Ele sabe o desfecho desta confusão que tarda em relação a
resultados positivos esperados. Desde sempre esta esperança morreu na praia com
o ritmo das ondas, sem efeito que satisfaça qualquer uma das duas equipas do
campeonato. Ninguém se contenta com o que tem, todos ralham, são eles insaciáveis
perseguidores do prazer por prazer, pouco importa aqui o princípio da
realidade, em nada mudaram, por enquanto, assistimos a provocações que têm na
base o instinto de malvadez e vinganças persecutórias, um ciclo que persiste
com raízes profundas na elite do poder institucional do Estado, este “Pai”
saturado, cansado de se ver rodeado de “filhos” preguiçosos, parasitas,
habituados a lamber o “Pai” (Estado), de onde nunca se afastaram para nada,
porque não sabem lutar pela vida, fazem profissão suas guerras pelo poder, mais
não sabem fazer se não um jogo de cintura para não se afastarem do “mel”, “eles
comem tudo e não deixam nada” como diria o nosso Zeca Afonso.
Para este jogo dentro do poder temos como
música de fundo e escolhida deliberadamente para um concerto nacional, um ritmo
do “Jaz”, num compasso difícil com um tempo incerto, melodia difusa, com espaços
“esburacados”, só para maestros mafiosos compreenderem, os habituados a orquestras
temáticas da política, cultura ou análise de conflito, onde fazem o seu melhor para
cair nos próprios bolsos, aliás, os sinais de riqueza exterior falam por si e,
sem falar do bolo escondido nos Bancos Internacionais, não deixam mentir
ninguém com olhos de ver, um facto, estamos atentos ao que se passa na
vizinhança mais próxima, vamos indo e vamos vendo camaradas.
.
Os que são capazes de desmanchar este nó cego trazido
por baixo do queixo, numa “gravata” que
destoa com o resto da farda ostentada para o engate de milhões, tudo isto ainda
num queixo centrado nos ombros, de onde se lê um colarinho marcadamente suado e
sujo, transpirado da malandrice feita na acção contra o Estado, estes mafiosos
ainda não tiveram tempo para abandonar, numa muda decentemente aguardada (com afastamento
compulsivo) e continuam na melhor aparência possível como um líder que quer
impressionar, são estes, aqueles que trouxeram os destinos de um País na ponta
do lápis até ao dia do golpe de Estado. Inventaram soluções nada fáceis de
suportar, em décadas mantiveram o País em constantes crises, sem um fundo à
vista.
Num Índico de problemas sociais, problemas de
sobrevivência da nossa postura de Estado de Direito, isto é, nas fronteiras
internacionais do nosso relacionamento até aqui e como uma Nação fracassou sem
dúvida.
Este golpe de Estado veio interromper um
ciclo, é certo e não há dúvidas, mas a ver vamos se este governo de transição
impõe ou não algo de novo, de diferente em doze meses e, de acordo com as
prioridades pré-estabelecidas, nós vamos aguardar e desejamos um bom trabalho
técnico, bons projectos e o seu cumprimento em datas anunciadas, só.
O bom nome da Guiné-Bissau na boca bendita de
Amílcar Cabral, desde os Anos/60, nos quatro cantos do mundo, em defesa dos
Povos oprimidos no mundo e em particular África oprimida, colonizada, que até a
última gota de sangue a defendeu, este Líder soube genialmente enaltecer a
causa, a dignidade, o carácter, o espírito revolucionário desta luta, os
valores da luta pela independência da Guiné-Bissau e Cabo-Verde, um Homem
intelectual revolucionário que deu a vida pela causa da humanidade livre e
progressista, foi assassinado por gente inferior e mentecapta, que nunca se
apercebeu do tão valioso que era esta motivação inteligente, no meio de todos
aqueles que conviveram com o Líder, Amílcar Cabral.
Mataram e continuam a matar, parece que nunca
soubemos preservar o que é bom entre nós Guineenses, interagimos mortalmente
como se numa partilha de “prendas” trocássemos algo como prémio. Por isso, hoje,
quando olhamos os nossos líderes actuais, desconfiamos do seu cadastro
criminoso colado às costas, e pergunta-se hoje, se será pelo crime,
assassinatos, corrupção, ou se pelos membros de uma organização mafiosa chegaram
para exercer altos cargos públicos à frente dos destinos da Guiné-Bissau,
porquê então, deixo esta reflexão para todos nós meus compatriotas e amigos,
Pensarmos.
NINGUÉM TEM O DIREITO DE UTILIZAR OU VENDER
ESTE PAÍS, QUE CUSTOU SANGUE E SACRIFÍCIO AOS NOSSOS HERÓIS NACIONAIS, DURANTE
A LUTA DE LIBERTAÇÃO, NINGUÉM!
