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quarta-feira, 27 de março de 2013

Reunião da CEDEAO sobre o Mali - A Força Africana transformada em uma missão da ONU a partir de julho.

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Mali e Guiné-Bissau a marcar agenda da cimeira da CEDEAO em Yamoussoukro.


Presidentes e Chefes de Governos da região vão dar mais um impulso ao processo politico-militar de estabilização nos dois Estados membros.
Presidente John Dramani Mahama do Gana (à esquerda) falando como o seu homólogo da Gâmbia Yahya Jammeh (à direita) Fev. 27, 2013.
Presidente John Dramani Mahama do Gana (à esquerda) falando como o seu homólogo da Gâmbia Yahya Jammeh (à direita)  27 de Fevereiro de 2013.

Chefes de Estados e de Governos da CEDEAO estão reunidos em Yamoussoukro na Costa do Marfim para debater a transição da intervenção militar para uma força de paz das Nações Unidas.

A cimeira debate igualmente o processo de transição política na Guiné-Bissau após o golpe de Estado do ano passado.

É a quadragésima segunda conferencia dos presidentes e chefes de governos da Comunidade Económica de Desenvolvimento da África do Oeste a decorrer durante dois dias na capital política da Costa do Marfim- Yamoussoukro.

Na agenda desta cimeira estão as recomendações sobre o Mali concretamente, o roteiro do processo de segurança em torno das cidades do norte do país que estavam sob o controlo de milícias radicais islâmicos antes da intervenção militar franco-maliana.

Os dirigentes da CEDEAO, deverão igualmente declarar o seu apoio indefectível às forças armadas malianas, assim como a Missão Internacional de Apoio ao Mali, MISMA cujos efectivos vão chegando gradualmente ao país.

As recomendações sobre o Mali foram feitas pelo Conselho de mediação e de segurança do organismo sub-regional, cujos membros se tinham reunido há dois dias em Abidjan. O documento preconiza que em paralelo a chegada das tropas da MISMA, que se priorize igualmente a segurança das cidades libertadas e as operações de guerrilha urbana iniciadas há algumas semanas pelos radicais islâmicos.

A esses engajamentos devem associar as promessas de financiamento anunciadas aquando da cimeira de doadores de Adis-Abeba de 29 de Janeiro. A CEDEAO entende que essas promessas devem ser concretizadas o mais cedo possível de forma a permitir o êxito das operações. A organização regional fez um apelo as Nações Unidas e aos países parceiros a fim de colocarem a disposição todos os recursos prometidos.

De acordo com as estimativas o custo da operação da MISMA teve que ser reavaliada e nesta altura já se encontra a dobro das previsões iniciais. Inicialmente calculada em cerca 455 milhões de dólares de apoio destinados a MISMA, ao exército maliano e as operações de ajuda humanitária, esta soma prometida pela comunidade internacional for rectificada durante a reunião desta semana em Abidjan, e actualmente anda a volta dos 950 milhões de dólares, ou seja o dobro da verba incialmente orçamentada.

Além de fundos há também um acréscimo no que toca ao reforço do contingente militar. A CEDEAO preconiza enviar para o Mali mais 2 mil tropas a somar as 6 mil iniciais, totalizando assim uma força de 8 mil homens.

Quanto a Guiné-Bissau o Conselho de mediação e segurança da CEDEAO recomendou a continuação do processo de transição política em curso, com vista a consolidar os avanços até então obtidos. A organização regional entende que só assim poderá ter inicio o arranque efectivo das tarefas e procedimentos necessários a aplicação de reformas multissectoriais descritas como urgentes e no quadro de reformas do sector da defesa e de segurança.

Ainda em relação a Guiné-Bissau, esta cimeira de Yomoussoukro parece vir em boa altura, uma vez que internamente começam a haver sinais de disputas políticas latentes envolvendo o parlamento, o governo e partidos políticos.

Um grupo de pequenos partidos sem representação parlamentar chamou a si a responsabilidade em organizar uma comissão de relançamento do processo de transição, e esta iniciativa já foi criticada pelo presidente do parlamento que receia que a Assembleia Nacional enquanto órgão legislativo, poderá perder o seu protagonismo com o novo esquema político de transição que se desenha.

Nas críticas de Ibraim Sory Djaló, vieram a tona as animosidades com o governo que foi acusado de não ter um programa de governação e nem um orçamento.
Estas e outras questões deverão ser levantadas nesta cimeira pelo presidente guineense Manuel Serifo Nhamadjo que tinha previsto partir para a Costa do Marfim depois de uma viagem a Coreia do Sul.

Importa referir igualmente que o ministro dos negócios estrangeiros, Faustino Imbali encontra-se desde Sexta-feira na Costa de Marfim onde participou nos encontros preparatórios desta cimeira da CEDEAO a decorrer hoje e amanhã em Yamoussoukro.

fonte: VOA


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Do Senegal:


A força africana implantada no Mali será transformada em missão da ONU em julho, afirmou ontem, em Yamoussoukro, os comandantes dos exércitos da África Ocidental, enfatizando a necessidade de financiamento adicional.

"Nós todos nos preparamos para a transformação da misma (Suporte Internacional da Missão em Mali, Nota do Editor) em uma missão da ONU. Esta mudança terra lugar no próximo trimestre ", declarou o Chefe de Estado Maior  da Costa do Marfim, o general Soumaila Bakayoko.
Ele falou após uma reunião de dois dias sobre a crise no Mali, que reuniu os chefes das forças armadas dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), atualmente presidido pela Costa do Marfim.
A nova força será maior, "muito mais robusta e mais bem equipada" e "exige muito mais dinheiro" do que misma apontou para a imprensa, o general Bakayoko, sem dar detalhes sobre o efectivo geral.

O Sub-Secretário-Geral das operações de paz da ONU, Edmond Mulet, disse em meados de março, que a ONU contará com a "presença total" de sua "missão de estabilização" no Mali em julho para substituir a misma e o grosso do exército francês.
A misma dispõe atualmente no Mali cerca de 6.300 soldados da África Ocidental e do Chade, além de cerca de 4.000 soldados franceses.

A Força Africana do Mali poderá mobilizar um total de até 10.000 homens, integrando notadamente as unidades Burundiense e da Mauritânia.

A operação, lançada em janeiro pela França em apoio do exército maliano tomou as principais cidades do norte do Mali, ocupadas desde o ano passado por grupos islâmicos ligados à Al-Qaeda.

fonte: www.lesoleil.sn

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Samuel

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