Apesar da previsão de crescimento de 5,1% neste ano e de 5,8% em 2015, o maior crescimento depois da Ásia, a instituição com sede em Washington advertiu que "o vírus do Ebola representa um alto custo económico" para a África.
Mais de três mil pessoas morreram vítimas da doença, que tem prejudicado as relações comerciais entre Guiné Conacry, Libéria e Serra Leoa com o resto do mundo.
"Se o surto de Ebola se prolongar ou se estender a mais países, isso poderá ter consequências dramáticas para a actividade económica da África Ocidental", afirmou o FMI.
Enquanto isso, a agitação e a insegurança na República Centro-africana e no Sudão do Sul continua gerando um efeito desestabilizador.
Os demais riscos para a região são mais habituais, mas igualmente preocupantes. É o caso de governos como o da África do Sul, que importa e toma empréstimos acima da sua capacidade de pagamento.
África do Sul, República Democrática do Congo, Etiópia, Gana, Quénia, Senegal, Tanzânia e Uganda registaram grandes deficits nos seus orçamentos.
Por enquanto, os investidores parecem dispostos a ignorar essas contas no vermelho, mas, para o FMI, essa postura pode mudar rapidamente. A instituição alerta para o "excesso de confiança nos fluxos de capital".
"A região se tornou mais sensível a choques externos, dada a crescente interdependência global", disse o FMI.
"O menor crescimento nas economias dos mercados emergentes, sobretudo da China, também leva risco à região, principalmente aos países dependentes das exportações de commodities".
O FMI pediu que os países da região "fiquem atentos às restrições macroeconómicas, evitem o excesso de confiança na volatilidade dos fluxos de capital e se previnam para não terem problemas fiscais".
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Samuel