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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Traficantes mudam a táctica para introduzir droga no país .

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
 
Ndongala Garcia, proprietário de um laboratório caseiro de cocaína, encontra-se detido na Comarca Central de Luanda onde aguarda julgamento por crime de tráfico de drogas. A detenção do presumível traficante de droga é resultado de um trabalho de investigação levado a cabo por efectivos afectos ao Departamento de Combate ao Narcotráfico do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional. Com ele foi também detida uma mulher de 28 anos, que supostamente trabalhava como passadora de cocaína.

Inicialmente fixou residência no bairro Mártires de Kifangondo, onde viveu mais de quatro anos, tendo como principal actividade a venda de cocaína. Apercebendo-se da perseguição policial, não desistiu do rentável negócio. Na ânsia de se esquivar dos agentes da polícia, mudou de residência, fixando-se no Golfe-2, onde arrendou uma casa, transformando-a num laboratório caseiro de cocaína.

Ndongala Garcia da Silva adquiriu um fogão com duas bocas. Numa delas metia uma panela onde introduzia bicarbonato de sódio com cocaína e deixava ferver, transformando o produto em crack, um tipo de droga vulgarmente conhecido por libanga.

Depois criou no Golfe-2 e em outros pontos da cidade vários locais de venda de drogas. Esses locais são apelidados por "bocas", onde o mesmo era o principal fornecedor. Cada grama é comercializado a 25 dólares. Quando se regista carência do produto, o valor sobe para 30 dólares.

Os vendedores ou passadores de drogas recebiam o produto em quantidades previamente determinadas e revendiam a clientes habituais. Algumas cambistas de rua, vulgo kinguilas, são apontadas pela polícia como supostas vendedoras de drogas.

Detenções

No ano passado, a Polícia Nacional apreendeu, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, 74.067,5 quilos de cocaína, 1.686 de bicarbonato de sódio, 426 gramas de anfetamina e 477.218,29 quilos de liamba. Os referidos produtos foram encontrados em bagagens diversas e no corpo de vários cidadãos provenientes do Brasil. Fonte ligada ao Departamento Provincial de Combate ao Narcotráfico do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional avançou ao Jornal de Angola que mais de 90 por cento da droga que chega ao país por via aérea é proveniente do Brasil, concretamente dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, através de correios de droga, também conhecidos por "mulas". A par dos angolanos, alguns cidadãos de nacionalidade nigeriana, congoleses democráticos, malianos e senegaleses são apontados como sendo os principais traficantes de drogas. Com o incremento de acções de vigilância no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, os traficantes de droga, segundo a fonte do Departamento de Combate ao Narcotráfico, estão a usar a rota Brasil/República Democrática do Congo, recentemente inaugurada, para fazer chegar a droga ao nosso país por via terrestre. A mercadoria é introduzida através das províncias do Zaire e da Lunda-Sul. A rota da Namíbia, através da fronteira de Ondjiva, também é usada para fazer chegar o produto ao país por via terrestre com destino a Luanda. A liamba é produzida em quase todas as províncias do país, com destaque para Malange, Bengo, Uíge, Kwanza-Sul e Benguela. O produto é descarregado na periferia do mercado dos Kwanzas, Rocha Pinto e Kicolo, dissimulado em sacos de macroeiras e carvão e é guardado em residências, concretamente de pessoas conhecidas e que conhecem bem como funciona o negócio.

Busca do lucro fácil


Os traficantes de droga, incluindo mulheres de várias idades, entram para o mundo da droga para obter lucro fácil e melhorarem a sua condição financeira. Segundo explicações da fonte do Departamento de Combate ao Narcotráfico, os conhecidos correios da droga chegam a pôr em perigo a própria vida, com a ingestão via oral de várias cápsulas contendo drogas a partir do Brasil. O produto é expulso via anal, já em Angola, 24 horas depois.

No ano passado, a Polícia deteve um cidadão com mais de 80 cápsulas de cocaína no estômago. No caso de uma das cápsulas se desfazer no estômago, o indivíduo pode ter morte imediata.

