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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Rússia: Mandela - Os elogios dos sem vergonha.

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O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela posa com a Taça Fifa em visita em sua casa

O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela posa com a Taça Fifa em visita em sua casa. Debbie Yazbek/Fundação Nelson Mandela/Divulgação - 6/5/2010.

# ESTADAO.


Caros amigos e camaradas:

Lenine dizia que a maneira com que a burguesia consegue sujar os grandes revolucionários consiste em incensá-los a título póstumo depois de os ter perseguido durante toda a sua vida. É o que acontece hoje.
A burguesia mundial incensa Mandela depois de o te aprisionado durante 27 anos. Ela quer esconder que os grandes estados capitalistas, França inclusive, se desinteressaram de Mandela durante décadas. Sem vergonha, o grande patronato do nosso país importava os diamantes e as laranjas sul-africanos manchados com o sangue do apartheid.

Eis porque, não dispondo senão de dois minutos, recordarei três verdades censuradas por aqueles que não vêem em Mandela senão o grande conciliador que, a seus olhos, teria impedido a transição democrática na África do Sul de voltar-se para o que a burguesia mundial mais temia: uma África do Sul socialista. Esta está infelizmente por realizar, para reduzir as enormes desigualdades que subsistem hoje entre a burguesia branca ou negra de Pretória e o proletariado miserável de Soweto.
Chris Hani. Primeira verdade censurada: a luta anti-apartheid foi conduzida de A a Z pelo Partido Comunista da África do Sul e pelo sindicato de classe COSATU. Mandela foi membro do PC sul-africano que, pela primeira vez, levantou a bandeira da revolta negra e anti-colonial. Honra a Mandela, mas honra também a Chris Hani , dirigente negro do PC sul-africano, assassinado pelo regime racista no princípio dos anos 90. Quando haverá uma praça Chris Hani em Lens e nas cidades dos arredores?

Segunda verdade: o regime do apartheid e todos os regimes gorilas que o cercavam, o colonialismo dos fascistas portugueses em Angola e Moçambique, países reduzidos ao estado de ghettos na Rodésia e na Namíbia, nunca teria caído, dado o apoio que recebia de Reagan, de Thatcher e de Israel, se Fidel Castro não houvesse enviado à África um contingente militar internacionalista. Foi em Cuito Cuanavale , em Angola, que o exército cubano esmagou o exército do apartheid e foi só a partir desta data que a parte menos bárbara do regime racista aceitou tirar Mandela da sua prisão. O objectivo era sacrificar o apartheid para salvar a propriedade capitalista dos meios de produção, que continua hoje sempre em vigor, apesar de certos progressos democráticos evidentes mas frágeis. Honra a Cuba socialista cujo presidente era hoje o dirigente mais autorizado a prestar a Mandela uma homenagem sincera.

Terceira verdade: em França foram os comunistas, a começar por Georges Marchais, que apoiaram a luta anti-apartheid enquanto outros não se interessavam senão pelo anti-comunista Walesa ou apresentavam os talibans, atacando o regime laico de Cabul, como "combatentes da liberdade".

Termino dizendo, com Marwan Bargouti, dirigente do Fatah aprisionado em Israel, que a vitória de Mandela permanecerá incompleta enquanto o povo palestino, com o qual Nelson era solidário, for oprimido. A luta anti-apartheid não terá sido vitoria senão no dia em que, na África do Sul, a polícia do regime actual cessar de atirar sobre os mineiros negros em greve e quando, em França, o poder instituído cessar de derramar lágrimas de crocodilo enquanto expulsa crianças sem documentos à saída das escolas com o único objectivo de fazer esquecer a renúncia a mudar a sociedade.
Mandela, Chris Hani, vosso combate é mais vital do que nunca em vossa pátria, mas também, infelizmente, na nossa!
Por: Georges Gastaud [*]

CIA foi decisiva para a prisão de Mandela em 1962

CIA foi decisiva para a prisão de Mandela em 1962. 19362.jpeg
Esquerda.Net
Foto: Arquivo

Agente infiltrado no Congresso Nacional Africano (CNA) deu todas as informações à polícia sul-africana, segundo o The New York Times.

O The New York Times revelou em 1990 que a CIA desempenhou um importante papel na prisão de Mandela em 1962. A agência, usando um agente infiltrado no Congresso Nacional Africano (CNA), deu à polícia sul-africana informações precisas sobre as atividades de Mandela. Segundo o diário norte-americano, um agente da CIA relatou: "Entregamos Mandela à segurança da África do Sul. Demos-lhes todos os detalhes, a roupa que ele estaria a usar, o horário, o exato local onde ele estaria".
Nos Estados Unidos, a opinião sobre Mandela não era diferente: o presidente Ronald Reagan inscreveu o CNA na lista de organizações terroristas. Em 1981, Reagan disse que o regime sul-africano - o regime do apartheid - era "essencial para o mundo livre". Reagan explicou à rede de TV CBS que o seu apoio ao governo sul-africano se devia a que "é um país que nos apoiou em todas as guerras em que entrámos, um país que, estrategicamente, é essencial ao mundo livre na sua produção de minerais."

Mandela precisava de autorização especial para entrar nos EUA

Em 1987, quando o então primeiro-ministro Cavaco Silva alinhou Portugal à Grã-Bretanha e aos Estados Unidos num voto contra o fim do apartheid e a libertação de Nelson Mandela, a então primeira-ministra britânica Margaret Thatcher dizia: "O CNA - Congresso Nacional Africano, partido de Mandela - é uma típica organização terrorista... Qualquer um que pense que ele vá governar a África do Sul está a viver na terra do faz de conta".

Reagan dizia que apartheid era essencial para o mundo livre
Nos Estados Unidos, a opinião sobre Mandela não era diferente: o presidente Ronald Reagan inscreveu o CNA na lista de organizações terroristas. Em 1981, Reagan disse que o regime sul-africano - o regime do apartheid - era "essencial para o mundo livre". Reagan explicou à rede de TV CBS que o seu apoio ao governo sul-africano se devia a que "é um país que nos apoiou em todas as guerras em que entrámos, um país que, estrategicamente, é essencial ao mundo livre na sua produção de minerais."

Mandela precisava de autorização especial para entrar nos EUA
Só em 2008, Mandela e o CNA deixaram a lista americana de organizações e terroristas em observação. Até então, Mandela precisava de uma permissão especial para viajar para os EUA.

Outro país que se manteve ligado ao regime segregacionista sul-africano foi Israel. Durante muitos anos, o governo israelita manteve laços económicos e relações estratégicas com o regime do apartheid. Nesta sexta-feira, o governo israelita lamentou a morte de Mandela afirmando que o "mundo perdeu um grande líder que mudou o curso da história" e que ele foi um "apaixonado  defensor da democracia".

"Eu também era um terrorista ontem"

Em entrevista ao jornalista Larry King em 2000, o próprio Mandela falou sobre esta mudança de tratamento. "É verdade. Ontem, chamavam-me terrorista, mas quando saí da cadeia, muitas pessoas me abraçaram, incluindo os meus inimigos, e é isso que digo habitualmente às outras pessoas que dizem que os que lutam pela libertação dos seus países são terroristas. Digo-lhes que eu também era um terrorista ontem, mas, hoje, sou admirado pelas mesmas pessoas que me chamavam terrorista".
Carta Maior
# pravda.ru

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Samuel

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