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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dell diversifica-se de olho num futuro além do PC.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

 Ben Worthen
The Wall Street Journal


Michael Dell não quer falar mais sobre PCs.

Enquanto o diretor-presidente da americana Dell Inc. trabalha para recuperar a antes próspera fabricante de computadores, ele aposta numa diversificação que vai afastar a empresa de seu produto mais conhecido.

O empresário de 46 anos tem adquirido tecnologias de ponta — como sistemas de armazenagem de dados e de segurança — que a Dell possa vender às empresas para diminuir a dependência da empresa da venda de computadores com baixas margens de lucro.

A Dell comprou a prestadora de serviços Perot Systems Corp. por US$ 3,9 bilhões em 2009. No ano passado, perdeu uma disputa acirrada pela 3PAR para a rival Hewlett-Packard Co., mas depois abocanhou outra firma de armazenamento de dados, a Compellent Technologies Inc., por US$ 960 milhões.

Depois de alguns anos atribulados, a Dell, que tem sede em Round Rock, Texas, viu uma melhora recente nos resultados. A empresa estabilizou sua operação de PCs mas conseguiu pouco avanço em smartphones ou com sua linha de tablets Streak. As ações da Dell caíram 35% desde que Michael Dell reassumiu a presidência executiva, em 2007.

Dell, que fundou a empresa em seu alojamento universitário em 1984, ainda tem fé: ele investiu US$ 100 milhões em dezembro para aumentar sua participação já considerável na empresa. Ele falou recentemente com o Wall Street Journal sobre sua estratégia, seus planos de aquisições e sua visão do iPad da Apple Inc.

Trechos editados:

WSJ: O sr. está de volta como diretor-presidente há quatro anos. O que o surpreendeu mais na evolução da indústria tecnológica nesse período?

Michael Dell: Eu diria que a rápida ascensão do tablet. Não previa isso completamente. Os tablets não são realmente novos, no sentido de que a ideia do Tablet PC já existe há bastante tempo. Naturalmente, produtos mais recentes tiveram muito mais sucesso.O que é interessante é que os usuários empresariais não vão abrir mão dos smartphones. Não vão abrir mão dos PCs. De modo que as pessoas terão um PC, um smartphone e um tablet. Está muito bom. Crescimento da indústria.

O que também é interessante é o grande sucesso da Apple com o iPhone. O Android surge, com sucesso ainda maior. Acho que veremos a mesma coisa nos tablets, com números enormes de tablets Android, e a Dell certamente participando disso também.

WSJ: O sr. acha que os tablets Android vão superar os iPads no futuro?

Dell: Não amanhã. Não depois de amanhã. Mas se olharmos 18 meses atrás os telefones Android eram 'O que é isso?' E agora há mais telefones Android que iPhones. Não vejo nenhum motivo para que o mesmo não ocorra com os tablets Android.

WSJ: Em 2007, o sr. fez uma grande investida em produtos de uso pessoal e disse que ela seria um dos pilares da empresa. O sr. ainda se posicionaria da mesma maneira?

Dell: Dois terços do lucro da Dell não são de PC. Do terço que é PC, a vasta maioria não é residencial. Só estou deixando claro o que a Dell é hoje, porque acho que muita gente olha para a Dell e pensa 'Oh, a Dell é uma empresa de PC de uso residencial'. Não é realmente o que a Dell é hoje. Claro que queremos aumentar nossa operação de uso residencial e queremos que cresça de modo rentável.

No último trimestre tivemos um modesto lucro no residencial. Parece que estaremos bem posicionados para ter um tipo de lucro modesto parecido este ano. Estamos investindo muito em nossos produtos. Mas o epicentro fundamental da empresa vai mudar das soluções para empresas, serviços, centros de dados, armazenamento, virtualização, segurança? Não. Mas queremos participar de muitos mercados. O residencial é um deles.

WSJ: O que o convenceu de que a área empresarial era a direção em que guiar a empresa?

Dell: Se algo mudou foi o entendimento do que a Dell está de fato fazendo. Olhe para todas as empresas que a Dell adquiriu nos últimos quatro anos. Elas estão todas concentradas nas novas áreas de que falamos: armazenamento, serviços, centro de dados, segurança, virtualização, redes, software, empresas.

WSJ: Devemos esperar mais aquisições nessas linhas?

Dell: O crescimento para a Dell será uma combinação de investimento orgânico, aquisições inorgânicas e parcerias. É certo que nos tornamos uma empresa de US$ 61 bilhões principalmente com crescimento orgânico. Se você olhar para nossa lucratividade verá que ela foi claramente impactada pela estratégia bem-sucedida de aquisição e integração.

Tendemos ao que geralmente seria considerado aquisição de pequeno a médio porte. Por isso não vemos realmente mudança nisso.

WSJ: O sr. consideraria desmembrar a divisão de PC?

Dell: Não tenho nenhum plano de fazer isso.

WSJ: A Dell está fazendo uma grande investida em computação em nuvem, na qual não está apenas diante de seus concorrentes tradicionais, mas de empresas como Rackspace e Amazon.com. Como o sr. prevê que isso vai mudar as coisas?

Dell: As empresas que você mencionou são clientes da Dell. Por isso as estamos ajudando a construir a infraestrutura que lhes permite oferecer seus produtos de nuvem. O tipo de produto de nuvem que oferecemos é mais seguro e mais dedicado às necessidades de organizações comerciais maiores. Não são voltadas às novas empresas ou ao usuário residencial.

WSJ: Empresas como Amazon e Facebook estão ganhando poder para ditar condições — por causa de suas escalas enormes — e reduzir lucros do negócio de servidores?

Dell: Não é diferente de como pensaríamos a respeito de um cliente importante. O Facebook vai definir um novo requerimento. Bem, acaba que outras dez empresas querem a mesma coisa. E depois disso há mais uma centena de empresas que quer a mesma coisa. Se elas estiverem certas no que definiram, isso nos beneficia e a muitos outros clientes.

WSJ: Qual sua opinião sobre a saúde geral da economia agora?

Dell: Acho que a economia está estável. Vemos tendências saudáveis nos países emergentes, em [pequenas e médias empresas], na grande empresa. Acho que o setor público está com mais dificuldades por causa de algumas questões orçamentárias. Mas isso cria algumas oportunidades, porque quando os orçamentos estão apertados isso faz com que as pessoas busquem meios de economizar e muitas vezes isso se faz usando mais TI.

Fonte: WSJ

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Um abraço!

Samuel

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