O GRUPO de observadores da Commonwealth afirmou ontem que
os resultados das eleições que têm estado a ser divulgados no país reflectem a
vontade do povo moçambicano expressa no processo de votação, no passado dia 15
de Outubro.
A declaração foi feita pelo presidente do grupo, Hubert
Ingraham, que também afirmou que o colectivo se sentia satisfeito com o
desenrolar de todo o processo que, segundo disse, foi livre e transparente, não
obstante pequenos incidentes ocorridos nalgumas zonas localizadas.
Ingraham afirmou que os observadores da Commonwealth
estiverem a acompanhar o processo eleitoral em sete províncias, além de cidade
de Maputo, nomeadamente Cabo Delgado, Gaza, província de Maputo, Nampula,
Sofala, Tete e Zambézia.
“Acompanhámos o processo desde os últimos dias da campanha,
cujos únicos motivos e preocupação foram os incidentes de violência em Gaza e
Nampula, observámos a votação, a contagem e o processo de agregação de votos no
dia da eleição e não temos muitos motivos de queixa”, referiu Hubert Ingraham.
Acrescentou que a avaliação do grupo é que no dia da
votação, na maior parte, o processo decorreu de forma pacífica e livre, com
elevados níveis de transparência retratando a livre expressão da vontade do
eleitorado.
Ingraham afirmou que os resultados eleitorais divulgados
ainda não são definitivos, daí a declaração do grupo ser intermediária porque
os processos de apuramento de votos e resultados críticos ainda estão em curso.
Apesar disso, segundo disse, é preciso que os concorrentes
se preparem para aceitar o resultado no fim do apuramento e contagem de votos,
respeitando o compromisso assumido antes das eleições uma vez que todo o
processo seguiu a Lei Eleitoral.
No entanto, Hubert Ingraham apelou candidatos e partidos que
não concordam com os resultados a encaminhar os seus protestos nas entidades
competentes que são os órgãos que podem encontrar uma melhor solução para este
problema.
“O nosso mandato é observar a organização e a realização
das eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais, de
acordo com as leis eleitorais relevantes. Este país tem órgãos competentes para
dirimir conflitos eleitorais e é lá onde devem ser apresentadas quaisquer
contestações”, reiterou.
Entretanto, Hubert Ingraham afirmou que os observadores da
Commonwealth apelam à Comissão Nacional de Eleições (CNE) para explorar formas
de tornar o processo de contagem de voto mais ágil em eleições futuras, para
garantir precisão e transparência. “Vamos também pedir a CNE para providenciar
uma iluminação adequada em futuros processos, visto que houve alguns casos em
que a votação e a contagem foram feitos em más condições de iluminação”,
afirmou Ingraham, acrescentando que esse factor inadequado contribuiu para uma
atmosfera de desconfiança e alimentou temores de potencial fraude eleitoral
nalguns lugares, causando aumento das tensões.
# jornal notícias
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Samuel