Como senão bastasse temos que aturá-los (os
mafiosos) a tempo inteiro diante dos olhos ou nas nossas memórias de um passado
ainda presente. Um País ideal sadicamente maltratado por muitos destes
criminosos, que cospem no prato de onde comem e, repetem a dose até saciarem a
sede, num recheio que é de todos nós, e ainda assim, matam a esperança de um
País próspero, em que tudo o que existe chega e sobra, para todos os seus
filhos. Não se percebe porque adiamos uma tentativa de partilha mais justa, avançar
na igualdade de direitos e deveres, uns para com os outros, rumo ao progresso e
desenvolvimento sustentado. Pergunto, porque falhamos sempre.
Os Homens não se entendem, e as mulheres
continuam deliberadamente “caladas”, longe desta guerra de palavra puxa palavra,
como sempre sendo as mais inteligentes na gestão da tolerância exigida numa
situação de conflito de qualquer natureza e feitio. O que nos faz pensar
obviamente que um conflito também faz crescer com maturidade alguns de nós, só.
Mas já há um divórcio escrito no papel entre
os líderes de transição e os depostos pelo golpe de Estado. Uma situação que não
define quem é quem no seu “papel”, um conteúdo escrito na má-língua, dirigida à
Guiné-Bissau tem sido a última moda na comunicação social por este mundo fora.
Os maus ventos incomodam, embora detectados na
sua origem, tem sido difícil a sua extinção ou mudança de direcção. Existe uma
orquestração apontada sobre a cabeça de quem pensa a Guiné-Bissau positiva, existe
um maldizer especializado na intriga que mancha a nossa imagem de País, os
abutres num voo parado, centralizaram toda a sua atenção no que se passa ou
passará na Guiné-Bissau, uma representação microscópica de tudo sobre o País é
transferido diariamente numa troca de informações com objectivos malignos sobre
os destinos do nosso País. Não há que ter medo, quem não deve não teme, quem
faz o bem para a Guiné-Bissau será compensado eternamente. Este Povo é pessoa
de bem, não há que confundir os seus filhos malandros ou assassinos com a
Mãe-Terra, nunca confundir o bem com o mal e vice-versa.
Meus amigos há que fechar as portas ao Portas,
evitar a corrente de ar frio em direcção a Bissau, porque é castrante para os
nossos lados admitir uma “reposição obsessiva”, porque é peneirenta uma
conclusão desta natureza, é “poeirento” e neurótico este comportamento que tem vindo
compulsivamente do exterior para dentro do País, e sempre do mesmo lugar, de um
Rossio distante para a Guiné-Bissau, cada dia uma máscara, num arco-íris de
dilúvio de palavras tendenciosas, produzidas pelos que têm todo o tempo do
mundo, passeiam suas ideias por palcos ditos dos “amigos” da Guiné-Bissau, com tempo
para se coçarem, fazendo intervalos para dizer mal deste País, basta!
Temos que acertar nas cores das nossas linhas
preferidas, antes de cozer para tapar os rombos no fundo das calças, também nos
buracos directos aos joelhos, rompidos de tanto “rebaixar” para deslocar gatinhando
em movimento lento, pois há que cumprir-se a “catarse” e Ser de vez controladas
as coisas desejadas ou prioritárias para este Povo.
Seguidamente o saber Ter, no que se conseguir
na primeira instância deste conflito, conservar tudo com cuidado especializado
para não voltarmos a ser roubados até a nossa própria história, com isto continuarmos
na luta até a vitória final num País para todos nós, igual no tratamento e na
exigência perante o Estado.
Há que lembrar que temos uma língua que é
comum (CPLP), o Português, mas também, as expressões culturais são diferentes
entre estas culturas, na sua expressividade social também, embora sejam na fala
pronunciados em língua portuguesa, o que deve ser um sinal de alerta, não só
para lembrarmos da existência de uma Literatura Africana, mas de Expressão
Africana e depois em Língua Portuguesa.
Dito e feito meus queridos amigos, preto no
branco como se diz, o que é completamente diferente desta tentativa de “subtracção”
desta identidade cultural e política (a nossa), como forma de “branqueamento”
dos usos e costumes de um Povo inseridos na organização de Países como a CPLP e
outros, que hoje ignora constantemente esta realidade, dando ordens que não
estão previstas no seu tratado ou estatutos desta organização, que tem sido uma
confusão brutal, este autismo que impera na comunicação, numa fase importante
da vida política do Estado da Guiné-Bissau.
Não havendo diálogo mais sim manipulação e
chantagem, movendo influências para conseguir uma solução de “rapidinha” em vez
de um casamento duradoiro, basta, há que pensar e ser de facto analista
profundo deste conflito, molhar o cu enquanto “pescador” de soluções positivas,
para um povo que espera e desespera por um lugar ao sol, mas digno e não para
servir eternamente interesses neocolonialistas.
