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sexta-feira, 1 de julho de 2016

José Eduardo dos Santos formalizou recandidatura à liderança do MPLA.

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O Presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, formalizou esta quinta-feira (30.06.), em Luanda, a recandidatura ao cargo.

José Eduardo dos Santos
A candidatura do presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, à sua sucessão foi formalmente entregue pelo vice-presidente do partido, Roberto de Almeida, que o considerou como "a opção mais acertada" para os militantes. José Eduardo dos Santos não esteve presente na cerimónia.

"O cargo de Presidente do MPLA acarreta um somatório de encargos e responsabilidades que exigem fortes qualidades de liderança, dedicação e inteligência, sentido de conciliação, tolerância e experiência partidária. Todas estas qualidades são evidentes no cidadão e militante José Eduardo dos Santos, confirmadas pela sua notável ação como incansável obreiro da reconstrução, estratega político, diplomata e militar, o que faz dele a mais acertada opção para os militantes, amigos e simpatizantes do partido", destacou Roberto de Almeida.
Para os membros do Comité Central e do Bureau Político, como a secretária-geral da organização feminina do MPLA, Luzia Inglês e o dirigente partidário, Boaventura Cardoso, apesar de José Eduardo dos Santos ter anunciado retirar-se da vida politica ativa em 2018, é a vontade do partido que prevalece. "É nosso querer que sobrepõe a vontade individual do camarada presidente", diz Boavida Neto, secretario do MPLA no Bié.

Recandidatura não surpreende

Convidado a comentar, Sizaltina Cutaia, ativista social, considera que a recandidatura do Presidente José Eduardo dos Santos não surpreende a ninguém, uma vez que, segundo afirma, a trajetória política do atual Presidente indica claramente ausência de vontade de se reformar. "Até agora o Presidente não fez nenhuma demonstração de facto que indique que efetivamente pretende reformar-se. Falou em sair em 2018, e se nós fizermos as contas, e mesmo quando ele anunciou [retirar-se] já havia indicação de que ele seria o candidato do partido e como Presidente do partido seria o candidato às eleições em Angola".

Para Sizaltina Cutaia, tudo indica que haverá uma sucessão dinástica em Angola, e lamentou, por outro lado, que num partido com um passado como o MPLA de mais de meio século, o medo continue a falar mais alto no seio dos militantes no que se refere à disputa da liderança partidária.
"O facto disso acontecer é uma indicação de que ele efetivamente não vai deixar a vida poliíica em 2018, ou se o fizer as ações do Presidente indicam que será alguém da sua família".

Ausência de candidaturas é total confiança na atual liderança
Mas o jornalista do Jornal de Angola e analista político Kambwe da Rosa, não partilha da posição de Sizaltina Cutaia.

Para Kambwe da Rosa, a ausência de candidaturas é o reflexo de que os militantes continuam a depositar total confiança na liderança do atual Presidente. "Do ponto de vista da escolha para liderar o MPLA parece que a maioria concorda que seja o engenheiro José Eduardo dos Santos".

No entanto, para o analista, a grande questão reside, neste momento, no nome a ser proposto por Eduardo dos Santos ao cargo de vice-presidente do Partido, figura que será peça fundamental na continuação do seu legado dentro do partido na eventualidade de ele decidir interromper o mandato que lhe permitiria dirigir o partido até 2021. "Cria-se aqui uma grande expetativa em relação ao nome daquele que virá a ser o seu vice-presidente".
Entretanto, em declarações à imprensa no final do ato, o coordenador da subcomissão de candidaturas do MPLA, Pedro Sebastião disse que o período de formalização decandidaturas continua em aberto, até ao dia 14 de julho, tendo acrescentado que eventualmente outras candidaturas poderão chegar até ao fim do prazo.

VII Congresso ordinário do MPLA em agosto

A eleição para a liderança do MPLA será feita durante o VII Congresso ordinário do partido, que vai decorrer em Luanda entre 17 e 20 de agosto, antecedendo as eleições gerais em Angola, previstas para 2017.
Cerca de 2.600 dos 2.591 delegados irão escolher em agosto, em Luanda, durante o VII Congresso ordinário, a liderança e o Comité Central do partido, conforme foi anunciada no final de uma reunião do Bureau Político do Comité Central do MPLA, presidida na terça-feira (28.06.) por José Eduardo dos Santos, a qual serviu para apreciar anteprojetos de regulamento interno, do programa, das comissões de trabalho e da agenda do conclave de agosto.

Eleições gerais em 2017
Isabel dos Santos
Entre outras questões, os delegados a este VII Congresso - eleitos nas últimas semanas em todas as 18 províncias juntamente com os secretários provinciais do partido -, vão eleger o presidente do MPLA e o Comité Central, preparando as eleições gerais de 2017.
Recorde-se que no início do corrente mês de julho, José Eduardo dos Santos nomeou a filha mais velha, a empresária Isabel dos Santos, para presidente do conselho de administração da empresa concessionária estatal do setor dos petróleos, Sonangol.

Isabel dos Santos assume-se publicamente como militante do MPLA desde 1992 e está a ser apontada por alguma imprensa local como possibilidade para entrar no Comité Central do partido e mesmo sucessora de José Eduardo dos Santos.
#dw.de

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Samuel

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