Para além do estômago, há cidadãos que trazem o produto escondido nos órgãos genitais ou até mesmo no ânus. A cocaína pode ainda ser dissolvida e embebida em roupas, carregadores de telemóvel, máquinas de lavar, troféus, peças de viaturas, garrafas de perfume, garrafas de licor, entre outras formas, segundo declarações de uma fonte identificada afecta ao Departamento de Combate ao Narcotráfico.

Inicialmente, os transportadores da droga são contactados pelos traficantes, quer sejam conhecidos ou não, propondo-lhes uma viagem ao Brasil em busca de negócio, em troca de valores monetários.

Muitos cidadãos só se apercebem do negócio da droga já no Brasil, como aconteceu com uma cidadã que pediu anonimato.

A mesma explicou à reportagem do Jornal de Angola que tinha sido contactada por um homem conhecido do bairro, que lhe propôs uma deslocação ao Brasil em busca de mercadoria, sem saber ao certo a sua natureza. Como contrapartida, haveria de receber 1.500 dólares, valor que, segundo ela, necessitava para abrir um negócio de venda de produtos em roulote no bairro Hoji ya Henda.

No hotel, foi contactada quatro dias depois, tendo-lhe sido dito que tinha de levar uma mercadoria de droga. Os traficantes aconselham as pessoas envolvidas no transporte a não informarem a família, com receio de que a "dica" chegue aos ouvidos da Polícia.

Entre 2008 e 2010, o Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional destruiu 152.880 quilos de cocaína apreendidos no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, mais 214.200 quilos de liamba proveniente de algumas províncias do país.

A droga é comercializada em espaços públicos, como discotecas, centros recreativos, bares e casinos, principalmente à noite.

Na via pública, o comércio é feito entre as 10 e as 18 horas, tanto no centro como na periferia da cidade. No interior das residências, segundo especialistas ligados a esta matéria, a cocaína é vendida durante a tarde por razões de segurança.

As drogas provocam alterações no sistema nervoso e estimulam, entre outros, a prática de crimes relevantes como homicídios, assaltos à mão armada, roubos qualificados, violação de menores, entre outros, de acordo com a fonte do Departamento de Combate ao Narcotráfico do Comando Provincial de Luanda.

Actuação policial

Em Julho, Agosto e Setembro do ano passado, a polícia deteve, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, 136 cidadãos, entre nacionais e estrangeiros, em posse de 23,8 quilos de cocaína, provenientes do Brasil. Dos detidos, 14 eram mulheres.

O crime de tráfico de droga está plasmado na Lei 3/99, de 6 de Agosto, com pena de prisão que vai dos 8 aos 12 anos. Segundo o Código Penal Angolano de António Vicente Marques, nos casos de consumidores as penas vão de três dias a dois anos de prisão. Seis cidadãos da Nigéria e três angolanos foram detidos em Agosto do ano passado pelo Comando Provincial de Luanda por estarem supostamente envolvidos no crime de tráfico e posse de droga.

Carlos Kiwewa, 36 anos, foi detido no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, proveniente do Brasil, com 104 cápsulas de cocaína no estômago que pesavam 1,170 quilos. Revelou que se deslocou ao Brasil para este serviço a troco de três mil dólares.

Alexandre Bartolomeu, 42 anos, escondeu 33 cápsulas de cocaína num casaco. Caso a droga passasse pelas autoridades policiais ganharia 1.500 dólares.

Pascoal Edoze, de 34 anos, nigeriano residente em Angola há sete anos, dedicava-se à venda de cocaína. Antes do negócio da droga vendia peças de automóvel. Amox Sidgei, 30 anos, recrutava cidadãos para venderem droga, a partir da Nigéria, e tratava dos passaportes.

Detido com dois passaportes, um nigeriano, em nome de Amos Chijiake, e outro angolano, de António Manuel Pedro, natural de Mbanza Congo. Tem Bilhete de Identidade angolano verdadeiro com o mesmo nome. 


Fonte: Angonotícias

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Samuel

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