Sabemos que esta organização (CPLP) é uma “unidade”
a manter sem perda de identidade política individual como País, temos um estatuto
predefinido ou com norma/padrão, no entanto assistimos a um teatro quase “gregos”
por um lugar no inferno, será.
Falando a mesma língua mas com problemas
diferentes, numa análise, interpretação cultural e políticas diferentes, trocamos
sabedorias, conhecimentos, em intercâmbio de experiências socioculturais e
políticas quanto baste, sem contudo descorar a soberania de cada Estado. Mas há
quem nesta fase do campeonato, envenene outros, em cada dentada, deixando o
“venenozinho de merda” de encomenda, vindo de outros Países que igualmente de “irmãos”
têm pouco, neste momento.
Este impasse nas negociações com o governo de
transição torna-se doentio, está estagnado e torna-se impotente para resolver o
que é o mais importante, como sendo o saber optar pela vida de uma Democracia
jovem e não amputá-la a partir de uma “ordem” que impõe a dor sadicamente ao
Povo (fingindo desconhecer este propósito), o seu desprezo, sua desconsideração
como um Estado Soberano e, por fim, um perfil “esquizo-estado” com uma das
partes em franca demência delirante, sem bom prognóstico à vista, mas que deambula
pelos palcos da “fama” em novas versões de cantigas velhas e carecas de um
repertório em saldo neste momento.
Sustentando uma liderança falsa e ausente no
exterior, que teimam em ser governo ainda. Esta acção fantástica ainda presente
em alguns círculos na praça, ainda tem bilhetes à venda mas com menos público
interessado na “festa”.
A Guiné-Bissau neste momento, transporta
consigo do exterior, uma imagem de dupla personalidade, delirante, onde é
visível a olho nu dois palcos e dois protagonistas, um deles estando fora do
País e outro estando dentro (governo de transição) no exercício de um mandato
de transição por um ano.
Há portanto um Presidente e um governo de
transição que dirige o País neste momento, mas temos outro (alguns dirigentes
do regime deposto por golpe de Estado) que ainda pensam que nada mudou (o que parece),
julgam-se em pleno exercício como líderes dos destinos do País, o que mais
parece quem sonha acordado, ainda, só faz lembrar “o bêbedo encima de uma
moto”, que ao avistar numa curva “dois” postes de luz na via pública,
esquivou-se como pôde para não bater, até aqui tudo muito bem, só que teve o azar
de bater fatalmente no poste que é real, enfim, teve azar como devem calcular e
não sobreviveu, será que vamos a tempo de evitar um cenário destes, pergunto.
Pergunto também por quanto tempo vamos ter
este espectáculo triste, com um governo real dentro do País e um outro fora,
qual deles admitir como real e realista na presente conjuntura em que se
encontra o País. Qual deles é neste momento o melhor destino traçado para o nosso
País, se são os lideres que temos dentro do País a governar ou se estes, os que
estão fora na Europa reivindicando o poder e exigindo a segunda volta das
eleições interrompidas por circunstâncias do nosso conhecimento (os do antigo
regime deposto).
Será que nesta crise o que faz crescer é realmente
este espectáculo pobre, doentio, que para além do mais, trás uma enorme falta
de respeito para a Nação e República da Guiné-Bissau, penso que não, basta o
que se viu até aqui ou temos vindo a observar.
Este Povo não ganha nada com tudo isto, mas quem
não deve não teme, vamos falando dentro de portas, mas trancadas, evitando a
corrente de ar frio e tóxico dentro das salas de reuniões do Estado da Nação.
Vamos arrumar a casa para um futuro melhor, e dentro
de um ano se possível terminar a agenda prioritária no que toca assuntos
“quentes”, mais tarde, outros não menos importantes avançam para uma resolução
definitiva.
Penso que sabendo quem sabe, o que tem que ceder,
e parando para pensar, chegamos a bom-porto muito rapidamente, embora com a
casa no estado em que se encontra, mas nunca para pior do que já está esta
Mãe-Terra que é de todos nós, acredite.
Amigos ou zangados uns com os outros, somos
obrigados a nos entendermos a partir de uma plataforma de justiça social e, à
posteriori, o perdão, a fraternidade, a solidariedade, o amor ao próximo, uma
paz na terra para o avanço e desenvolvimento da Guiné-Bissau progressista.
Viva a Guiné-Bissau livre e progressista, viva
a liberdade com responsabilidade social para todos, viva a luta pela autonomia
económica, financeira, social, cultural e política do País…
Djarama. Filomeno Pina.