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terça-feira, 12 de junho de 2012

A Missang e a vitória da inteligência.

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A Palavra do Director
Filomeno Manaças
A Missang e a vitória da inteligência

 1.O regresso dos efectivos da missão militar angolana na Guiné-Bissau é agora um facto consumado. Todas as tropas e equipamento que estavam em território guineense, no âmbito do acordo firmado com as autoridades daquele país antes do golpe de Estado, estão em solo pátrio.
Muito antes mesmo do golpe de Estado militar na Guiné-Bissau as autoridades angolanas já haviam decidido a retirada unilateral dos efectivos da MISSANG, face ao clima de animosidade que se instalou, fomentada por sectores políticos e militares guineenses. A declaração nesse sentido produzida pelo ministro das Relações Exteriores, Georges Chicoti, corroborada por um comunicado do Executivo sobre a questão não deixava dúvidas em relação à decisão de Angola se manter distante das convulsões políticas que se adivinhavam na Guiné-Bissau e que punham em causa a continuidade da cooperação entretanto encetada ao nível dos sectores da defesa e da segurança.
O golpe de Estado de 12 de Abril na Guiné-Bissau veio criar uma situação de impedimento à saída de facto da MISSANG, entretanto formalmente já anunciada, e passou a constituir um novo desafio para os efectivos da missão, já que as forças golpistas utilizaram como um dos pretextos para a tomada do poder a presença dos militares angolanos, distorcendo intencionalmente os objectivos do protocolo assinado entre os ministros da Defesa dos dois países, complementar ao acordo firmado pelos dois Governos e ratificado pelos respectivos Parlamentos.
O novo desafio para a MISSANG e para Angola passou a ser a gestão do clima de animosidade e de provocações que se instalou, com o claro propósito de criar uma situação de insustentabilidade que levasse os efectivos angolanos a terem de reagir. A série de peripécias que se seguiu ao golpe de Estado protagonizado pelos militares guineenses em 12 de Abril, em que não faltaram tentativas para criar pretextos para incidentes com o efectivo angolano, de modo a justificar a intenção mal disfarçada dos golpistas em quererem apoderar-se do seu equipamento, permite afirmar que as autoridades angolanas souberam conduzir com elevada maturidade a situação de crise criada pelas forças golpistas e abortar os desenvolvimentos que as mesmas tinham projectado.
O regresso incólume dos militares é, pois, mais uma vitória da diplomacia angolana que, com paciência, inteligência e determinação, soube evitar as tentativas de envolvimento da MISSANG em escaramuças inúteis na Guiné-Bissau, ela que foi para o território guineense com o propósito nobre de ajudar na reestruturação das forças armadas, com o objectivo desta melhor servir o desenvolvimento económico e da democracia naquele país irmão.
Em todo este processo a intervenção do Presidente José Eduardo dos Santos não pode ser ignorada, pela forma determinada como Angola soube defender e reafirmar as suas posições junto dos países membros da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO), pelo apoio incondicional que granjeou de imediato no seio da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e pelas tomadas de posição de condenação inequívoca do golpe de Estado por parte da União Africana, da União Europeia e do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
2. A Cimeira Extraordinária da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que Luanda acolheu nos dias 31 de Maio e 1 de Junho, trouxe a público uma nova proposta de reflexão sobre o futuro a longo prazo da organização, mais concretamente sobre a evolução que deve seguir. “Nota Conceptual” é a designação do documento sobre o assunto, na qual o Presidente José Eduardo dos Santos propõe uma reflexão alargada ao mais alto nível sobre a visão e os objectivos estratégicos da SADC num horizonte de 50 anos. O conceito sobre a elaboração da “Visão 2050” da SADC traduz a preocupação em alicerçar melhor os pressupostos para o desenvolvimento da comunidade, numa perspectiva comparativa com os principais acontecimentos políticos, económicos e sociais que marcam actualmente o continente africano e o mundo em geral. Sem dúvida uma proposta que visa tornar mais sólidas as bases de desenvolvimento da Comunidade assente sobretudo na estabilidade da África Austral e particularmente de cada um dos países que integram a organização. 

fonte: Jornal de Angola

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Samuel

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