Barack Obama discursa na convenção democrata
"América é grande", diz Presidente em resposta ao candidato republicano numa noite de pesos pesados do Partido Democrata.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ter entregue o "bastão" a Hillary Clinton que está pronta para ser a próxima inquilina da Casa Branca ao discursar na noite de quarta-feira, 26, na convenção do Partido Democrata.
"Nunca houve um homem ou mulher, nem eu, nem Bill, ninguém mais qualificado do que Hillary Clinton para servir como Presidente dos Estados Unidos", sublinhou Obama, muito aplaudido durante toda a sua intervenção na qual também mostrou o trabalho realizado pelo seu Governo.
Obama pediu aos democratas que permitam a Hillary terminar o trabalho que ele iniciou com a sua própria eleição há quase oito anos, num discurso que coroou a noite em que membros do partido usaram o palco para contrastar Hillary e Donadl Trump, o candidato conservador que os democratas consideram ser “uma ameaça aos valores americanos”.
"Nada realmente o prepara para as exigências do Sala Oval. Até você se sentar naquela mesa, não sabe como é gerir uma crise global ou enviar os jovens para a guerra. Mas Hillary esteve no sala: ela foi parte dessas decisões. (...) Mesmo no meio da crise, ela ouve as pessoas, mantém a calma e trata todos com respeito. E não importa quão desalentadoras sejam as probabilidades, não importa quanto tentem derrubá-la, ela nunca, nunca desiste", afirmou o Presidente que lembrou que ela e Hillary foram adversários antes da campanha para a eleição dele, em 2008, mas depois, “para surpresa até da minha equipa”, convidou a antiga primeira-dama para ser secretária de Estado.
"América é grande"
Obama enfatizou que a candidata democrata está preparada para ser a Comandante em Chefe das Forças Armadas e garante que Hillary “não irá descansar enquanto Estado Islâmico não for destruído”.
O último orador da terceira noite da convenção democrata também procurou contrastar como que chamou discurso “pessimista” sobre o futuro dos Estados Unidos, ao afirmar estar "mais optimista sobre o futuro dos EUA que nunca", e destacou o que considera avanços ocorridos durante o seu mandato, como a universalização da saúde com o Obamacare, a redução das tropas no exterior e o aumento da produção de energia sustentável.
O que ouvimos (na convenção republicana) foi uma visão profundamente pessimista de um país onde nos viramos uns contra os outros e damos as costas ao resto do mundo", reiterou Obama, garantindo, no entanto, haver “mais trabalho por fazer".
Obama afirmou que a convenção republicana da última semana não apresentou uma visão "republicana, nem conservadora" para a América.
Uma das frases mais fortes do discurso de Obama foi quando disse que, em contraste com a palavra de ordem da campanha de Trump, “a América é grande, a América é forte”.
Para o Presidente americano "Clinton oferece esperança, Trump oferece medo", reiterando que a América que conhece "não é pessimista".
"Peço-vos que façam por Hillary aquilo que fizeram por mim e rejeitem o cinismo e o medo".
"Esta não é uma eleição típica. Não é apenas uma escolha entre partidos ou políticas; os debates habituais entre esquerda e direita. Esta é uma escolha mais fundamental, sobre quem somos como povo, e se nós permanecemos fiéis a esta grande experiência americana de Governo ", reiterou o Presidente, antes de apelar ao voto e afirmar que os democratas levarão “Hillary à vitória neste Outono, porque é isso que o momento exige”.
Todos contra Trump
Quem também interveio foi o candidato a vice-presidente Tim Kaine que, além de mostrar o seu lado familiar, atacou o adversário Donald Trump, ao dizer que quem confiou nele sempre perdeu, desde empregados das suas empresas a estudantes da sua universidade.
O actual vice-presidente apontou também as suas baterias contra o candidato republicano e disse que Trump “não faz ideia do que torna a América grande, na verdade ele não faz ideia, ponto final”.
"Sua falta de empatia e compaixão pode ser resumida numa frase que eu suspeito que ele mais se orgulha de ter tornado famosa: ‘Você está demitido’”, disse Biden, em referência ao reality show televisivo “The Apprentice”, em que Trump demitia pessoas ao vivo.
Por seu lado, o milionário e antigo mayor (presidente de Câmara) de Nova Iorque, Michael Bloomberg, fez igualmente um discurso forte de apoio a Hillary Clinton, embora seja independente e ter dito que não apoia plataformas partidárias.
“É imperativo eleger Hillary”, disse o ex-republicano proque, segundoe ele, Trump é um "demagogo perigoso".
Ele disse que o país precisa de um "solucionador de problemas" e não um "atirador de bombas".
"Trump quer conduzir o país como conduz seus negócios, mas Deus nos ajude”, concluiu o empresário.
Refira-se que no final do discurso do Presidente Obama, a candidata democrata apareceu no palco para o abraçar e saudar os delegados.
Hoje, no último dia da convenção será a noite de Hillary Clinton na qual ela fará o discurso de aceitação da indicação do partido à Presidência dos Estados Unidos.
#VOA
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Samuel