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Com o estado de emergência, Angola regista uma redução dos crimes
violentos. Por outro lado, há mais detenções por violação das medidas de
combate à Covid-19, segundo a polícia.
Quase seis mil pessoas foram detidas durante o primeiro mês de estado
de emergência em Angola, altura em que se registou também um decréscimo
na criminalidade violenta, com menos 60 homicídios do que no período
homólogo, anunciou a polícia angolana.
Segundo o porta-voz da
polícia, que apresentou esta terça-feira (05.05) os dados estatísticos
relativos à atuação das forças de defesa e segurança no primeiro mês de
vigência do estado de emergência, entre 27 de março e 25 de abril,
Angola registou um decréscimo da criminalidade violenta.
Valdemar
José indicou que se verificou a descida do número de homicídios
(menos de 60), bem como menos 379 crimes de ofensas corporais e menos
122 crimes com recurso a armas de fogo em comparação com o período
anterior, e menos dois acidentes de viação por dia.
Detidos por violação do isolamento
Por
outro lado, foram detidos por violação das regras previstas nos
decretos presidenciais relativos ao estado de emergência 5.859 pessoas
em todo o país, das quais 516 foram julgadas sumariamente.
Quase
metade (2.823) foram detenções devido à violação da cerca sanitária
interprovincial e violação de fronteiras por parte de cidadãos
estrangeiros.
Outros
1.739 cidadãos foram detidos por exercerem atividade de mototáxi,
proibida neste período, 755 por excesso de lotação nos táxis coletivos,
406 por desobediência e resistência às autoridades, 51 pastores de
confissões religiosas por promoverem cultos coletivos, 50 cidadãos por
especulação de preços, 13 por tentarem subornar agentes, cinco por posse
ilegal de armas e três por tentativa de atropelamento das forças de
segurança.
Foram ainda recolhidos compulsivamente 9.630
cidadãos: 3.608 por circularem indevidamente na via pública, 4.951 por
aglomeração na via pública, 1.049 por venda ambulante em dias não
autorizados e duas por prostituição.
Apreensões
Entretanto,
foram efetuadas 11.340 apreensões em todo o país: 3.544 viaturas por
excesso de lotação, 7.759 motociclos, 12 armas e 31 botijas de gás com
preços especulativos, além de 274.925 litros de combustível.
Também
foram encerrados 1.904 estabelecimentos comerciais e mercados, dos
quais 1.567 mercados informais, 28 armazéns, 45 cantinas (pequenas
mercearias), 254 templos e locais de culto, duas empresas de segurança e
oito rulotes.
O estado de emergência foi declarado como medida de prevenção e combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Segundo
o último boletim das autoridades angolanas, divulgado na
terça-feira, Angola tem 36 casos positivos da doença, dos quais dois
resultaram em óbitos. As autoridades sanitárias monitoram os casos
suspeitos da Covid-19 no país.
fonte: DW África
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