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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

CUBA: A dor de Alicia Alonso ao falar de Fidel.

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«NÃO quero falar de Fidel porque vou chorar», disse-me Alicia e tive que mudar, por um momento, o tema de nossa conversa

«NÃO quero falar de Fidel porque vou chorar», disse-me Alicia e tive que mudar, por um momento, o tema de nossa conversa.
«Como você se chama?», perguntou-me.
«Amelia»
«Como?»
«Amelia, como Amelia Peláez, a pintora».
«Não — responde — Amélia como você mesma».
Aperta fortemente minhas mãos. Tem as mãos macias. Quentes. É sábado, 3 de dezembro, e são as 19h23, Cuba toda despede-se de Fidel.
                                                                ***
Eu lhe pergunto acerca da função de gala, de 1º de janeiro, que o Ballet Nacional de Cuba faz cada ano.
«É a gala tradicional dedicada ao triunfo da Revolução. Será na sala García Lorca e vamos levar ao palco, novamente, um clássico importante que é Quebra-nozes, que há muito tempo não se faz. Também, em 2017, a obra completa 125 anos de sua estreia mundial», responde.
Alicia leva vários dias tristes e quase não quer falar. Seu esposo, Pedro Simón continua o tema da conversa e me explica que depois farão várias turnês pela América Central e a Europa; que daqui a pouco quatro duplas de dançarinos do Ballet estarão na Baixa Califórnia, com um programa misto.
Teimo e Pedro percebe isso. «Fidel não partiu, continuamos com o mesmo espírito que ele nos deixou, de trabalho e de avanço..., Temos muitos dançarinos jovens que estão avançando a passos de gigantes e essa é a diretriz», adianta-se para me responder.
Dias antes, ao se conhecer da morte do Comandante-em-chefe, o Ballet Nacional de Cuba emitiu um comunicado, em nome da prima ballerina absoluta: «O legado histórico que nos deixa, imenso e abrangente, está também amplamente representado na cultura cubana. Por isso, por sempre e para sempre, dizemos Obrigado Fidel!»
A própria Alicia, em ocasiões anteriores, comentou a estreita relação de Fidel com o Ballet.
«Fidel nunca duvidava. Sempre viu no balé uma arte elevada, que o povo merecia conhecer e desfrutar, bem como sua assimilação dentro de nossa cultura nacional. Parecia-lhe o mais lógico e natural do mundo. Ele, como em tudo, tinha uma visão mais ampla, de longo alcance. Seu papel na consolidação da arte do balé em Cuba é muito importante e não só pelo apoio material, que ofereceu imediatamente, mais bem por sua compreensão e entusiasmo nessa expressão artística».
Mas hoje Alicia não quer falar. A dor a dilacera.
Pedimos para tirar-lhe umas fotos. Aceita. Agradecemos-lhe.
A visita é curta. Ela falou pouco. Mais uma vez aperta minhas mãos. Esse gesto diz tudo.
Antes de sair, olho-a novamente. Alicia esta sentada segurando um jornal nas mãos. Na parede há uma foto dela com Fidel.

#granma.cu

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Um abraço!

Samuel

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